Lançado ao mar o BDK ‘Ivan Gren’, o mais recente navio anfíbio da Rússia
O navio de desembarque (BDK) Ivan Gren foi lançado ao mar nos estaleiros Yantar. O BDK, denominado em honra do conhecido almirante e cientista de artilharia soviético, passou a ser o navio principal do projeto 11711.
Os navios deste projeto, em conjunto com porta-helicópteros Mistral de construção francesa e polaca, devem constituir a base dos destacamentos de desembarque da Marinha da Rússia nos próximos decênios.
Mudança de gerações
Atualmente, a Marinha da Rússia conta com 18 BDK. A base desta frota é constituída por 15 navios do projeto 775, de construção polaca, e por três navios do projeto 1171 Tapir, de construção soviética da década de 1960.
Embora o projeto de novos BDK tenha um número semelhante ao seu antecessor – 11711, ele não tem nada a ver com o Tapir. Segundo as informações disponíveis, o número semelhante foi atribuído devido ao caráter secreto do projeto.
Em comparação com os seus antecessores, o novo BDK é menos sensível aos meios de radio-reconhecimento devido à alteração da forma das suas estruturass. Foram alteradas as estruturas da câmara de doca e das guias da porta de proa, para facilitar o desembarque e elevar a sua segurança, tanto com a ajuda de lanchas, como diretamente durante o desembarque para a costa.
A construção do Ivan Gren levou bastante tempo – de 2004 a 2012. Como se espera, o navio será entregue à Marinha apenas em 2013. Esta demora explica-se tanto pelo papel indefinido das unidades de desembarque na estrutura da Marinha, como pelo projeto não estar completamente acabado. Antes de encomendar uma grande série, a Marinha pretende ensaiar o Ivan Gren, para definir a composição de equipamentos e armamentos nos futuros BDK. Hoje, a construção do segundo navio do projeto 11711, iniciada em 2010, encontra-se na etapa inicial, mas é pouco provável que os trabalhos sejam acelerados antes de 2013-2014, quando forem tiradas conclusões dos ensaios do navio principal. Só mesma altura deverá ser feita a encomenda de uma série de navios, de acordo com os resultados dos ensaios.
Na totalidade, levando em consideração a encomenda de quatro navios universais de desembarque (UDK) tipo Mistral, cada dos quais pelo número de fuzileiros navais transportados pode substituir dois BDK, a Marinha da Rússia precisará aproximadamente de 9-10 navios do projeto 11711. O programa estatal de armamentos de 2011-2020 prevê a construção de seis navios deste tipo, os restantes, pelos vistos, serão construídos já após 2020.
Entretanto, o destino do próprio Ivan Gren é ainda indefinido. Possivelmente, o navio principal do novo projeto será utilizado, após os ensaios, como navio de transporte militar com potencial de desembarque – tal dependerá em primeiro lugar dos armamentos instalados no navio recém-construído.
Quem pode ter medo?
O contrato de construção de dois UDK tipo Mistral em França e de mais dois por licença na Rússia provocou uma reação impetuosa no Ocidente e em algumas antigas repúblicas soviéticas, sobretudo na Geórgia e nos países bálticos, em que foram discutidos cenários de utilização de novos UDK no Báltico e no mar Negro. Entretanto, estes receios expostos publicamente podem ser considerados como especulações, porque é evidente que os navios de 21 mil toneladas com uma independência de navegação de até 20 mil milhas não se constroem para mares tão pequenos como o Báltico e o Negro. A renovação das forças de desembarque nestes teatros de ações militares será efetuada à conta de BDK de médio calado e de média autonomia de navegação.
Estes navios, capazes de desembarcar uma companhia reforçada de fuzileiros navais (ou um batalhão ligeiro – sem meios técnicos) e apoiar o pessoal com fogo de artilharia e de sistemas reativos de fogo simultâneo, são ótimos para a utilização em tais conflitos como a guerra de agosto de 2008. Destaque-se que os BDK do novo projeto 11711 têm uma maior capacidade de transporte de fuzileiros navais e uma menor autonomia de navegação em comparação com os seus antecessores, o que supõe em primeiro lugar a sua utilização nas zonas costeiras.
O que é preciso ainda fazer?
Os novos BDK não são suficientes para assegurar as unidades de desembarque da Marinha. A infantaria naval da Marinha da Rússia precisa de novos veículos blindados, inclusive de anfíbios, de lanchas de desembarque, tanto comuns, como hovercraft, que podem ser utilizados independentemente ou a partir de navios de desembarque.
É necessário também renovar com urgência o parque de helicópteros. Está previsto resolver este problema, em particular, à conta da compra de paraelhos Ka-29 modernizados (de transporte e combate) e de Ka-52K de última geração (helicópteros de combate de coberta).
Por enquanto, é necessário esperar os resultados dos ensaios do Ivan Gren. Nos próximos dois anos, a estrutura das unidades de desembarque da Marinha russa já será melhor definida.
FONTE: Voz da Rússia
COLABOROU: Henrique C.O.
NOTA DO EDITOR: grafia do texto original
todo mundo em panico!!
estranho mas se a poderosa russia esta comprando meios estrangeiros e logico q so significa uma coisa!
defasagem tecnologica!!!!
ela esta comprando o mistral frances,avaliando os Uavs de israel(com planos de compra de ate 70 unidades),estao avaliando o centauro italiano,para possivel produçao em solo russo,avaliando o dingoo alemao e varios outros meios,ate mesmo fuzis austriacos da steyr…
ta na cara q a russia presisa avançar em tecnologia,e o meio mais facil e adquirir tecnologia por meio de compras e montagem local…
foi assim q a china desemvolveu tudo q tem!!
meu amigo essa politica de compra de armas estrangeirsas ERA UNICA E EXCLUSIVAMENTE a filosofia de um unico entreguista a serviço de agentes estrangeiros : Rogozin. O novo Ministro da defesa já cortou tudo, só os Mistral e mais alguma coisinha serão comprados, de resto, a Rússia manterá sua politica de independencia de construção armamentista. se houve qualquer defasagem, não se preocupe, será reconquistada em poucos anos. essa onda de anti-russos por aí que ficaram praticamente condenando a Rússia a ir aos infernos tudo pq pensou em comprar alguma coisa estrangeira, é apenas parte de um movimento mundial de preconceito… Read more »