‘Iron Duke’ volta ao mar com novo radar
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Fragata ‘Tipo 23’ é o primeiro navio da Marinha Real a receber o radar 3D Artisan, que também deverá equipar outros navios da classe, os dois porta-aviões britânicos em construção e, possivelmente, os futuros navios de combate ‘Tipo 26’
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Na terça-feira, 25 de junho, a Marinha Real britânica (Royal Navy) informou que o HMS Iron Duke, fragata “Tipo 23”, voltou ao mar após a realização de uma grande modernização. O navio partiu, no domingo, para uma fase intensiva de provas de mar, que deverá durar alguns meses. Entre os destaques da modernização, está a instalação do radar 3D Artisan, que é cinco vezes melhor do que a versão antiga que substitui.
O navio é o primeiro da Marinha Real a receber o equipamento, que deverá ser instalado em todos os 13 navios “Tipo 23”, além dos dois porta-aviões em construção. O Artisan também poderá ser o principal radar de busca aérea do navio de combate “Tipo 26”, que deverá entrar em serviço na próxima década para substituir as fragatas da mesma classe do Iron Duke.
Segundo o informe, o novo radar impressiona por ser capaz de captar algo tão pequeno como uma bola de tênis voando em velocidades três vezes superiores à do som, a uma distância de 25 quilômetros (15 milhas). Sua capacidade de acompanhamento é de 800 alvos simultaneamente, a uma distância entre 200 metros e 200 km (125 milhas) do navio.
O radar é produzido com o mesmo tipo de fibra de carbono encontrada em carros de Fórmula 1, pesando apenas 700 kg, e também traz características “antijameamento”, podendo captar alvos em meio a uma barreira de “barulho eletrônico” e interferências.
A modernização do HMS Iron Duke foi realizada pela BAE Systems em Portsmouth e inclui trabalhos em outros sistemas de armas e no computador de combate, assim como melhorias na ventilação para operar de modo mais eficiente em climas quentes, segundo o informe da Marinha Real.
FONTE / FOTOS: Royal Navy (Marinha Real britânica)
Tradução e edição do Poder Naval a partir de original em inglês
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Ou seja, mesmo um casco mais antigo pode ainda ser beem útil com uma boa modernização. Esse radar será fenomenal, mas então a Diamond tem o mesmo, não tem ??
off topic : deixo aqui um interessante link para o Dalton, e claro para quem quiser aproveitar, uma análise da Gorshkov russa.
http://cmss.ucalgary.ca/node/882
Sds
🙂
Muito interessante Wagner, agora é esperar se de fato tantas serão
construídas realmente.
abraços
Wagner, os destróieres de defesa aérea Tipo 45 (classe da qual o HMS Diamond que você citou faz parte) têm como principal radar de busca aérea um modelo mais potente e bem diferente, que ao invés de estar posicionado no mastro de combate está em outro mastro bem mais para trás, sendo também um modelo com antena bem maior e mais pesada, para busca de longo alcance (e além desse possui outro radar, este sim no chamado mastro de combate, que combina busca e direção de tiro). São navios diferentes e com missões principais também diferentes (os Tipo 23 são… Read more »
Completando, há muitas matérias sobre a classe “Daring” ou Tipo 45 aqui no site, para ver as diferenças.
Pode-se acessar uma lista delas usando a “tag” Tipo 45, e várias das matérias da lista abrem também outras novas listas na parte “Veja também” ao final:
http://www.naval.com.br/blog/tag/tipo-45/#axzz2XMVOTRHr
O sistema Aegis foi projetado quando a maior ameaça à USN eram os gigantescos mísseis semibalísticos supersônicos anti-navios lançados por bombardeiros, em grande quantidade, numa tática de saturação. Para isso era mandatário que o sistema fosse dotado de radares e mísseis de maior alcance possível e com capacidade de engajar várias ameaças simultaneamente. Tudo mudou com o conceito “sea-skimming” em que os mísseis anti-navios se aproximam rente ao mar e usam o horizonte radar para reduzir o tempo de reação das defesas do navio. Hoje o Aegis é bem mais um sistema antibalístico que um efetivo sistema antiaéreo. Somando a… Read more »
Poxa Bosco parece ,baseado em seu comentário, que as chances,hoje, de um navio escapar de um ataque que emprega este sea-skimming é bem baixa independente de seus recursos , confere ??
Obrigado Nunão.
🙂
Eduardo, Não é bem assim não. O atacante evoluiu mas a defesa também. A coisa complicou para a defesa do navio com a introdução dessas novas características do atacante (sea-skimming, velocidade supersônica, furtividade, sensor de imagem IR, etc), mas a defesa também evoluiu muito, principalmente com o aumento do automatismo, o que reduz o tempo de reação dos sistemas antimísseis frenteàs novas ameaças. Claro que a melhor defesa sempre será destruir a plataforma/vetor antes que lance o/s míssil/eis, mas isso só é possível com o concurso de uma consistente defesa aérea proporcionada por aviões de caça e aviões radar. Após… Read more »
Valeu Bosco, você realmente tem muito conhecimento sobre o funcionamento dos armamentos militares, Deus continue abençoando essa cabeça sempre disposta a compartilhar conosco seu conhecimento.
Caro Eduardo! Não querendo contrariar o mestre Bosco, a primeira providência como disse certa vez um capitão de fragata da MB depois que o míssil anti navio for lançado contra a embarcação continua sendo a oração para Santo Expedito, o santo das causas impossíveis.
Grande abraço
o St Expedito poderia ser tbm no caso o EGA da Fragata, ai tbm ajuda …
Teoricamente um navio adequadamente armado e em prontidão tem maiores chances de interceptar o míssil que o míssil de atingir o navio, e isso ocorre porque o míssil é, em tese, bem mais limitado que o navio, que possui homens no comando e uma série de sistemas defensivos, enquanto o míssil está por sua conta e em geral só tem uma chance. Se pensarmos num navio como a fragata Niterói, só pra ilustrar, vemos que a luta é de certo modo injusta para o míssil. O navio conta com uma série de sensores, com defesas hard kill em camadas (míssil… Read more »