F-35: um dilema para os britânicos
O Parlamento Britânico divulgou as ultimas atualizações do programa JSF. Segundo o documento SN06278 da Comissão de Defesa e Assuntos Internacionais, publicado em 12 de abril de 2013, a opção pela versão F-35B de decolagem curta e pouso vertical está mantida no momento, mas o programa continua apresentando muitas dúvidas.
O número de aeronaves a ser efetivamente adquirido só será divulgado quando o próximo SDSR (Strategic Defence and Security Review) for publicado em 2015. Originalmente deveriam ser 140, mas este número deve cair para 48. Pelo menos 12 deles deverão formar o grupamento aéreo embarcado, podendo chegar a 36 caso seja necessário. Eles serão operados por uma força conjunta de pilotos da Marinha e da Força Aérea do Reino Unido.
Quatro aeronaves de testes foram adquiridas e duas delas já foram entregues. Os jatos já estão voando na Base Aérea de Eglin, nos Estados Unidos, e espera-se que a terceira aeronave seja entregue no segundo trimestre de 2013.
Inicialmente as aeronaves deveriam ficar baseadas em Lossiemouth (Escócia). Porém, em março deste ano, o Parlamento decidiu manter as aeronaves na base de Marham (Norfolk).
Há dúvidas quando ao custo real de cada aeronave. Os dados apresentados baseiam-se em informações divulgadas pela mídia ou fornecidas pelo GAO (Government Accountability Office) dos Estados Unidos.
No entanto, a opção do F-35B reduzirá o custo de construção/adaptação dos porta-aviões da classe Queen Elizabeth, além de manter o cronograma de entrada em operação para 2020. Mesmo assim o programa não escapou de críticas. Trata-se da aquisição de dois porta-aviões de 65.000 toneladas (três vezes maior que um “Harrier Carrier”), mas que não possuem catapultas e aparelhos de parada.