O governo chinês rebateu neste sábado (04) críticas dos EUA por sua recente decisão de instalar uma nova guarnição militar no Mar do Sul da China, dizendo que Washington mandou “o sinal errado” e ameaçou a paz nas disputadas águas da região.

Ontem, os EUA acusaram Pequim de elevar as tensões na região ao anunciar na semana passada o estabelecimento da pequena cidade de Sansha e o destacamento de uma guarnição militar nas ilhas Paracel. A decisão enfureceu o Vietnã e as Filipinas, que acusam a China de ter ampliado o assédio marítimo.

O porta-voz ministerial Qin Gang disse que a declaração de Washington mandou “um sinal gravemente errado, que não favorece os esforços em garantir a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China e na região da Ásia e do Pacífico”. Ele afirmou ainda que o estabelecimento de Sansha ocorreu “totalmente dentro da soberania da China”.

Além disso, Qin acusou os EUA de “cegueira seletiva”, depois de “certos países” intensificarem a disputa ao criar blocos de petróleo e gás na região, ameaçar pescadores chineses e ocupar territórios ilegalmente.

As Filipinas recentemente fizeram uma licitação de contratos para a exploração de petróleo e gás numa área do Mar do Sul da China próxima à ilha de Palawan. Manila também se envolveu numa polêmica com Pequim em abril, quando embarcações de patrulha chinesas impediram a prisão de pescadores chineses pela Marinha filipina.

Já o Vietnã despertou a ira da China em junho último, após adotar uma lei que pôs as ilhas Spratly, reivindicadas pelos dois países, sob o controle de Hanói. As informações são da Dow Jones.

FONTE: O Estado de S. Paulo

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