Naufrágio de mercante no Ceará: monitoramento e ações em andamento

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Segundo informes da Capitania dos Portos do Ceará (CPCE) e da Companhia Docas do Ceará (CDC), não há mais vazamento de óleo proveniente do Navio Mercante (NM) Seawind e não foi mais registrada a presença de novos resíduos nas praias do litoral oeste.

A prioridade é a retirada do óleo remanescente do Navio Mercante, visando eliminar os riscos de qualquer poluição hídrica. Com esse objetivo, a CPCE está finalizando a contratação da empresa SVITZER SALVAGE LATIN AMERICA para iniciar a operação ainda esta semana.

Em nota anterior, a CPCE  informou sobre a instauração de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN)  para apurar as causas do incidente que resultou no naufrágio do referido navio, que se deu às 22h15 do dia 28 de junho de 2012. A conclusão deverá ocorrer em um prazo de 90 (noventa) dias e, depois de concluído, será encaminhado ao Tribunal Marítimo, no Rio de Janeiro.

Segundo a  CPCE, o naufrágio ocorreu apesar de grandes esforços dos meios da PETROBRAS, das Empresas Marítimas, com apoio de rebocadores, e do pessoal/ material do Centro de Defesa Ambiental (CDA), instalado na Companhia Docas do Ceará. Na ocasião,  o NM Seawind aumentou de forma súbita sua “reite” de alagamento no período noturno, vindo a afundar na profundidade cerca de 10 metros, em área do porto organizado de Fortaleza. O Navio apresenta sua superestrutura e o bico de proa fora d’água.

A CPCE expediu um Aviso-Rádio Náutico para os navegantes em face do afundamento do NM Seawind, contendo as coordenadas do local de afundamento: Latitude 03º 41’.9 S e Longitude 038º 30’.4 W e a profundidade local entre 9 e 10 metros. Foram empregados mergulhadores do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste, sediado em Natal/RN, no entorno do navio, a fim de levantar as possibilidades de “reflutuação”.

Prosseguem na sede da CPCE as reuniões do Gabinete de Crise instaurado após o acidente. O Gabinete vem reunindo as seguintes organizações, sob a coordenação da CPCE: Companhia Docas do Ceará, PETROBRAS, Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará, Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do Ceará, IBAMA/CE, Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará – SEMACE, Praticagem, Procuradoria Regional do Trabalho da 7ª. Região, Consultoria Jurídica da União – CJU, ABIN/CE e Advocacia Geral da União. As reuniões estão sendo realizadas diariamente às 08:30h e 14:00h na CPCE.

O último informe sobre o acidente, no site do IBAMA (publicado na quinta-feira da semana passada), dava conta que o órgão acompanhava desde o dia 27 de junho o naufrágio do navio.  Com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do Ceará foram realizadas vistorias no mar e nas praias, em embarcações e por helicóptero, com o objetivo de dimensionar os danos ambientais e avaliar a estratégia de resposta que está sendo utilizada para contenção do vazamento de óleo.

Segundo o IBAMA, o  navio estava ancorado há um ano na área abrigada de fundeio do Porto do Mucuripe em Fortaleza, por questões trabalhistas. No dia 27/06, começou a entrar água na casa de máquinas, pela válvula de fundo do navio. Apesar dos esforços para retirar a água, a embarcação submergiu no dia seguinte, conforme descrito nos informes da CPCE. O navio carregava 4 mil toneladas de granito, 70 toneladas de óleo bunker tipo IFO 100 em seus tanques e cerca de 5 toneladas de óleo em outras instalações do navio.

Após a submersão, começou o vazamento do óleo residual e também do óleo combustível do navio. A Petrobras, parceira do Ibama para o atendimento a esse tipo de emergência ambiental, foi acionada pelo comando de crise e instalou barreiras para contenção do óleo, que  já somava 8 mil litros quando, na manhã de 5 de julho, mergulhadores realizaram o tamponamento dos suspiros por onde vazava o óleo e será necessário remover o restante do óleo que ainda está confinado no navio. Ainda estão sendo apuradas as responsabilidades pelos danos ambientais.

FONTES / FOTOS: Capitania dos Portos do Ceará e IBAMA

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