US Navy: cortes orçamentários atrasam reparos e diminuem a frota

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Por Sydney J. Freedberg Jr.

A Marinha dos Estados Unidos já começou a restringir os gastos para se adequar ao orçamento pós-sequestro, mas os efeitos a longo prazo do corte que vigora desde 1 de março repercutirão na Força ao longo dos próximos anos. Enquanto o Exército “levou a pior”, segundo as estimativas do próprio Pentágono, os impactos mais delicados são na Marinha, que viu prejudicado seu minucioso cronograma de manutenção de navios. A frota já foi obrigada a reduzir pela metade a presença de navios-aeródromos no Golfo, mas o atraso e cancelamento dos reparos significarão menos embarcações em serviço nos próximos anos.

Navios de guerra requerem manutenção cuidadosa para que estejam sempre de prontidão, especialmente os porta-aviões nucleares. Além dos reparos comuns a todos os tipos de embarcação, os navios-aeródromos da classe Nimitiz demandam reabastecimento e uma reforma geral dos reatores nucleares ao longo dos seus 50 anos de vida útil. Essa operação chamada de Refueling and Complex Overhaul (RCOH) só é feita por um estaleiro em todo o território americano – o Newport News, da Huntignton Ignalls, no estado da Virginia. Sendo assim, os reparos de um navio devem começar assim que se encerram os do anterior. Porém, no mês passado a Marinha atrasou indefinidamente a manutenção do USS Abraham Lincoln por falta de verbas – o que, por sua vez, atrasará a manutenção do USS George Washington, e dos próximos navios-aeródromos na fila de espera.

A imagem no começo do post (clique para ver em tamanho real) mostra claramente a complexidade da operação de RCOH, e como a sequência regrada de reforma dos porta-aviões foi comprometida pelos cortes previstos no sequestro.

Há um aspecto de propaganda, é claro. O infográfico foi criado como parte de uma campanha da Aircraft Carrier Industrial Base Coalition (ACIBC), composta por cerca de 400 empresas seriamente interessadas em manter o ritmo de trabalho e o fluxo de caixa. A ACIBC escreveu aos líderes do Congresso em fevereiro passado, pedindo que as verbas para manutenção dos navios-aeródromos não entrassem nos cortes orçamentários, e realizou ontem um “ato público” no bairro presidencial de Washington.

Grupos corporativos como a AICBC são propensos inflarem estimativas, especialmente quanto aos postos de trabalho perdidos nos projetos de que fazem parte, mas não é o caso. Trata-se de uma coalisão de lobistas, é verdade, mas nesse gráfico eles se atêm aos fatos – e os fatos já são perturbadores o bastante.

FONTE: AOL Defence (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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Vader

Num tá fácil pra ninguém… 🙂