Esclarecimentos da Marinha do Brasil sobre a matéria ‘Os bastidores da proposta britânica para o Prosuper’ publicada pelo Poder Naval
Senhor Editor,
Em relação à matéria intitulada “Os bastidores da proposta britânica para o Prosuper”, publicada em 16 de setembro, no Site “Poder Naval”, a Marinha do Brasil (MB) esclarece o seguinte, de acordo com os trechos da matéria abaixo citados:
1) “Segundo uma fonte naval, até o desfecho do caso de Cesare Battisti, os grandes favoritos para vencero Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper) eram os italianos. Após esse episódio, houve a mudança de Governo no Brasil e a maioria dos programas das Forças Armadas foram “congelados”.
Para o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER), sete países apresentaram propostas que cumprem os requisitos operacionais preliminares do Programa,conforme é apresentado a seguir, em ordem alfabética por países: Alemanha (Thyssenkrupp), Coreia do Sul (DSME), Espanha (Navantia), França (DGN), Holanda (Damen), Itália (Fincantieri) e Reino Unido (BAe Systems). Ressalta-se que, em nenhum momento, a MB sinalizou alguma empresa como sendo a favorita para a escolha final, uma vez que a decisão caberá à Presidenta Dilma Rousseff.
2) “Nos últimos anos, a MB adquiriu 2 NDCC na Inglaterra, nosso tradicional fornecedor de meios navais. Depois da aquisição desses navios, os ingleses aproveitaram para buscar uma aproximação com a MB, oferecendo parceria para o desenvolvimento das fragatas do Tipo 26. Neste momento, engenheiros navais brasileiros encontram-se no Reino Unido conhecendo o projeto da Tipo 26.”
A MB não identifica relação de causa e efeito com as aquisições dos 2 NDCC e o PROSUPER. Contudo, a Força decidiu que Oficiais Engenheiros Navais participassem da primeira fase do projeto da Fragata Tipo-26, com o propósito de adquirir conhecimentos técnicos avançados em projeto de um meio naval, especialmente quando se trata de interação multidisciplinar entre equipes de diversos países participantes.
3) “A proposta britânica compreende, além de 5 navios patrulha derivados da classe “Amazonas”(OPV “Port of Spain”), um navio de apoio logístico derivado da classe“Wave” e 5 fragatas do Tipo 26. A proposta veio acompanhada de oferta de diversos meios navais.”
A proposta britânica para o PROSUPER contempla 05 Navios- Patrulha Oceânicos, 01 Navio de Apoio Logístico e 05 Fragatas. Contudo, a MB não ratifica a informação que a referida proposta está acompanhada de oferta de diversos meios navais.
4) “Na última Revisão deDefesa feita pelos britânicos, ficou decidido que vários meios seriam retirados prematuramente do serviço ativo, sendo vários deles oferecidos à MB.”
As Fragatas Tipo 22 Batch 3 e um Navio Anfíbio Classe “Large Bay” do Reino Unido foram oferecidos à MB.
5) “Nesse contexto, foram adquiridos os 3 patrulheiros da classe “Amazonas” (construídos originariamente para a Guarda Costeira de Trinidad e Tobago), além do projeto e plantas completas para construção de mais unidades, que, apesar de terem sido adquiridos direto do fabricante, teve influência decisivo do governo britânico.”
A obtenção dos 03 Navios-Patrulha Oceânicos foi realizada “por oportunidade”, levando em consideração o fato de serem novos e atenderem aos requisitos estabelecidos pela MB. Ressalta-se que foram adquiridos diretamente do fabricante, com a anuência do Governo britânico.
6) “Além desses meios navais, a MB analisou as fragatas do Tipo 22 Batch 3. A conclusão foi de que os navios estavam muito desgastados, e o custo de pô-los em operação na MB não compensaria.”
A MB confirma que as Fragatas Tipo22 Batch 3 do Reino Unido foram oferecidas em meados de 2011. Por outro lado, o Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil (PAEMB) prioriza a obtenção de Navios-Escolta por construção no País, buscando transferência de tecnologia e incremento da capacidade da indústria naval nacional.
7) “Da mesma forma, os navios de apoio logístico da classe “Fort Victoria” foram considerados superdimensionados para o padrão que a MB espera.”
A MB desconhece essa avaliação apresentada na matéria.
8) “A MB consultou então sobre a possibilidade de transferência de 3 fragatas do Tipo 23 para substituíremas fragatas da classe “Greenhalgh” no caso de um possível atraso na entradaem operação dos novos navios escolta de 6.000t. Da mesma forma, ventilou-se a possibilidade de transferência para a MB de um LPD da classe “Albion” que seria posto em disponibilidade. Contudo, a Royal Navy informou que no momento esses meios permanecerão em operação em suas fileiras. Além desses meios, a MB teria interesse nos navios de contramedidas de guerra de minas, dentre os quais encontram-se os da classe “Hunt” e “Sandown”, existindo a possibilidade de que alguns desses meios dêem baixa nos próximos anos.”
A MB não ratifica as informações prestadas na matéria.
9) “Como parceria futura, além dos navios de escolta, navio de apoio logístico e navio de patrulha de 1.800t, os britânicos oferecem o projeto de um navio aeródromo de 65.000t e de um NPM de 22.000t (com doca).”
A MB, em atenção à Estratégia Nacionalde Defesa (END), vem debatendo a possibilidade de desenvolvimento de um projeto para a aquisição de um Navio-Aeródromo, que será o substituto do NAe “São Paulo”, no futuro. Assim sendo, em 2011, a Força recebeu propostas comerciais dos seguintes países, em ordem alfabética: Espanha, EUA, França,Itália, Reino Unido e Rússia.
Quanto ao que se refere ao projeto de um NPM, a Marinha não ratifica as informações prestadas na matéria.
Atenciosamente,
PAULO MAURICIO FARIAS ALVES
Vice-Almirante
Diretor
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parece aqui em casa .. agora nao foi ninguem …
Todos sabem que “a decisão caberá à Presidenta Dilma Rousseff” (sic) mesmo. Entretanto, todos igualmente sabemos que por depender da Presidente, o PROSUPER só começará a ser decidido depois do fim da 3a Guerra Mundial.
Ao ensejo, a Marinha poderia acabar com a dúvida geral e nos dizer se haverá alguma mudança nos armamentos das NaPaOc recém-adquiridas da BAE Systems.
As vezes o silêncio é uma benção…
Augusto,
Como foi feito treinamento com a configuração atual de armamento, assim como foi adquirido no pacote (segundo informado por fontes) um lote de munição, não creio que se faça alguma mudança em breve nos armamentos dos navios-patrulha oceânicos adquiridos por oportunidade.
Falando nesta última palavra, trata-se também de uma oportunidade para testar esse outro modelo de canhão / metralhadora de 30mm.
Uma eventual mudança pode ser pensada mais tarde, para padronização, se for o caso. Mas, hoje, só traria custos adicionais sem nenhum ganho expressivo, na minha opinião.
verdade fernandinho se fomos nos pegar a custos de 30 mm acho que teriamos mais custos em supunhetarmos uma substituição no beneficio possivel para a função do navio
como dizia a propaganda do jornal Folha de São Paulo:
“Credibilidade é tudo”
e compartilha a bênção do silêncio
GENTE, vamos colocar os pingos nos “Is” a função do CCSM SEMPRE foi dar as informações OFICIAIS da MB. Quando o CCSM fala que não ratifica determinada informação é que ela não é OFICIAL, portanto não significa que, por exemplo, os ingleses não ofereceram navios ou que a MB não expressou quais navios a interessava, apenas não foram feitas ofertas OFICIAIS sobre estes meios. Informações de fontes internas dão “insights” de pessoas que participaram ou conhecem pessoas que o fizeram que discutiram certas POSSIBILIDADES que por inúmeras razões nunca se transformarão em realidade OFICIAL. Coisas que o CCSM tem OBRIGAÇÃO… Read more »
2) Sua fonte tem de ficar esperta…
“EUA(? porta-aviões convencional descomissionado ou projeto novo?)” O unico que encontra-se na reserva é o USS Kitty Hawk, descomissionado em 2009 e que completou 51 anos em abril, portanto, não é uma opção mesmo que pudessemos opera-lo…algo tão grande consumiria recursos que não dispomos. O que eles podem oferecer é o futuro USS América que deverá ser comissionado em 2014, um LHA sem doca alagável priorizando a parte aérea, e que poderá embarcar até 20 F-35B se for necessário e se o F-35B vingar. No mais o futuro USS América irá operar em parceria com um LPD e com um… Read more »
USS América
A volta dos carriers da II GM? heheeh a proposta é bem interessante… mas acho que o BR não vai ter F35B para operar nele…