O jornal China Daily publicou ontem (20) declarações do presidente da China State Shipbuilding Corp, Hu Wenming, afirmando que o país “está pronto para construir seus próprios porta-aviões”. As declarações vêm logo após o 18º Congresso do Partido Comunista chinês, e quase dois meses após o comissionamento do Liaoning, primeiro navio -aeródromo da Marinha do Exército de Liberação Popular. O antigo Variag foi adquirido da Ucrânia e passou por uma extensa reforma antes de ser rebatizado e comissionado. A incorporação do navio representou um marco do crescimento militar e marítimo da China, e também intensificou especulações e o clima de ansiedade regional com a expansão da esfera de influência de Pequim.

“Nós devemos aprimorar nossas pesquisas prórpias no que se refere a armamentos e equipamentos, bem como nossa capacidade de produção. Esses elementos devem ser compatíveis com o poder político do país, e devemos ser capazes de construir nossos porta-aviões de forma independente”, declarou Wenming, ao China Daily durante o Congresso do PC chinês.

Em meio a disputas territoriais acirradas com países vizinhos, o presidente Hu Jintao disse em seu discurso durante o Congresso que a China continuará com suas reivindicações ao mesmo tempo em que se afirma como “um poder marítimo”.

Ao longo de quase dez anos após a aquisição do porta-aviões, o China State Shipbuilding Corp, maior estaleiro do país, realizou as obras de reforma no porto de Dailan, no noroeste da China. De acordo com a imprensa estatal, o navio de 300 metros de comprimento está se preparando para as primeiras decolagens e pousos de aeronaves.

O chefe de inteligência de Taiwan afirmou no começo deste ano que a China planeja construir mais dois navios-aeródromos. Apesar das especulações de que os trabalhos já estava em andamento, não há evidências da construção dos navios.

Ao final do Congresso do Partido Comunista na semana passada, o atual vice-presidente, Xi Jinping, foi apontado como sucessor de Hu Jintao, e deve tomar posse do governo em março do ano que vem.

FONTE: Defense News e China Daily (Tradução e adaptação do Poder Naval a partir de originais em inglês)

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