U-507: a história que emerge dos ataques que levaram o Brasil à guerra
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O Poder Naval conferiu, na Bienal do Livro de São Paulo, o recém-lançado livro “U-507”, do jornalista Marcelo Monteiro
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No subtítulo, o autor diz que o U-507 foi o submarino “que afundou o Brasil na Segunda Guerra Mundial”. Mas, pelo que já pudemos perceber do livro, não se trata apenas de afundamentos: é a história que está emergindo do mar em meio aos ataques do submarino alemão U-507 ao navios brasileiros em agosto de 1942. Na verdade, são várias histórias que se cruzam. Relatos e memórias de sobreviventes e de testemunhas dos naufrágios são o ponto alto dessa nova obra, lançada na semana passada na Bienal do Livro de São Paulo, quando os fatos narrados completavam 70 anos.
Na sexta-feira passada, conversamos com o autor Marcelo Monteiro na Bienal. O jornalista disse que, além da bibliografia do assunto e do diário de bordo do comandante do submarino alemão, suas fontes escritas foram os jornais da época, tanto os de grande circulação nas capitais quanto os locais. Mas as visitas que realizou aos locais dos afundamentos, pequenas cidades da costa do Sergipe e da Bahia, renderam também relatos orais de memórias ainda vivas entre pessoas que presenciaram e fizeram parte daqueles fatos.
À frieza dos ataques, os relatos somam a tragédia pessoal, dramas de sobrevivência, de perdas e de recomeços. E toda a reação popular àqueles afundamentos sucessivos de meados de agosto de 1942, cujo protagonista foi o submarino alemão U-507, e que levaram finalmente o Brasil à Segunda Guerra Mundial, 70 anos atrás.
Estas são as impressões de leitura de alguns dos trechos do livro, que também é fartamente ilustrado, trazendo reproduções dos jornais da época, fotos de navios, dos náufragos, e dos diversos entrevistados hoje. Em breve, traremos aos leitores uma resenha sobre a obra, que traz também um curto porém bem escrito (como era de se esperar) prefácio do escritor Luis Fernando Verissimo.
O livro de 341 páginas é uma publicação da Editora Schoba (www.editoraschoba.com.br), e deverá também ser comercializado pela Bibliex – Biblioteca do Exército (na Bienal, a obra já constava do catálogo de divulgação da Bibliex).