Esquadrão HS-1 completa 47 anos
Criado através Decreto nº 55.627 de 26 de janeiro de 1965 que estabeleceu normas para o emprego de meios aéreos para as operações navais, reformulando a Aviação Naval e restringindo o emprego de aviões à Força Aérea Brasileira (FAB), tendo como conseqüência o Aviso nº 0830 (RESERVADO) de 28 de maio de 1965, do Exmo. Sr. Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Paulo Bosísio, que determinou a ativação imediata do 1° Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino (HS-1).
Com isso, os helicópteros SH-34J, tiveram sua operação transferida do 2° Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação Embarcado (1° GAE) da FAB para a Marinha do Brasil, onde receberam a denominação de SH-1 e ficaram conhecidos carinhosamente como “BALEIAS”.
O HS-1 tem como missão detectar, localizar, acompanhar e atacar submarinos e alvos de superfície a fim de contribuir para a proteção das forças e unidades navais.
A chegada dos “Sea King” ao Brasil
Em 28/04/70, chegaram ao Brasil, a bordo do USS “America” , os quatro primeiros SH-3D (denominação americana), de numerais N-3007, N-3008, N-3009 e N-3010. Essas aeronaves começaram a operar no NAel “Minas Gerais” no mesmo ano. Nos anos seguintes, chegaram as aeronaves N-3011 e N-3012.
No ano de 1984, o Esquadrão recebeu quatro helicópteros designados SH-3A (N-3013, N-3014, N-3015 e N-3016), fabricadas pela empresa AGUSTA na Itália e trazidas a bordo do Navio-Transporte de Tropa (NTTr) Barroso Pereira (G 16).
Em 15/01/87, as aeronaves SH-3D N-3007, N-3010, N-3011 e N-3012, embarcaram no NTTr “Barrosos Pereira”, para serem transportadas para o porto de La Spezia (Itália), e encaminhadas para a fábrica da AGUSTA para modernização e capacitação para o lançamento do MAS EXOCET AM-39.
Retornaram ao Brasil em Maio de 1988 e também receberem a denominação de SH-3A no Esquadrão.
Em Abril de 1991, foi realizado o primeiro pouso a bordo do NAel “Minas Gerais” de um SH-3A armado com Míssil Ar-Superfície (MAS) AM-39 “EXOCET”.
No dia 11/11/92 foi realizado o primeiro lançamento real desse míssil, com a aeronave SH-3A N-3007 (Guerreiro 07) embarcada no NDD Rio de Janeiro (G 31) contra o casco do ex-CT Mato Grosso. Todo o exercício foi monitorado e acompanhado pelo CASNAV (Centro de Análise de Sistemas Navais), tendo o MAS atingido o alvo a uma distância de 20,2 milhas náuticas.
A realização desse evento fez com que o SH-3A se tornasse, até os dias de hoje, o maior braço armado da nossa Marinha.
Em 13/05/96, seis SH-3 Sea King (N-3017, N-3018, N-3019, N-3029, N-3030, N-3031) ex-USN, equipados com sonares mais modernos, foram recebidos pela MB na NAS Pensacola (FL) e trazidos para o Brasil a bordo do NAel Minas Gerais, quando então receberam a denominação de SH-3B.
A era do Seahawk
Em 2008, foram adquiridas 4 aeronaves Sikorsky S-70B Seahawk, e em 2011 mais duas unidades, de um total que poderá chegar a 12.
O modelo adquirido pela MB é uma versão customizada do MH-60R da US Navy, capaz de realizar missões ASW e ASuW, cujas principais diferenças são o sonar HELRAS, MAS Penguin e rádios Rhode&Shwartz.
Sua principal missão será a guerra antissubmarino (ASW) e utilizará o sonar DS 100 HELRAS (Helicopter Long-Range Active Sonar), torpedos MK.46 e cargas de profundidade. Para missões de guerra ar-superfície (ASuW) utilizará o seu radar AN∕APS-143(C)V3 e mísseis AGM 119B Penguin MK2 MOD7, com alcance de cerca de 18 milhas náuticas e guiagem IR.
A incorporação do Seahawk no HS-1 representa o nascimento de uma nova família de Aeronaves Navais para a Marinha do Brasil. Ela trará uma nova dimensão operacional à Marinha do Brasil, com participação de destaque nas operações Antissubmarino e de guerra de superfície.
18 milhas (32 km) põe o SH-70 fora do envelope de defesa da maioria absoluta de navios, com exceção dos dedicados a defesa aérea, mas ainda o deixa dentro do horizonte radar.
Nesse quesito o SH-3 leva vantagem com o AM-39, que fica de fora do envelope defensivo de todos os navios, inclusive os de defesa aérea armados com mísseis de defesa de área.
Parabéns HS-1, o esquadrão que devido a sua função estará livre de empregar as tralhas francesas, pois estas são inadequadas a luta ASW!!!
Neste esquadrão, só voa helicóptero top, nada de tranqueiras francesas!!!
Qnto ao alcance deste míssil, uma adaptação da versão Mk-3 p/ helicópteros, ou o próprio NSM, resolveriam a questão.
Maurição, O maior alcance do Mk-3 só é possível se lançado de aviões de asa fixa a grande altitude e se deve a capacidade inicial do míssil de planar antes de inflamar o motor foguete. Não creio ser possível fazê-lo de helicópteros. Apesar de ter comentado sobre o alcance inferior do Penguin (35 km mais ou menos) em relação ao AM-39 (50 km) creio que usando as táticas certas não fará grande diferença já que o primeiro está no limite do horizonte radar e só teria que se expor por tempo limitado, lançar e voltar à segurança rapidamente. Sem falar… Read more »
Quanto ao NSM, acho exagerado o alcance de 200 km para um míssil lançado de helicóptero.
O heli sozinho não tem como detectar alvos tão distantes, mesmo em se tratando de navios, e isso se deve entre outras coisas à altitude máxima em que um heli opera normalmente, que reduz seu horizonte radar, sem falar das características do próprio radar, que são limitadas.
Se é preciso que o alvo seja designado por meio externo, não acho que seja prático um míssil antinavio com alcance tão grande para um helicóptero.
E alcance extra significa custo extra.
Mudando de pato pra ganso e falando da mesma coisa, interessante o fato da USN usar o Maverick F em seus F-18 e não usá-los em seus helicópteros.
O Maverick F tem características semelhantes ao Penguin.