Futuros porta-aviões britânicos navegarão sem alerta aéreo antecipado nos seus primeiros anos

 

Fontes do Ministério da Defesa do Reino Unido (UK DoD) revelaram que a tecnologia de alerta radar que avisará os comandantes sobre a aproximação de aviões de guerra e mísseis inimigos pode não estar pronta até cinco anos após o primeiro dos porta-aviões da classe Queen Elizabeth entrar em serviço em 2017.

Os atuais helicópteros Sea King AEW da Royal Navy, que fornecem Alerta Aéreo Antecipado para a frota, deverão ser aposentados em 2016. E os seus substitutos podem não estar operacionais antes de 2022, deixando o HMS Queen Elizabeth e HMS Prince of Wales sem cobertura aérea durante os testes iniciais dos navios.

Os navios devem iniciar seus testes de mar por volta de 2017 e deverão estar operacionais por volta de 2020, o que significa que eles podem ser enviados para qualquer área em conflito ao redor do mundo.

Uma fonte militar disse: “Se o novo AEW não estiver lá para protegê-los, teremos construído o mais caro alvo desprotegido do mundo”.

A notícia do buraco nas defesas da Marinha ocorre após o lançamento do “Strategic Defence and Security Review” do Primeiro Ministro David Cameron, que cortou os aviões de vigilância aérea Nimrod e os jatos Harrier.

O Ministério da Defesa confirmou que haverá um “déficit de capacidade” em AEW a partir de 2016, e disse que os navios de guerra seriam capazes de usar seus próprios sistemas de radar para detectar ameaças quando osSea King forem retirados de serviço.

Mas os críticos alertaram que este plano trás lembranças desagradáveis da Guerra das Malvinas – o último período em que a Royal Navy não possuiu um sistema AEW.

Cinco navios foram perdidos no conflito de 1982, causando a morte de dezenas de militares e centenas de outros feridos.

“Lord” Alan West, que comandou a Marinha Real de 2002 a 2006 e comandante do HMS Ardent bombardeado nas Malvinas, advertiu ontem à noite: “Nós corremos o risco de repetir os erros do passado. Será que vamos aprender? AEW é absolutamente essencial.”

FONTE: Mailonline  (tradução e adaptação Poder Naval, a partir do original em inglês)

NOTA DO EDITOR: a imagem acima representa o ataque à fragata HMS Ardent, comandada na época por Lord Alan West, citado do texto, e uma das grandes vítimas da falta de alerta aéreo antecipado nas Malvinas.

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Blind Man's Bluff

Acho que nunca aprenderam a lição!!!

Soyuz

Os britânicos são os “mestres” da aviação embarcada. Quase tudo que surgiu de conceito em aviação embarcada, normalmente veio da RN. Porem parece que esta veia inovadora esta ficando cada vez mais em um passado distante. Qual a única justificativa para de produzir um porta aviões com mais de 50.000 toneladas? • Dotá-lo de aviões cujo desempenho, especialmente a relação carga útil x alcance seja próxima ao de modelos similares operados em terra e com isto permitir a projeção de poder em profundidade sobre o continente. • Serve para que seus caças tenham combustível, munição e capacidade de reparo a… Read more »

daltonl

Verdade seja dita: os argentinos não irão tentar nada novamente e mesmo que tentem, não irão encontrar apenas 2 pelotoes de fuzileiros como encontraram em 1982. No mais, britanicos, franceses e cia ltda não irão à guerra sem os EUA e “eles” sabem disso, então podem se dar ao luxo de aguardar novas aeronaves ou fazer de conta que estão investindo em tecnologias novas e formidaveis ao mesmo tempo que fazem cortes que são na minha opinião necessários para equilibrar suas economias. Soyuz… NAes de 25.000 toeladas não são considerados custo efetivos, ainda mais se forem convencionais e não é… Read more »

Groo

Eles sempre atuam junto com os EUA e vão ficar sob o guarda chuva da USN ou mesmo da RAF e seus E-3.

Mesmo assim ainda cho que ou eles vão esticar a vida útil dos Sea King ou usar o Merlin. Faz algum tempo que saiu no Poder Aéreo uma matéria sobre um radar AESA lateral fabricado pela LM que podia ser instalado no Merlin.

http://www.aereo.jor.br/tag/aesa/page/2/

Soyuz

Daltonl,

Eu concordo com o que escrevestes.

O que quero dizer é que um Nael acima de 50.000 ton operando um avião V/STOL é uma sub utilização ridícula.

Se for pra operar V/STOL é melhor construir 2 porta Harrier de 20.000 ton do que um de 50 ou 60 mil.

daltonl

Soyuz… mesmo assim, 20.000 toneladas é considerado pouco, até os italianos partiram para um de 30.000 toneladas, o Cavour e mesmo na guerra das Malvinas/Falklands a grande estrela foi o HMS Hermes de quase 30.000 toneladas. O que parece ser o caso é que os futuros CVFs terão outras funções, mesmo funcionando como grandes LPHs, hoje a Royal Navy tem o HMS Ocean de pouco mais de 21.000 toneladas que será descomissionado quando os CVFs entrarem em serviço. Concordo que é uma pena um NAe tão grande não operar plenamente como os Nimitz e o CDG operam em suas respectivas… Read more »

Soyuz

De 20.000 ton fato deve ser pouco mesmo para um Nae V/STOL até porque houve um aumento de tramanho do Sea Harrier para o F-35C.

daltonl

F-35B e STOVL é o correto ! No mais é isso mesmo, o F-35B é maior, mais pesado, consome mais combustivel enfim, necessita mais espaço do que o velho Harrier.

abs

Mauricio R.

Qual o problema em retirar o equipqmento AEW, dos atuais Sea Kings e monta-lo no Merlin????

daltonl

Não deve haver muita dificuldade em transferir o equipamento e seria bem mais barato, o “problema” é que a Royal Navy quer algo mais capaz e consequentemente bem mais caro.

Vader

“Se o novo AEW não estiver lá para protegê-los, teremos construído o mais caro alvo desprotegido do mundo””

Nossa, será que nossos almirantes geniais lêem o PN? 😉