‘Vikramaditya’ – novo porta-aviões da Marinha Indiana passa por testes no Mar Branco

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Até o fim do ano, o navio deve partir para a Índia

 

 

O cruzador porta-aviões pesado Admiral Gorshkov foi construído na cidade de Nikolaev no quadro do projeto 1143, iniciado em julho de 1970. A construção do quarto navio, da série “Baku”, futuro Admiral Gorshkov, começou oito anos depois.

A desintegração da URSS impediu os planos da modernização do porta-aviões, segundo os quais o navio deveria receber aviões sofisticados Yak-41. Em 1992, o Admiral Gorshkov passou por reparos. Em fevereiro de 1994, sofreu duas grandes avarias: um incêndio e uma explosão da tubulação de vapor. Já não se falava da possibilidade de colocar o navio em atividade novamente.

A possível venda do navio à Índia começou a ser discutida no fim dos anos 1990. Na mesma época, surgiram os planos de reformá-lo num porta-aviões clássico capaz de alojar de 20 a 25 aviões MiG-29. O contrato de venda do porta-aviões foi assinado em 2004. Segundo o documento, a Rússia comprometia-se por 1,5 bilhões de dólares a entregar à Índia o navio com os caças, além de preparar a tripulação. A Marinha indiana rebatizou o porta-aviões como Vikramaditya, um dos heróis históricos do país.

Na composição da Força Naval da Índia, o navio russo deve substituir o porta-aviões Viraat, antigo HMS Hermes britânico, construído em 1959, e comprado pela Índia em 1985. O Viraat, se for substituído pelo Admiral Gorshkov, terá cpmpletado 51 anos de serviço. O Admiral Gorshkov foi construído em 1987. Qual será o seu destino em 2038?

Ainda não há resposta para essa pergunta, mas já é evidente que hoje o navio seria um “coringa” de valor para a Marinha Indiana. O Admiral Gorshkov equipado com os MiG-29 garantiria supremacia à Força Naval da Índia em relação aos seus vizinhos, em primeiro lugar ao Paquistão, seu eterno oponente. Prém, não está claro o potencial frente aos navios chineses, que, além de um porta-aviões, atualmente desenvolvem um avião de caça próprio, nos moldes dos Su-33 adquiridos da Ucrânia.

Diante desse quadro, a única força naval que supera consideravelmente a Marinha Indiana na região seria a Marinha dos Estados Unidos. Mas ao mesmo tempo, os EUA precisam muito de apoio da India no caso da possível confrontação com a China.

Resta adivinhar de que lado estará o “coringa” indiano, e em que carta ele se transformará no final.

FONTE: Rádio Voz da Rússia

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