US Navy divulga investigação de acidente com o USS ‘Guardian’

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A Marinha americana divulgou os resultados da investigação conduzida acerca do do encalhe do caça-minas USS Guardian (MCM 5). O acidente aconteceu em 17 de janeiro desse ano, no recife de Tubbataha, nas Filipinas.

O comandante da Frota estadunidense no Pacífico, almirante Cecil D. Haney, classificou o encalhe como um “acontecimento trágico”, e no relatório de 160 páginas atesta que “as equipes de comando e vigilância do USS Guardian falharam em tomar providências para a navegação segura. Providências que os teriam alertado para perigos próximos com tempo suficiente para ações a fim de mitigar os danos”.

O almirante Haney também apontou que a “falta de comando” levou ao descaso por parte da equipe e vigilância diante de indícios visuais, eletrônicos e alarmes nas horas que antecederam o encalhe. Além disso, a confiança em uma carta náutica digital que apresentava erros também comprometeu o planejamento e execução do plano de navegação.

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Mas apesar das críticas, Haney também elogiou “os esforços heroicos da tripulação para salvar o navio”, salientando a atuação das equipes de engenharia e controle de danos. No relatório, consta que o trabalho dessas equipes ajudou a manter a integridade do casco do caça-minas mesmo com as rachaduras causadas pela colisão. O almirante também mencionou o trabalho da equipe que resgatou a tripulação do Guardian.

Na época do encalhe, o caça-minas da classe Avenger havia feito escala na Baía de Subic, nas Filipinas, e estava a caminho da Indonésia, e em seguida do Timor-Leste, onde participaria de exercícios navais. O acidente aconteceu a cerca de 80 milhas da Ilha Palawan, a maior do arquipélago filipino. Após mais de um mês preso, o navio foi descomissionado, desmantelado e removido aos pedaços do recife de Tubbataha.

Após o episódio, Os Estados Unidos e as Filipinas conduziram um levantamento conjunto dos danos marítimos causados. O governo americano se prontificou a trabalhar junto com as autoridades filipinas e dar as devidas compensações pelos danos marítimos e ambientais.

O USS Guardian totalizou 23 anos de serviço antes de ser descomissionado.

FONTE: The Marine Executive (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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