Até 2020, a Marinha de Guerra da Rússia irá integrar 51 modernos navios de guerra, 16 submarinos multifuncionais e oito submarinos estratégicos porta-mísseis, declarou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao intervir em uma reunião dedicada à realização do programa estatal de armamentos.

Vladimir Putin se deslocou aos estaleiros navais Sevmash, na cidade de Severodvinsk, no mar Branco, para discutir a nova imagem da Marinha da Rússia . Estes são os únicos estaleiros na Rússia que estão construindo submarinos atómicos. Em quase 80 anos de sua história, a empresa lançou ao mar 128 submarinos atômicos.

Segunda-feira, 30 de julho, Vladimir Putin participou na cerimónia de começo da construção do cruzador atómico submarino de quarta geração (projeto Borei):

“Temos um acontecimento muito importante e solene: marcamos a construção do cruzador atómico submarino Kniaz Vladimir (Príncipe Vladimir) em honra do unificador das terras russas e, sem dúvida, um dos fundadores do Estado da Rússia centralizado contemporâneo. Para 2020, devemos ter já oito tais submarinos do projeto Borei. Tenho a certeza de que todo este projeto será realizado e o submarino atómico Kniaz Vladimir, tal como outros submarinos desta classe, será um dos símbolos das Forças Armadas da Rússia.”

Mais tarde, na reunião, Vladimir Putin exigiu dinamizar a construção de vasos de guerra de nova geração que, nas suas palavras, irão determinar a imagem futura da Força Naval russa, garantir a segurança e a proteção dos interesses nacionais da Rússia no Oceano Mundial.

“Partimos do princípio de que a Rússia deve manter e reforçar o estatuto de uma das maiores potências marítimas do mundo. Ao mesmo tempo, a Força Naval deve dispor de todas as possibilidades para resolver eficazmente um conjunto inteiro de tarefas. Em primeiro lugar, trata-se do desenvolvimento do componente marítimo das forças nucleares estratégicas e da participação das forças navais na garantia da paridade global. Segundo, é a formação de agrupamentos marítimos multifuncionais, capazes de neutralizar com segurança as ameaças militares vindas de espaços marítimos, de garantir a segurança de comunicações de transporte e a proteção de navios mercantes, de lutar eficazmente contra a pirataria. Sem dúvida, a Força Naval é um instrumento de proteção dos interesses económicos nacionais, inclusive em tais regiões como o Ártico, onde se concentram recursos biológicos muito ricos, reservas de hidrocarbonetos e de outras matérias-primas”, ressaltou o chefe de Estado.

Em conformidade com o programa estatal, até 2020, para o rearmamento da Força Naval, são reservados quase 4,5 trilhões de rublos (mais de 100 mil milhões de euros). Mesmo uma nova crise global não conseguirá alterar consideravelmente o programa de rearmamento do Exército e da Força Naval da Rússia, porque da realização do programa de rearmamento depende não apenas a modernização da Marinha, mas também o progresso da construção naval nacional e dos ramos económicos altamente tecnológicos ligados a este setor, declarou Dmitri Rogozin, vice-primeiro-ministro que supervisiona o setor defensivo-industrial.

FONTE: Voz da Rússia

NOTA DO PODER NAVAL: nas imagens, o BPC (Navio de Projeção e Comando) francês da classe “Mistral” já na configuração adquirida pela Rússia.

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