Especialistas apontam falha humana no naufrágio do submarino indiano de fabricação russa
Mísseis mal posicionados teriam provocado a explosão
A Marinha da Índia continua as investigações da causa do naufrágio do submarino “Sindhurakshak”, de fabricação russa, que explodiu quando estava atracado no porto de Mumbai, na quarta-feira, 14. Apesar de existirem várias hipóteses sobre a causa da explosão seguida de incêndio a bordo da embarcação, os especialistas militares indianos acreditam mais na versão de falha humana.
Um erro no manuseio de modernos mísseis Club poderia ter ocasionado o acidente. Um artefato teria sido colocado em posição invertida no compartimento, provocando um curto-circuito e o consequente disparo deste e de outro projétil. Os 18 tripulantes que estavam a bordo morreram no acidente.
Segundo os fabricantes russos, os submarinos da classe Kilo, à qual o “Sindhurakshak” pertencia, já mostraram ser, durante os muitos anos ao serviço de Marinhas por todo o mundo, embarcações seguras e confiáveis. Por isso, o acidente não deve ter motivos de ordem técnica. No momento do naufrágio, a embarcação estava prestes a largar e se encontrava em bom funcionamento. Além disso, o “Sindhurakshak” tinha recebido manutenção preventiva no estaleiro russo há menos de um ano, conforme sublinhou Igor Korotchenko, diretor da revista “Natsionalnaya Oborona” (“Defesa Nacional”) e membro do Conselho Público do Ministério da Defesa.
“Os submarinos dessa classe se destacam por sua excepcional confiabilidade e já estão há dezenas de anos ao serviço da Marinha russa e de vários outros países asiáticos do Pacífico, onde ainda hoje continuam a ser usados”, garante Korotchenko. “Por isso, não acho ser justo falar, neste caso, de falha técnica. Note-se que, depois de ter sido submetido às operações de manutenção na Rússia, ele fez dezenas de milhares de milhas marítimas sem problema nenhum, a caminho da Índia. A nossa experiência nos diz que tais acidentes são causados por violação ou das regras de segurança ou das normas técnicas e operacionais”, conclui o especialista.
FONTE: Diário da Rússia