C-2 contra o V-22
O Northrop-Grumman C-2A Greyhound modernizado poderá competir com o Bell Boeing V-22 Osprey para ser a nova aeronave da US Navy para realizar missões de Carrier Onboard Delivery (COD. Atualmente, a US Navy opera 35 C-2A que já tiveram a vida útil aumentada de 10 para 15 mil horas, mas precisam ser substituídos, ou remanufaturados, até 2025.
A missão COD é usada para substituir peças no estoque do porta-aviões e não reabastecer os navios. Os navios tem estoque de peças de reposição para 30 a 45 dias, mas o planejamento do estoque não é muito previsível. Então usam o FedEX e UPS para enviar peças para bases em terra ou usam os C-2 para levar para os porta-aviões, não sendo uma missão equivalente a logística de combate.
O C-2 tem alcance de 1.300 milhas, leva 5400 kg carga ou 26 passageiros. O V-22 tem desempenho similar em termos de carga, alcance e velocidade de cruzeiro e poderá receber combustível extra na forma de tanques extra ou conformais.
O conceito de operação das duas aeronaves também será diferente. O C-2 é usado para levar peças e suprimentos críticos de bases logísticas em terra direto para os porta-aviões. Depois de entregues, as peças são enviadas para outros navios com VOD (Vertical Onboard Delivery). Com o V-22, será possível entregar as peças direto em outros navios menores e não só para o porta-aviões, fazendo também VOD.
O C-2 voa apenas de dia e não fica embarcado no porta-aviões, mas o V-22 pode voar de dia ou a noite e pode realizar outras missões como reabastecimento em voo e busca e salvamento de combate (CSAR).
O C-2 é pressurizado e o V-22 não, podendo voar acima do mau tempo. O V-22 tem vantagem de não precisar realizar pouso enganchado ou decolagem com catapulta. Sem catapulta não terá limitações para evacuação aeromédica. Sem a necessidade de realizar pouso enganchado, o V-22 poderá levar, por exemplo, o motor do F-35, que não cabe em nenhum dos dois se instalado no container atual. No V-22 o container não precisa ser muito robusto. O módulo também pode ser levado externamente, mas com risco de ser alijado.
Modernizar o Greyhound permite operar uma frota conjunta de C-2A e E-2D Hawkeye com diminuição dos custos. Foi estimado uma diminuição em 25% no custo de hora de voo com uma frota padronizada. O V-22 também permite padronização de frota pois a US Navy pretende comprar 48 V-22 para CSAR. Junto com o USMC terá uma frota de mais de 400 Osprey.
Senhores me informem se possivel: Quem sabe como é que anda os S-2 turbo tracker que a marinha adquiriu e ia mandar modernizar,concluiram essa compra, ou ficou apenas no desejo. Abraços à todos.
O que o texto não diz é que os V-22 caem mais que os C-2.
“O C-2 voa apenas de dia e não fica embarcado no porta-aviões…”
Um destacamento de duas aeronaves sempre é embarcado como parte da ala aérea, mas quando o NAe está proximo de bases em terra, aí sim, eles fazem uma verdadeira “ponte aérea”.
O C-2A da foto é o que o Galante voou quando o USS Carl Vinson esteve no Rio em 2010, pertencendo ao Esquadrão VRC-40 os “Rawhides” Destacamento 5.
O VRC-40 atende o Atlantico enquanto o outro unico Esquadrão, o VRC-30 “Providers” atende o Pacifico.
Mas o que eu gostaria de ver mesmo era o V-22 substituindo o E-2C/D.
Conferindo capacidade AEW ao V-22 e qualquer navio de assalto (LHA e LHD) poderia desempenhar com maestria a função de controle de área marítima, juntamente com os F-35B e o MH-60R, aumentando a flexibilidade a níveis jamais vistos.
O Osprey surgiu como sendo um chopper com velocidade de avião, ou um avião com as característicado vôo vertical. Pelo que li e leio, entendo que não aprovou. Acho que o ideal mesmo seria o C-2A nos NAe e um heli à altura para ligação e abasteciento entre os meios da NAVY que não possam receber o C-2A.
Bosco, eu preferiria helis fazendo esta missão que vc citou… não gosto/confio no V 22.
O S-2 parece que vai ter capacidade limitada comparado com o C-2. Por outro lado, imagino que os estoques de peças da MB serão sempre pequenos e um COD seria muito usado. Como a MB não se afasta do litoral, também poderia usar os CEDEX para entregar nos portos onde vai parando.
Deixa Eu pegar a minha bola “lobby” de cristal…aummmmmm…aummmmm…V-22! Na cabeça! 🙂
Fabio,
Como sabemos a próxima geração de aeronave AEW da USN será o E-2D, então nem a minha nem a sua preferência vai vingar. rsrs
Num futuro mais distante com certeza a tarefa vai ficar por conta de aeronaves não tripuladas de grande autonomia, quer sejam mais pesadas que o ar ou não. Eu apostaria num dirigível. rsrssss
Não há linha de C-2 em operação, ao contrário do V-22, que está em franca produção.
E o grosso dos acidentes, exceto pela barbeiragem lá no Marrocos, já passou a tempos.
Antes disto ser um demérito a aeronave, foi motivo de mto trabalho duro até que se estabelecessem em que condições os acidentes ocorriam, a criação e a validação de formas de evita-los.