TAIPEI – O chefe de Inteligência de Taiwan disse em 21 de maio que a China planeja construir dois porta-aviões, além do primeiro em sua frota, um navio-aeródromo reformado de construção soviética atualmente em fase de testes no mar.

“Na verdade, os comunistas chineses decidiram construir mais dois porta-aviões por conta própria”, disse Tsai Teh-sheng, chefe do Bureau de Segurança Nacional, ao parlamento.

Tsai informou ainda que a construção dos navios de guerra está programada para começar em 2013 e 2015, respectivamente, com datas de entrega de 2020 e 2022, e que eles seriam convencionalmente propulsados.

Desde meados de 2011, a China realizou seis testes no mar no seu primeiro porta-aviões, e que Taiwan espera entrar em serviço antes do final deste ano.

“Inicialmente, ele pode simplesmente servir para fins de treinamento, mas ele pode ser usado para o combate, quando necessário no futuro”, afirmou Tsai.

Ensaios do navio-aeródromo chinês no mar provocaram preocupação internacional com o crescente alcance naval da China em meio às crescentes tensões navais regionais sobre disputas marítimas e a campanha dos EUA para se afirmar como uma potência do Pacífico.

Os comentários de Tsai vieram em resposta às consultas de Lin Yu-fang, um legislador do partido Kuomintang que disse que o desenvolvimento chinês pode forçar a uma revisão completa da estratégia de defesa de Taiwan.

“Uma vez que os dois navios-aeródromo entrem em serviço na Marinha Chinesa, sua ameaça a Taiwan será muito maior que a do “Varyag”, disse ele, referindo-se ao porta-aviões recondicionado da era soviética, de 1980.

Em resposta ao aumento do poder naval da China, Taiwan vai construir uma frota de 12 corvetas (imagem acima) projetadas com tecnologias “stealth” e armadas com o novo míssil Hsiung Feng (Vento Bravo) conhecido como “matador de porta-aviões” (“carrier killer”), que tem velocidade de Mach 2.0 – duas vezes a velocidade do som -, e alcança até 130 km (80 milhas).

Em um discurso de posse em 20 de maio, depois de ganhar a reeleição em janeiro, o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, disse que sua administração iria manter uma “dissuasão eficaz” enquanto prossegue a distensão com a China nos próximos anos.

FONTE: AFP

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