US Navy pode reformular programa de desenvolvimento de LCS
De acordo com documento confidencial escrito pelo comandante das forças de superfície da Marinha americana, vice-almirante Tom Copeman, os canhões de 57mm que compõe o sistema de armas dos navios de combate litorâneo (LCS) não proporcionam poder de fogo suficiente para as embarcações. No memorando, Copeman, alertou à US Navy que, após os primeiros 24 LCS serem construídos, considerasse desenvolver um navio com mais capacidade de ataque
O memorando redigido pelo vice-almirante, a pedido do comandante de operações navais da US Navy, almirante Jonathan Greenert, indica que a Marinha pode estar começando a repensar o programa de desenvolvimento dos LCS, que já soma 37 bilhões de dólares. Esse redirecionamento pode levar à revisão do projeto original ou mesmo ao desenvolvimento de um modelo novo.
Os navios de combate litorâneo vêm passando por problemas desde 2005, quando o preço das embarcações dobrou. Segundo o responsável pelo programa de desenvolvimento dos LCS, contra-almirante James Murdoch, o custo operacional e de manutenção ao longo da vida útil dos navios chega a 440 milhões de dólares cada um. Atualmente, estão sendo construídos duas modalidades de LCS, pela Lockheed Martin e pela Austal, respectivamente. O modelo da Lockheed Martin apresentou rachaduras no casco, e o da Austal teve problemas com ferrugem e corrosão.
O conceito de navio de combate litorâneo surgiu após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. O emprego desses navios inclui contraminagem, guerra antissubmarino, interceptação de drogas e ajuda humanitária.
FONTE: Defenseworld.net (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)
Que diria o Comandante americano se visse os nossos NPaOc?
diria adequado ao TO / MO de ops de ptr do Brasil
Boa MO !!
Lastimavelmente não pude traduzir o post do MO, mas acho que o americano diria que é muita nave para pouco poder ofensivo.
“De acordo com documento confidencial escrito pelo comandante das forças de superfície da Marinha americana, vice-almirante Tom Copeman, os canhões de 57mm que compõe o sistema de armas dos navios de combate litorâneo (LCS) não proporcionam poder de fogo suficiente para as embarcações.” É mesmo Comandante? Faz um tempão (década passada) que defendo um canhão maior para os LCS, até mesmo porque já existe no arsenal norte americano. Hoje mesmo, pela manhã, em outra matéria sobre o Freedom: Pelo menos um canhãozinho maior, talvez uma versão mais moderna do Compacto 76 (de 76,2mm de calibre) fabricado sob licença pela FMC-United… Read more »
aldoghisolfi disse:
3 de abril de 2013 às 16:14
“(…)mas acho que o americano diria que é muita nave para pouco poder ofensivo.”
Se vc visse o armamento de um Cutter da USCG, vc iria ficar abismado
Diria: proper function, buy 7 more
Possiveis causas da adoção do 57 mm:
– maior volume de fogo contra alvos que o LCS poderá engajar;
– manutenção mais barata;
– munição mais barata;
– mais leve;
O 57 mm é mais do que os MCMs e PCs possuem e possui um arco de fogo bem maior quando comparado ao 76 mm das FFGs.
Os futuros Zumwalts o adotarão e também os novos cutters da Guarda Costeira, então, aparentemente os 76 mm perderam a vez na US Navy ao menos por enquanto.
O maior problema, e crítica, aos LCS foi a infundada velocidade final requisitada. Ele opera rigid inflatable boats, helicópteros e VANTs e não precisa realmente atingir 45+ nós! Por conta disso o preço explodiu, os custos de operação também explodiram pois este patrulheiro oceânico consome mais que as fragatas que está substituindo e o casco, como citado na matéria, não aguenta. É quase certo que haverá uma review nesse programa e que o resultado dela inclua a produção contínua de apenas um dos dois atuais modelos e que este seja de uma nova versão com requisitos de velocidade final relaxados… Read more »
Admiral Dalton, Entendo sua argumentação e, possivelmente, da US Navy. Entretanto respeitosamente apresento minha divergência no que diz respeito à escolha do canhão para o Litoral Combat Ship. – maior volume de fogo contra alvos que o LCS poderá engajar; O Bofors Mk3 ou na designação americana Mark 110 Mod 0 57mm gun tem uma cadência de 220 disparos por minuto, com uma munição que pesa em torno de 6,1 kg., dependendo do modelo. O OTO Melara 76mm Super Rapid tem uma cadência entre 100 e 120 disparos por minuto, com uma munição que pesa em torno de 12,3 kg.,… Read more »
Grande Ivan,
sempre fundamentando bem suas ideias, então se, não se tem uma economia significativa na manutenção, munição, vida util do canhão se o tal do efeito “air burst” do 57 mm não compensa em um meio onde haja grande nr de pequenas e velozes embarcações e se, apoio de fogo aos SEALS algo que sinceramente não sei se será de suma importancia, foi negligenciado pode ser que a compra da Bofors pela BAE Systems justifique… 🙂
grande abraço
aldoghisolfi disse: 3 de abril de 2013 às 16:14 Lastimavelmente não pude traduzir o post do MO, mas acho que o americano diria que é muita nave para pouco poder ofensivo. —————————————————— aldoghisolfi, os Navios Patrulha classes Macaé ou Amazonas não tem a mesma função dos LCS. Estes últimos são Litoral COMBAT Ship. Algo como um Fast Attack Craft ou Corveta Litorânea superdesenvolvido. Servem para combater ameaças assimétricas e convencionais como submarinos costeiros. Nossos Navios-patrulha cumprem uma função que nos EUA é da US Coast Guard. Compare os NaPa com os “Cutter” da USCG e verá que o armamento e… Read more »
Eu tava viajando e quase perco a discussão. rsrssss Eu acho que mesmo a mais poderosa marinha de guerra do mundo não pode se dar ao luxo de ter tantos navios tão especializados como as pretensões iniciais da USN em relação ao LCS. Vinte e quatro no meu entender tá de bom tamanho. Pra mim o programa foi desastroso desde o início, com a escolha de dois modelos diferentes. Nunca havia visto isso acontecer e as justificativas não me convenceram. Em segundo lugar ele era visivelmente sub-armado para qualquer padrão e não ter o lançador Mk-41 (pelo menos 16 células)… Read more »
Bosco… “aparentemente” a US Navy nunca considerou de muita valia instalar APENAS 4 harpoons, mesmo os PHMs embarcavam 8 deles e a norma é 8 também nos grandes combatentes de superficie, ao menos era, antes da introdução dos AB FIIA mas poderá voltar a ser quando e se finalmente entrar em serviço o LRASM. Não se espera que a função de afundar navios recaia sobre o LCS, para tanto há hoje 22 CGs e 62 DDGs, um total de 84 grandes comba-tentes de superficie e espera-se que este numero no minimo se mantenha, ou seja, há mais deles hoje em… Read more »
Dalton, Realmente 4 lançadores Harpoon foi uma péssima ideia, mas me baseei nas OHP, portanto, há jurisprudência. rsrsr Havendo esse míssil haveria outros alvos que não somente navios, já que são capazes de atingir alvos em terra, aumentando a flexibilidade do navio de modo geral. Por exemplo, agora a pouco se noticiou de um LCS ter sido enviado ao Sudeste Asiático, bastante próximo ao TO do Extremo Oriente. Seria coincidência ou há a real possibilidade de um LCS operar em caso de necessidade no litoral da CN? Como sabemos a CN não é um Afeganistão (que não é banhado pelo… Read more »
Bosco… aqueles 4 miseros harpoons nunca foram bem aceitos nas OHP e pior ainda tinham que ser lançados um a um como vc bem sabe. Quanto ao USS Freedom ele recém deixou Guam e está a caminho de Cingapura onde utilizará as instalações navais de lá, Changi Naval Base, muito frequentada pela US Navy no que deverá ser uma comissão de 8 meses o que já estava programado desde o ano passado. Também estou curioso quanto ao que virá, mas uma coisa é certa, combate-se com o que se tem e não com o se quer. grande abraço amigo P.S.… Read more »
Força Naval do Exército do Povo da Korea. Segue o padrão da China, onde o PLA concentra todas as forças. Sempre foi uma força costeira, como a chinesa do século passado, voltada a negar o litoral ao eventual e nominado agressor. Basicamente composta por barcos lança mísseis, de patrulha costeira e submarinos. A principal força de superfície seria as quase 2 (duas) dúzias de barcos lança mísseis da época soviética, as OSA e seu clone chinês, as Soju. Cada um destes pode transportar 4 (quatro) mísseis CSS-N-1, versões melhoradas do velho SS-N-2 Styx, da década de 60 do século passado.… Read more »
Apesar dos poucos SSM Harpoon embarcados nas antigas FFG OHP,
bem como o fato do lançador Mk-13 disparar apenas um por vez,
só o fato de dispor dos mesmos já era um fator de dissuasão,
bem como a possibilidade de disparar um ou dois contra um alvo
qualquer, como forma de se defender.
Melhor ter poucos do que nenhum.
Sds.
Pois é Ivan…mas a US Navy retirou os MK 13 de todas as FFGs quando estas tinham 20 anos ou menos de idade e os 4 harpoons se foram com eles e nem porisso as FFGs deixaram de cumprir suas missões que na época 2002/2003 eram mais abrangentes que as de hoje. Não é intenção da US Navy deixar seus LCSs operando sozinhos em um meio onde haja possibilidade de ameaças mais sérias e não serão 4 harpoons que deterão um maluco de atacar um LCS, pois se ele for maluco para tanto deverá esperar que todo o peso do… Read more »
Dalton, Diferença de custo de aquisição e/ou manutenção entre um Bofors 57 e um OTO Melara 76 deve ser mínimo, se houver. …efeito “air burst” do 57 mm? O Bofors 57 tem uma cadência de 220 tpm. O OTO Melara 76 Super Rapid, dependendo da versão, pode chegar a 120 tpm. Uma ‘rajada’ com menos disparos por minuto, porém mais pesada. …apoio de fogo aos SEALS… Foi apenas uma das possibilidades de fogo contra posições em terra. Bater possíveis alvos como mini-submarinos e barcos rápidos escondidos em estuários de rios ou pequenas baías é outra possibilidade, Alvos de oportunidade importantes… Read more »
Dalton,
A “marinha” da Coréia do Norte tem um alcance limitado a, se muito, 50 (cinquenta) milhas náuticas, já incluído o alcance dos mísseis.
Quanto ao número de SSM nos LCS também acho pouco apenas 4 (quatro). No mínimo 8 (oito), mas preferencialmente 16 (dezesseis) em um módulo de combate de superfície.
Por outra as antigas FFG OHP náo tinham missão de combate mar-mar, mas simplesmente escolta de baixo custo. Não teria que caçar navios de superfície, mas ter ferramentas para manter um agressor longe.
Abç.,
Ivan.
Eles tem;tinham CT, e tem fox Trot ou Romeo, nao me lembro tbm vao mais longe,mas do mesmo jeito nada que assute …
Aldo, o MO la de cima era modus operandi
Ivan… a US Navy não vê uma necessidade urgente de embarcar SSMs com alcance além do horizonte em cenários possiveis para o emprego dos LCSs e é curioso que nem um SSM decente eles possuem, pois o harpoon utilizado nem mesmo foi modernizado e terão que esperar pelo LRASM ou outra coisa o que está anos distante ainda. Nem mesmo os ABIIA embarcam harpoons como vc sabe, consequencia de um cenário pouco provavel de combate mar-mar, mas é claro, se houvesse dinheiro sobrando tudo poderia ser diferente. Até o LCS poder ser empregado em numeros razoaveis muita coisa poderá mudar… Read more »
MO,
A KPN tem Whiskey soviético (~4) e Romeo chinês (~20).
Ivan.
Nenhum Whiskey operacional, talvez uns 10 Romeos navegando e olha lá, o resto está encostado e canibalizado…ao menos foi o que li, de qualquer forma não duram dias assim como não durou a empafia de So Damm
Hussein.
Dalton, A US Navy poderia desenvolver um módulo ASuW e quem sabe adquirir meia dúzia de 7 ou 8 para equipar os LCS, principalmente os Freedom. Sempre bom lembrar que estes foram criados para combater em águas costeiras, onde o tempo de reação tem que ser mais rápido e nem sempre dá para esperar pelos “aviãozinhuns”. Do jeito que está não teria condições de enfrentar uma Sa’ar 5 israelense com apenas 1.300 toneladas de deslocamento, mas armada como 8 (oito) SSMs Harpoon e 32 (trinta e dois) SAMs Barak 1. Até mesmo uma corveta como a russa Stereguschiy de apenas… Read more »
Em tempo 2.
Importante info esta última, Dalton.
Também não acreditava que sequer metade dos subs koreanos estivessem em condições de navegar.
Abç.
“Então para que o ‘danado’ do LCS?” Grande Ivan…vou te dar um desconto porque vc é da infantaria e infante tem esta mentalidade mais guerreira e tal… 🙂 Hoje lá no Golfo Pérsico estão uma duzia de MCMs e PCs e estes estão envelhecendo rapidamente, pois bem, a idéia é ter quatro LCSs baseados no Bahrein e retirar todos os PCs e quando os MCMs forem retirados, possivelmente deslocar mais 4 LCSs para lá então pergunto o que é melhor um MCM/PC ou LCSs mesmo sub-armados? A realidade é que muitos navios da US Navy nem estão levando a bordo… Read more »
Em tempo…na verdade a Somália encontra-se na área de atuação da V Frota, a ideia original é ter 2 LCSs baseados em Diego Garcia.
Sem querer me meter e já me metendo, o problema é que o LCS foi pensado tendo pelo menos 45 mísseis NLOS-PAM, com 40 km de alcance e embora de pequeno porte sua precisão sub-métrica e modo de operação “man in the loop” lhe proporcionava capacidade “mission kill” contra navios de grande porte.
Com o cancelamento do míssil pelo USA a USN não conseguiu concluir isoladamente o desenvolvimento dele e o jeito foi lançar o navio com sem esse importante módulo.
Pra piorar, outros módulos de missão também foram cancelados.
Falei que o Bosco lembraria do NLOS… rs rs. Dalton, Infante é casca grossa mesmo… 🙂 Mas a minha pergunta que vc recortou foi retórica. Para um MCM, quando o LCS operar como tal e com o módulo equivalente, o Bofors 57 será suficiente e não precisa de SSM. Mas para operar como Patrol Craft, dependendo do ambiente, um canhão um pouco maior como o OTO Melara 76 e principalmente um módulo de combate de superfície com uma dúzia ou mais de SSM, mesmo os Harpoons, será imprescindível. Fiz referência à Sa’ar 5 porque ela representa um projeto equilibrado para… Read more »
Ivan… ambos, 57 mm e 76 mm são bons canhões, mas daí afirmar que seria melhor ter o de 76 mm na maioria das ocasioes pode ser precipitado, então, podendo ter apenas um, a US navy optou pelo de 57 mm, mesmo sabendo que em algumas ocasioes poderia ser melhor ter o de 76 mm. Não me parece que o harpoon seja o mais adequado contra speedboats há relatos de harpoons não localizando alvos pequenos ou mesmo sendo perigosos para navios neutros e/ou aliados em aguas mais confinadas, então, entra em cena o Griffin. O Griffin tem alcance menor do… Read more »