‘Que vengan, por aquí no pasarán’
Militares argentinos evitam embarque de autoridades portuárias de Gana a bordo do ARA ‘Libertad’ usando armas
Militares argentinos a bordo do navio-veleiro Libertad mostraram suas armasàs autoridades portuárias de Gana quando estas últimas tentaram mover o navio para outra parte do porto, informou o Ministro da Defesa Argentino na sexta-feira.
Dos 300 tripulantes inicialmente embarcados, só sobraram 50 que permanecem a bordo fornecendo o mínimo necessário e manutenção no navio. Os demais foram evacuados.
O fato aconteceu na última quarta-feira quando autoridades de Gana tentaram subir a bordo para tentar manobrar a embarcação para outro local do porto em função do congestionamento. Os argentinos responderam mostrando suas armas.
O ministro da Defesa da Argentina, através de um documento, informou que inicialmente as autoridades portuárias de Gana cortaram o suprimento de água e energia elétrica enquanto dois rebocadores aproximavam-se do navio. O comandante do Libertad, seguindo ordens de Buenos Aires, removeu o acesso ao navio para impedir que as autoridades de Gana embarcassem.
As autoridades de Gana responderam colocando um guindaste próximo ao navio como uma forma de chegar a bordo informou o ministro.
“Em função das circunstâncias, autoridades portuárias de Gana tentaram embarcar no navio argentino à força sem um mandado judicial, foi dada a ordem para a tripulação de exibir suas armas no convés com o propósito de dissuadir qualquer tentativa de embarque,” informou o ministro.
Segundo um jornal argentine o impasse foi um pouco mais agressivo do que o relatado pelo ministro.
“Eu estava lá e ele pegaram os fuzis e apontaram para nós,” disse Jacob Kwabla Adorkor, autoridade portuária de Gana, ao jornal La Nacion, confirmando um artigo publicado no jornal local ‘The Chronicle’, informando que o evento durou cerca de quatro horas.
O governo argentine informou que o Misnitro da Defesa Arturo Puricelli manteve contato com seu parceiro de Gana para que ele interviesse nas ações descritas como uma “nítida violação da soberania e um ato de hostilidade.”
As autoridades portuárias desistiram por hora.
FONTE:Reuters (tradução e adaptação do original em inglês)
FOTO: La Capital
Situação complexa e que merece um estudo mais aprofundado.
Quem está certo quem está errado?
Corajosos esses argentinos!
Isso mesmo, hermanos!
Sem uma análise mais profunda do caso, penso que até que o navio seja arrendado no devido processo legal daquele país, o ‘Libertad’ pertence ao governo argentino, e sendo uma embarcação militar, é uma extensão de seu território, portanto, as autoridades de Gana deveriam solicitar à tripulação que ela mesmo deslocasse o navio para onde indicado, e uma embarcação de Gana, se fosse o caso, escoltasse o ‘Libertad’.
Sem entrar no mérito de quem está certo… ao receberam ordens da capital de seu país para impedirem a entrada dos oficiais de Gana a bordo e cumprirem-na da maneira que o fizeram, só posso dizer que os argentinos foram corajosos e devo parabeniza-los.
Para mim mais um exemplo da falta de responsabilidade do governo argentino, pois coloca em risco, desnecessariamente, a vida de 50 militares.
Pelo tempo que decorre esta perrenga, a Argentina já deveria ter resolvido isso.
O que me preocupa, é que os africanos em geral, não costumam se preocupar muito com legislaçõs internacionais, muito menos com a vida dos outros.
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