Submarino italiano ‘Scirè’ faz homenagem a seu predecessor, afundado há 70 anos
Na última quinta-feira, 11 de julho, o submarino Scirè da Marinha Italiana prestou homenagem a seu predecessor de mesmo nome afundado na Segunda Guerra Mundial, há quase 71 anos.
A homenagem deu-se em Haifa (Israel), onde o predecessor foi afundado em combate com forças navais britânicas, em 10 de agosto de 1942. O comandante do atual Scirè, capitão de corveta Alessandro Nalesso, mandou parar as máquinas quando navegava na superfície sobre o submarino afundado, cujos destroços estão a 30 metros de profundidade.
Foi depositada uma coroa no mar sobre o “Velho Scirè“, que um ano antes de ser afundado havia recebido a condecoração da Medalha de Ouro do Valor Militar ( Medaglia d’Oro al Valor Militare) pelo forçamento realizado em 1941 no porto de Alexandria.
O atual Scire (S 527)permaneceu no porto de Haifa entre os dias 5 a 10 de julho, quando a tripulação realizou troca de experiências com suas contrapartes israelenses, especialmente relacionadas ao sistema AIP (Air Independent Propulsion – propulsão independente da atmosfera).
O S 527 é um dos dois exemplares da classe “Todaro” em serviço na Marinha Italiana, dentro do programa “U-212A” realizado junto com a Alemanha. Há mais duas unidades planejadas, sendo que a quilha da primeira foi batida em 2009. O Todaro entrou em serviço em 2006, seguido pelo Scirè em 2007. O deslocamento é de 1522t (superfície) e 1727t (submerso), contando com uma tripulação de 27 pessoas.
Com 55,9m de comprimento, 7m de boca e 6m de calado, a classe tem propulsão diesel-elétrica, permitindo atingir 12 nós na superfície e 20 nós em imersão, contando também com AIP do tipo células de combustível para aumento da autonomia a baixas velocidades. O armamento é composto de 6 tubos de torpedo de 533mm, disparando torpedos Whitehead A184 mod. 3.
Além das duas unidades da classe “Todaro”, a Marinha Italiana possui oito submarinos da classe “Sauro”, incorporados entre 1979 e 1995. São submarinos de características semelhantes aos mais modernos “Todaro”, porém com menor automação, sistemas mais antigos, tripulação mais numerosa e sem AIP.
FONTE / FOTOS: Marinha Italiana (tradução e edição do Poder Naval a partir de original em italiano)
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