Mísseis Spike agora lançados do mar
A Rafael israelense apresentou uma estação de armas controlada para lançamento de mísseis Spike de longo alcance a partir de navios. Os modelos incluem o MLS-NLOS com o míssil Spike NLOS (Tamuz), com alcance de 25 km, e o MLS-ER com o míssil Spike (ER), com alcance de 8 km. As estações são estabilizadas e podem ser instaladas em vários tipos de plataformas navais. Os dois sistemas fazem parte da familia Typhoon baseado no canhão ATK Mk 44 Bushmaster II.
Os mísseis Spike são guiados por TV e sensor de imagem infravermelha, com datalink por fibra ótica (Spike ER) ou rádio (Spike NLOS).
Cadê o Bosco para nos explicar as características desse sistema e suas vantagens ( e desvantagens)!
Me pareceu muito interessante esse sistema, ainda mais agora que as novas “Barroso” irão começar a sair do papel (assim espero).
Penso que pelo seu sistema de lançamento deva ser de fácil instalação e que caiba em navios menores.
*Esse tipo de míssil costuma ser muito caro? Se alguém souber responder eu agradeceria.
Esses mísseis são anti-superfície?
Realmente a presença do Bosco seria útil, achei muito bonito o sistema, parabéns a Israel!
na verda Bosco and Soyus quem manjam deste assunto pacas .. EK cd vc ..
Teria como equipar os NPaOc da classe Amazonas com esta estação?
Ou seria inviável a sua implementação devido ao custo ou outros fatores?
O Galante em outro comentário já esclareceu que a classe Amazonas possui armamento adequado para o que o navio se propõe, mas se pudesse adicionar uma estação como esta seria incrível.
Alex, Esse sistema sem dúvida foi pensado para concorrer a um lugar no LCS americano que desde o cancelamento do NLOS/PAM é tido como sub-armado para enfrentar a tática de enxames de barcos dos iranianos e principalmente para neutralizar eventuais alvos pontuais na costa. Não creio que seria de grande valia para nós aqui em nosso cenário, além do que, nossas corvetas contam com um canhão de 114 mm para alvos na costa e não temos ameaças de “enxames”. Como o Eder disse ele até poderia ser pensado na Amazonas, mas salvo se ele fosse desviado para a função de… Read more »
Ou seja, a função dessa torreta de mísseis é prover navios de pequena tonelagem e armado somente de canhões de pequeno calibre de uma arma de alcance só possível a canhões de maior calibre (8 km para o Spike ER e 25 km para o Spike NLOS) contra alvos de superfície, com a vantagem da precisão maior graças ao sistema de orientação pontual provida pela seeker de imagem (TV e IR) e pelo link (rádio ou fibra ótica) que permite o controle humano durante toda a trajetória até o impacto.
Obrigado pela análise 😉
Hoje está havendo uma visível tendência em se armar pequenos navios com pequenos mísseis sup-sup de uso terrestre, como os mísseis anti-tanques em suas diversas versões, além de foguetes guiados, adaptando-os para as funções navais.
Exemplos:
Spike ER no Super Dvora,
Spike NLOS,
Brimstone II (Sea Spear),
Hellfire no CB-90,
Griffin no LCS,
Ataka no Mirage
etc.
Obrigado pela resposta Bosco!
Não sei se entendi direito, mas esses mísseis não são antiaéreo?
Vou voltar a sonhar com as novas Barroso com sistemas Mistral/Mica novamente hehe
Bosco, pode colocar na lista a munição guiada de canhão (Volcano de 127 e 76mm),
Talvez fosse uma boa opção para os navios que tem operações fluviais, principalmente amazonas e Paraguai.
Cipa = misseis em rios ?
Alex,
Não são antiaéreos não. Só atuam contra alvos de superfície.
É uma pena que não sejam antiaéreo, pois gostei muito do lançador hehe
Acabei por me confundir…fiquei empolgado com os 25km de alcance e pensei “é um desses que falta para nossos navios”.
Alguém sabe a quanto anda o Umkhonto versão estendida?
Eu desconfio que os Spike podem trancar em alvos lentos como helicópteros. Então tem capacidade antiaérea limitada.
Eu tenho uma grande dúvida em relação a misseis de lançamento VLS como o MICA (o MICA e o Umkhonto por exemplo são misseis pequenos e leves), ele pode ser recarregado em alto mar? Em caso de batalha longe da costa, se são disparados todos os mísseis disponíveis nos lançadores, é possível rearma-los? Se alguém puder me responder ficarei muitíssimo grato.
Alex,
Lançadores verticais foram feitos exatamente para não se precisar recarregar e ter todos os mísseis disponíveis a bordo prontos para uso. Na medida em que eles forem recarregáveis perde-se o sentido de tê-los e aí é melhor voltar aos lançadores conteiráveis.
Obrigado pela resposta Bosco; em todo caso isso justifica alguns navios terem 64 (acredito que alguns até mais) silos de lançamento.
O lado ruim é que se o navio está muito longe do pais de origem e está envolvido em uma missão (igual o Brasil no Líbano) e por ventura use seus misseis acaba por ficar só nos armamentos de tubo mesmo (as Niterói com o Aspide conteiravel também não pode ser reabastecida em alto mar né?) .
Alex,
As Niterói não podem ter seus lançadores recarregados porque há uma falta crônica de mísseis rsrsrs, mas se tivessem mísseis disponíveis eles poderiam ser sim recarregados. O Recarregamento é manual e deve levar uns 20 minutos para os 8 mísseis, mas é sim possível.
O Ideal seria as Niteróis terem pelo menos duas recargas somando 24 mísseis ao todo.
O cruzadores classe Ticonderoga têm 122 silos e tem silo que comporta 4 mísseis.
Inicialmente os lançadores VLS-41 da US Navy previam um guindaste em cada lançador para rearmamento no mar. Depois decidiram aumentar o número de mísseis no lugar do guindaste e viram que a manobra de rearmar era muito complicada e seria melhor se feita em um porto.
Um emprego que me parece util para misseis como o Spike seria em barcos patrulha no cenário amazônico contra alvos em terra.