Como fazer propaganda da mais poderosa Marinha do mundo?
Fomos assistir ontem ao filme “Battleship”. É um ótimo “filme pipoca” de ficção, cheio de efeitos especiais, mas com roteiro fraco, portanto não é um filme cabeça nem tem pretensão de ser verossímil. A ação segue a linha dos Transformers da Hasbro, que também patrocina o filme.
A produção custou US$ 150 milhões, o que explica a qualidade da computação gráfica usada nas cenas das batalhas navais e na modelagem dos navios de guerra. A classe de destróieres “Arleigh Burke” tem destaque no filme. O USS John Paul Jones e o USS Sampson combatem as naves alienígenas com bravura e acabam sendo afundados, juntamente com o destróier Aegis japonês Myoko (que na história do filme participava de uma operação conjunta RIMPAC).
Mas a estrela do filme mesmo é USS Missouri (BB-63), que tripulado por veteranos da Segunda Guerra Mundial é reativado e acaba vencendo os alienígenas. Como entretenimento o filme cumpre o papel, mas a eficiência maior é na propaganda bem feita que ele faz da Marinha dos EUA. As tomadas e enquadramentos dos navios em ação são de tirar o fôlego!
Outro ponto alto do filme é a homenagem que é feita aos velhos marinheiros veteranos da Segunda Guerra Mundial e aos veteranos atuais, feridos de guerra no Iraque. A obra além de entreter, ao mesmo tempo não esquece do “peopleware” que faz os navios de ontem e de hoje funcionarem.
Para quem gosta de navios de guerra e tecnologia, “Battleship” vale a pena ser visto.