Há riscos numa decolagem noturna de um porta-aviões?
Pela interessante imagem disponibilizada no último dia 20 pela Marinha dos EUA, há riscos bem visíveis, mas no caso foram aqueles criados pelo efeito da abertura da lente da câmera por alguns segundos, mostrando a trajetória de lançamento de um F/A-18F Super Hornet do porta-aviões de propulsão nuclear USS Nimitz (CVN 68).
Claro que existem riscos, bota eu lá na cabine e vcs terão um risco beeeeemm grande… KKKKKKK !!
🙂
Prezado Nunâo,
Como você bem sabe os riscos säo elevados para operações de pousos e decolagens no convoo dos navios-aeródromo.
Tanto que a última fase de qualificaçáo tanto para pilotos quanto para as equipes de solo sâo as operações noturnas.
Abraços
Sim, eu sei. As fotos são apenas um convite a falar do assunto ou simplesmente apreciar as imagens, a gosto dos leitores.
Quem sabe em breve uma cena similar a esta (obviamente com nosso navio e aeronaves atuais) possa ser feita por aqui, novamente.
Nunäo, A partir de 2014 teremos os Falcões modernizados e os Trades (COD/REVO) e espera-se a aquisiçäo dos Tracker AEW. São aeronaves antigas mas para o nosso TO servem muito bem e preparam a MB para operar no futuro aeronaves modernas em um novo navio-aerodromo. Vale lembrar que a MB por força de lei näo pode operar aeronaves de asas fixa baseadas em terra. Todas as aeronaves obrigatoriamente devem ser capazes de operar no NAe. As aeronaves citadas acima podem operar sem restriçöes no NAe Säo Paulo. Apesar de eu, particularmente, gostar muito do F/A-18C Hornet que pode operar no… Read more »
A aquisiçäo dos Trader e Tracker reforça a posiçâo da MB de manter pelo menos um NAe no futuro. O NAe é um meio caro de adquirir, operar e manutenir, mas faz parte da estratégia da MB para cumprir suas missôes. Se eu pudesse decidir algo, olharia com atenção os NAe da Classe “Queen Elizabeth”. Apesar de nao possuirem inicialmente cabos de paradas e catapultas, eles foram concebidos prevendo a possibilidade de instalaçao. Existe a possibilidade de um desses meios ser posto em disponibilidade poucos anos apos sua incorporaçâo na RN. Todavia, vale salientar que a MB pretende adquirir por… Read more »
“Nunao, meu comentario acima sobre os riscos das operaçoes noturnas foi apenas uma colocaçâo, pois sei que seus conhecimentos sobre aeronaves sao infinitamente superiores ao meu.” Que é isso, nem foi essa a intenção da resposta. Apenas joguei o anzol e agora tem mais uns peixes (comentários) com assuntos interessantes para os leitores desta tarde chuvosa de domingo! Espero ansiosamente (a ansiedade e a esperança têm esse estranho poder de se renovar, apesar dos pesares) pela estreia de Falcões modernizados no São Paulo, no ano que vem. E espero que a quantidade modernizada permita também ajudar um pouco a FAB… Read more »
Luiz Monteiro,
Eu não sabia que a MB não pode operar asa fixa baseada em terra…..Eu defendia a aquisição de Super Tucano para missões CAS aos fuzileiros, mas então não é o caso.
Agora entendo um dos motivos dos P3 terem sido adquiridos pela FAB.
Eu compartilho de sua opinião, apesar de tudo, acho que o binômio Falcon + A12 SP é interessante pois fica dentro das limitações, da estratégia e das missões da MB. A Marinha não quer porta-aviões para ir até o Mar Amarelo dizer que “oi”
Abs
Essa história de a MB não poder operar aeronaves de terra é um absurdo, fruto do lobby ciumento da FAB na década de 70. Na verdade a FAB não tem culpa: a culpa é do gf (todos, desde o Regime Militar) que leva as forças a disputar no tapa os recursos para seu reequipamento (farinha pouca, meu pirão primeiro). Já passou do tempo de isso acabar. O que poderia ter sido feito na tal END; porém como aquilo lá não serve nem para limpar traseiro… A MB tem que operar aeronaves do nosso único, maior, melhor e mais equipado porta-aviões:… Read more »
Ah sim, no tópico: até onde sei, até a algum tempo atrás apenas a US Navy no mundo todo fazia pousos e decolagens embarcados à noite, confere?
Vader, Fazendo um exercício de raio de ação x aeronave utilizada, realmente não faz sentido o uso de PA na MB. Os P-3 Orion tem alcance de operação que permite rastrear quase todo Atlântico Sul – se em número suficiente e bem distribuídos (Belém, Natal, Salvador e RJ), não faria necessário patrulha embarcada. Com relação à caça e ataque, alguns Super Hornets (como sei que você defende) poderiam com apropriada REVO, chegar bem longe! Mas……..eu gosto da ideia de Porta-Aviões apenas como ferramenta geopolítica (claro que em condições de uso e com corpo aéreo decente). Porém acrescento em meu comentário… Read more »
Lá na US aaaannnnd the Navy ocorre o seguinte: Os novatos voando T-45s realizam 14 pousos em NAe todos diurnos dos quais 10 devem enganchar os demais podem ser “touch and go” Os alunos recebem então suas asas e vão para os esquadrões de treinamento e reposição (FRS) de aeronaves que efetivamente irão voar como o Super Hornet e terão que realizar um mínimo de 10 pousos diurnos e 6 noturnos em NAe todos enganchados fora alguns “touch and go” . Finalmente para requalificação de pilotos que não operam de NAes por 6 meses ou mais, exige-se 6 pousos diurnos… Read more »
Guizmo disse:
1 de julho de 2013 às 16:38
“Mas……..eu gosto da ideia de Porta-Aviões apenas como ferramenta geopolítica”
Caro Guizmo, não me entenda mal, num mundo hipotético eu acharia excelente que o Brasil contasse com um ou melhor ainda, uns três Porta-Aviões.
Mas desde que fossem de verdade, não de brinquedo, como o Opalão. E desde que antes disso a Marinha tivesse meios para cumprir suas missões constitucionais, leia-se navios e submarinos, o que hoje não tem (fato).
Sds.