Ary Rongel segue para Antátida em apoio à reconstrução da base brasileira
O navio de apoio oceanográfico Ary Rongel deixou na tarde do dia 30 de novembro a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha, na Baía de Guanabara, com destino ao Continente Antártico onde vai participar da 31ª Operação Antártica (Operantar). Sob o comando do capitão de mar e guerra Marcelo Luis Seabra Pinto, a embarcação, apelidada por sua tripulação de “Gigante Vermelho”, realiza a sua 19ª viagem ao continente e deverá retornar ao Rio de Janeiro em abril do próximo ano.
O navio terá como tarefa principal dar apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e aos trabalhos de montagem dos módulos antárticos emergenciais, que servirão de base para a continuação dos trabalhos de pesquisa na base, completamente destruída por um incêndio na madrugada do dia 25 de fevereiro deste ano.
Navio realiza sua 19ª viagem à Antártica dará apoio logístico à EACF e aos trabalhos de montagem dos módulos antárticosNavio realiza sua 19ª viagem à Antártica dará apoio logístico à EACF e aos trabalhos de montagem dos módulos antárticos
O Ary Rongel vai integrar a missão que o governo brasileiro vem implementando no continente e que mobiliza 200 pesquisadores, cinco navios e que objetiva a finalização do desmonte de 700 toneladas de aço da base operacional, instalar 29 módulos emergenciais provisórios e dar continuidade aos 19 projetos de pesquisa que vinham sendo desenvolvidos no Continente Antártico.
Retomado neste mês de novembro pelo governo brasileiro, os trabalhos na Estação Antártica Comandante Ferraz terá nos próximos quatro meses, período do verão no continente, representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Meio Ambiente, da Marinha e da Força Área Brasileira (FAB).
A reconstrução da estação está prevista para ter início na próxima Operantar, entre novembro de 2013 e março de 2014. O governo brasileiro já destinou R$ 40 milhões a serem utilizados nos trabalhos de reconstrução da Estação Comandante Almirante Ferraz. Os navios envolvidos na operação são: o de pesquisa polar Almirante Maximiano, que partiu do porto do Rio de Janeiro em outubro e na semana passada lançou boia de pesquisa em baía do arquipélago das Shetland do Sul; o de apoio oceanográfico Ary Rongel; o de socorro submarino Felinto Perry; o de apoio logístico Ara San Blas, da Marinha Argentina; e o mercante Germânia, contratado pela Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) da Marinha para dar apoio ao desmonte da Estação Antártica Comandante Ferraz e à instalação dos módulos antárticos emergenciais.
Os pesquisadores brasileiros serão instalados no navio Almirante Maximiniano, responsável por abrigar grande parte dos laboratórios que serão aproveitados nesta edição da operação; nos refúgios (denominação utilizada para os abrigos dos pesquisadores em localidades distantes da estação); na Estação Antártica Escudero, do Chile, localizada na ilha Rei George; e na Base Militar Cámara, da Argentina, localizada na ilha Media Luna.
FONTE: Jornal do Brasil