Começam os testes de integração do radar 3D para os novos porta-aviões britânicos

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Radar Artisan 3D, que equipará porta-aviões da classe ‘Queen Elizabeth’, realiza testes eletromagnéticos numa instalação ‘secreta’ em terra, enquanto um exemplar passa por provas de mar em fragata Tipo 23

Nesta terça-feira, 10 de setembro, a BAE Systems divulgou nota sobre o início dos testes de integração do radar 3D que equipará os dois novos porta-aviões da Marinha Real (Royal Navy) britânica, da classe “Queen Elizabeth. Os testes do radar Artisan 3D numa instalação “secreta” de testes eletromagnéticos estão ocorrendo, segundo a empresa, em antecipação à instalação nos porta-aviões que vêm sendo construídos em Rosyth, na Escócia, prevendo-se o primeiro navio seja entregue para testes de mar em 2017.

ARTISAN 3D - foto BAE SystemsConforme a nota da empresa, os testes de fábrica do radar, que tem alcance de 200km, foram completados em dezembro de 2012 para que o equipamento pudesse seguir para as instalações de testes eletromagnéticos no primeiro semestre deste ano. O Artisan 3D deverá prover controle de tráfego aéreo extensivo e identificação dos alvos, assim como a visualização tática a médio alcance, podendo acompanhar mais de 900 alvos ao mesmo tempo e adquirir objetos do tamanho de bolas de tênis deslocando-se até três vezes a velocidade do som.

O equipamento está fornecendo, com sucesso, acompanhamento do “mundo real” e vídeo via radar para o Sistema de Gerenciamento de Combate  (QEC Combat Management System) também produzido pela BAE, o que vem sendo simulado nas instalações da empresa, onde o Artisan 3D é controlado por consoles. Além disso, o sistema de identificação amigo-inimigo (Identification Friend or Foe – IFF) vem sendo testado em conjunto com o radar.

classe Queen Elizabeth - imagem e dados BAE Systems - formato adaptado por Poder Naval

A título de curiosidade histórica, as instalações “secretas” de testes de radar da BAE Systems ficam na Ilha de Wight, onde em 1916 existiu o aeródromo de Somerton e onde também, na década de 1930, se fabricava e testava componentes de aeronaves. Em 1959, o local foi adquirido pela Decca gramophone, que durante a Segunda Guerra Mundial contribuiu para o esforço de guerra com pesquisas em radares marítimos e navegação, antes que as instalações passassem para a BAE Systems.

Voltando ao radar, a empresa também informou na nota que o Artisan 3D tem passado por provas de mar numa fragata Tipo 23 da Marinha Real, antes de equipar toda a frota. A instalação do equipamento na fragata pode ser conferida no vídeo abaixo.

FONTE / IMAGENS / VÍDEO: BAE Systems (tradução e edição do Poder Naval a partir de original em inglês)

NOTA DO EDITOR: a imagem logo acima do vídeo é um infográfico adaptado que mostra ainda a configuração com catapulta e aparelho de parada para os navios (quando se pretendia operar o F-35C), o que foi preterido para uma configuração mais simples, destinada a aeronaves STOVL (decolagem curta e pouso vertical) F-35B. Colocamos aqui o infográfico, mesmo trazendo uma configuração desatualizada, pelo fato de trazer outros dados interessantes sobre a classe “Queen Elizabeth”.

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