Correlacionado aos excelentes comentários realizados sobre a batalha de Coronel e ao cruzador blindado HMS Good Hope, unidade da classe “Drake”, muito comentado em um post recente.
Para ilustrar para eventuais curiosos sobre o navio, seguem imagens.
Aproveitando a deixa: O Good Hope, assim como o Monmouth, possuíam uma falha grave de projeto, aliás comum aos seus pares contemporâneos: a casamata inferior do canhão de 6 in. era sujeita à entrada de água quando em mar agitado, precisando ficar vedada quando o mar ficava encapelado. Isso significava que o mar bravo o deixava com apenas 50% da capacidade de fogo nas baterias secundárias, isso sem precisar qualquer ação inimiga. Levando-se em consideração que em mau tempo era impossível fazer uma pontaria adequada com o armamento em casamata devido aos balanços do navio, pode-se afirmar que o Good… Read more »
Talves falta de infos mais apuradas sobre o esquadrão do Spee ?
daltonl
Membro
11 anos atrás
Cradock pensou que o Leipzig estivesse sózinho e foi atrás dele e ao perceber que o S e o G estavam próximos, decidiu mesmo assim entrar em combate e os motivos dados no livro “Coronel and the Falklands” são: Cradock era um bravo por natureza e não admitia a palavra retirada, e ele poderia facilmente ter escapado se assim quisesse quando descobriu estar em inferioridade; Cradock compreendia que mesmo inferiorizado, não apenas em navios, mas também em tripulantes experientes, não poderia afundar a força inimiga, mas, já seria suficiente avaria-la, pois os alemães estavam longe de suas bases, ao contrário… Read more »
quanto ao Cradock era realmente informação incompleta ent~so, ele não obteu resultado imediato, mas logo apos fez efeito nas Falklands
ha uma certa marinha, nao sei bem de onde que utilizac este conceito adaptado ao equipamento and armamento .. quale mesmo
Rafael M. F.
Visitante
11 anos atrás
Dalton, por maior que seja a bravura de Cradock, um marinheiro da velha-guarda – eu o admiro muito pelo seu senso de dever – IMHO ele ultrapassou a linha tênue entre a coragem e a estupidez. Spee estava retornando à Alemanha – por ordens do Alto-Comando – e de lá provavelmente não mais sairia, e se saísse, seria para o Mar do Norte e provavelmente teria o mesmo fim do Blücher. Seus cruzadores não configurariam mais nenhuma ameaça, diferentemente do Emden, que chegou a paralisar o comércio no Extremo Oriente e causou a mobilização de forças absolutamente desproporcionais que deixaram… Read more »
Rafael M. F.
Visitante
11 anos atrás
Aliás, um dos colegas de Cradock – Troubridge – foi submetido a corte marcial em novembro de 1914, sob a acusação de abster-se de perseguir o Goeben, mesmo sob ordens de não engajar uma força superior.
Provavelmente Cradock lembrou-se de Troubridge, Milne e de Lapeyrère quando optou por dar combate a Spee.
Rafael M. F.
Visitante
11 anos atrás
Falando no Goeben, um site interessantíssimo sobre a sua perseguição e as consequências de sua fuga:
Falando em Coronel e nos navios da batalha, acabo de colocar no ar uma narrativa interessante sobre quando o HMS Glasgow deu as caras por aqui para lamber suas feridas, após a batalha.
Saudações!
andreas
Visitante
11 anos atrás
Uma curiosidade ao longo das eras: apesar de sermos considerados pacíficos, como aliás o somos, e muita gente achar “que por essas bandas nada acontece”, nas duas Guerras Mundiais as primeiras Batalhas Navais ocorreram no Atlântico/Pacífico Sul ao largo da Costa Sul-Americana, tendo o Graf Spee na 2 GM afundado seu primeiro mercante perto da nossa Costa. Isso sem falar na Guerra das Malvinas. e na Guerra da Lagosta, ou seja, 4 eventos de batalhas navais mais uma questão que praticamente se resolveu no mar, em 68 anos. Infelizmente, o que poucas pessoas enxergam: desde as Guerras Púnicas, ou seja,… Read more »
Procure no alto da página do site. É o post mais recente publicado.
Pode ser que você tenha que dar F5 por estar com página antiga aberta.
Abs!
daltonl
Membro
11 anos atrás
Rafael… também IMHO, guerra e lógica nem sempre andam juntas. A História está cheia de eventos que pareciam suicidas ou desesperados que acabaram em retumbantes vitórias. A sorte recompensa os audazes como dizem. Também é fácil “criticar” o perdedor depois da batalha. Por que George Custer não fez isso ou aquilo ? No caso dele, ninguém sobreviveu para contar a estória então dados foram manipulados e teorias conspiratórias surgiram…mas…poderia ter funcionado, aliás, como tantas vezes a sorte o favoreceu antes. Cradock não precisava vencer…bastava alguns tiros de sorte…como aqueles do Prince Of Wales contra o Bismarck que mudou o destino… Read more »
Verdade Dalton, mas o momento, digo a decisão de tomar uma ação, depende muitos dos dados que se tinha disponíveis e/ou que se supõem estrem nas mãos no momento, e este momento, as vezes as consequencias durão uma eternidade, mas que ainda assim a decisão são em momentos curtissimos. As vezes a guerra é uma arte não muito linear e talves os fatores decisivos de um combate assim o tenham dirigido. Agradeço muito a Voce e ao Rafael por engrandecerem muito este post, sabe um post sobre algo real, fascinante e palpavel, tão mais legal que ficar conjecturando sobre coisas… Read more »
Rafael M. F.
Visitante
11 anos atrás
Dalton, não lhe contesto. A sorte recompensa os audazes. Mas creio que Cradock conhecia seu inimigo, e conhecia a si mesmo. E creio que ele sabia que seu navio não tinha condições de bater de frente, dada a disparidade de forças. Ele sabia que os navios alemães, além de mais poderosos, eram tripulados por gente experiente, ao contrário dos seus próprios navios. Mas, mesmo assim, ele partiu para cima de Spee. Provavelmente na esperança de causar danos aos alemães, como afirmaste, e tentar sair do local, já que poderia se refugiar em portos chilenos para quaisquer reparos, ao contrário de… Read more »
daltonl
Membro
11 anos atrás
Ao menos um dos objetivos Cradock conseguiu, que era fazer os alemães gastarem preciosa munição que não poderia ser reposta. Sempre achei algumas similaridades com Custer e sua última batalha: – não houve sobreviventes, ao menos onde ocorreu o grosso da luta; – Cradock não considerou o HMS Canopus por ser lento enquanto Custer recusou as gatlings pelo mesmo motivo; – Cradock receava ter o mesmo fim de seus colegas, enquanto Custer havia caído em desgraça com o Presidente Grant por ter chamado acessores do Presidente de corruptos, portanto ambos homens tinham motivos extras para ir a luta; – Ambos… Read more »
GUPPY
Membro
11 anos atrás
Esta matéria me lembrou alguns comentários do Nunão, do MO e do Dalton no post “Um retrato da nossa Esquadra” de 29 de outubro de 2011, by Galante, onde: Nunão disse: “Quanto às Falklands inglesas, a batalha do Rio da Prata teve um precedente na IGM, quando uma força de cruzadores pesados e leves liderada pelo Graf Spee (na época o almirante, não o navio…) foi batida pela pela força de cruzadores de batalha ingleses Invincible e Inflexible, mandados pra lá às pressas.” MO disse: “Ow Fernandinho eles na verdade começaram a se pegar em aguas chilecas” a treta terminou… Read more »
Rafael M. F.
Visitante
11 anos atrás
GUPPY disse:
13 de setembro de 2013 às 21:51
Vou jogar esse comment no post abaixo. A gente continua lá.
Aproveitando a deixa: O Good Hope, assim como o Monmouth, possuíam uma falha grave de projeto, aliás comum aos seus pares contemporâneos: a casamata inferior do canhão de 6 in. era sujeita à entrada de água quando em mar agitado, precisando ficar vedada quando o mar ficava encapelado. Isso significava que o mar bravo o deixava com apenas 50% da capacidade de fogo nas baterias secundárias, isso sem precisar qualquer ação inimiga. Levando-se em consideração que em mau tempo era impossível fazer uma pontaria adequada com o armamento em casamata devido aos balanços do navio, pode-se afirmar que o Good… Read more »
Talves falta de infos mais apuradas sobre o esquadrão do Spee ?
Cradock pensou que o Leipzig estivesse sózinho e foi atrás dele e ao perceber que o S e o G estavam próximos, decidiu mesmo assim entrar em combate e os motivos dados no livro “Coronel and the Falklands” são: Cradock era um bravo por natureza e não admitia a palavra retirada, e ele poderia facilmente ter escapado se assim quisesse quando descobriu estar em inferioridade; Cradock compreendia que mesmo inferiorizado, não apenas em navios, mas também em tripulantes experientes, não poderia afundar a força inimiga, mas, já seria suficiente avaria-la, pois os alemães estavam longe de suas bases, ao contrário… Read more »
quanto ao Cradock era realmente informação incompleta ent~so, ele não obteu resultado imediato, mas logo apos fez efeito nas Falklands
ha uma certa marinha, nao sei bem de onde que utilizac este conceito adaptado ao equipamento and armamento .. quale mesmo
Dalton, por maior que seja a bravura de Cradock, um marinheiro da velha-guarda – eu o admiro muito pelo seu senso de dever – IMHO ele ultrapassou a linha tênue entre a coragem e a estupidez. Spee estava retornando à Alemanha – por ordens do Alto-Comando – e de lá provavelmente não mais sairia, e se saísse, seria para o Mar do Norte e provavelmente teria o mesmo fim do Blücher. Seus cruzadores não configurariam mais nenhuma ameaça, diferentemente do Emden, que chegou a paralisar o comércio no Extremo Oriente e causou a mobilização de forças absolutamente desproporcionais que deixaram… Read more »
Aliás, um dos colegas de Cradock – Troubridge – foi submetido a corte marcial em novembro de 1914, sob a acusação de abster-se de perseguir o Goeben, mesmo sob ordens de não engajar uma força superior.
Provavelmente Cradock lembrou-se de Troubridge, Milne e de Lapeyrère quando optou por dar combate a Spee.
Falando no Goeben, um site interessantíssimo sobre a sua perseguição e as consequências de sua fuga:
http://www.superiorforce.co.uk/
Rafael,
Falando em Coronel e nos navios da batalha, acabo de colocar no ar uma narrativa interessante sobre quando o HMS Glasgow deu as caras por aqui para lamber suas feridas, após a batalha.
Saudações!
Uma curiosidade ao longo das eras: apesar de sermos considerados pacíficos, como aliás o somos, e muita gente achar “que por essas bandas nada acontece”, nas duas Guerras Mundiais as primeiras Batalhas Navais ocorreram no Atlântico/Pacífico Sul ao largo da Costa Sul-Americana, tendo o Graf Spee na 2 GM afundado seu primeiro mercante perto da nossa Costa. Isso sem falar na Guerra das Malvinas. e na Guerra da Lagosta, ou seja, 4 eventos de batalhas navais mais uma questão que praticamente se resolveu no mar, em 68 anos. Infelizmente, o que poucas pessoas enxergam: desde as Guerras Púnicas, ou seja,… Read more »
Ow fernandinho, sabia que vc iria gostar .. er .. vc colocou no ar aonde mesmo ? num axei … *da um desconto, sou meio ostra mesmo ….
Hum…
Procure no alto da página do site. É o post mais recente publicado.
Pode ser que você tenha que dar F5 por estar com página antiga aberta.
Abs!
Rafael… também IMHO, guerra e lógica nem sempre andam juntas. A História está cheia de eventos que pareciam suicidas ou desesperados que acabaram em retumbantes vitórias. A sorte recompensa os audazes como dizem. Também é fácil “criticar” o perdedor depois da batalha. Por que George Custer não fez isso ou aquilo ? No caso dele, ninguém sobreviveu para contar a estória então dados foram manipulados e teorias conspiratórias surgiram…mas…poderia ter funcionado, aliás, como tantas vezes a sorte o favoreceu antes. Cradock não precisava vencer…bastava alguns tiros de sorte…como aqueles do Prince Of Wales contra o Bismarck que mudou o destino… Read more »
Verdade Dalton, mas o momento, digo a decisão de tomar uma ação, depende muitos dos dados que se tinha disponíveis e/ou que se supõem estrem nas mãos no momento, e este momento, as vezes as consequencias durão uma eternidade, mas que ainda assim a decisão são em momentos curtissimos. As vezes a guerra é uma arte não muito linear e talves os fatores decisivos de um combate assim o tenham dirigido. Agradeço muito a Voce e ao Rafael por engrandecerem muito este post, sabe um post sobre algo real, fascinante e palpavel, tão mais legal que ficar conjecturando sobre coisas… Read more »
Dalton, não lhe contesto. A sorte recompensa os audazes. Mas creio que Cradock conhecia seu inimigo, e conhecia a si mesmo. E creio que ele sabia que seu navio não tinha condições de bater de frente, dada a disparidade de forças. Ele sabia que os navios alemães, além de mais poderosos, eram tripulados por gente experiente, ao contrário dos seus próprios navios. Mas, mesmo assim, ele partiu para cima de Spee. Provavelmente na esperança de causar danos aos alemães, como afirmaste, e tentar sair do local, já que poderia se refugiar em portos chilenos para quaisquer reparos, ao contrário de… Read more »
Ao menos um dos objetivos Cradock conseguiu, que era fazer os alemães gastarem preciosa munição que não poderia ser reposta. Sempre achei algumas similaridades com Custer e sua última batalha: – não houve sobreviventes, ao menos onde ocorreu o grosso da luta; – Cradock não considerou o HMS Canopus por ser lento enquanto Custer recusou as gatlings pelo mesmo motivo; – Cradock receava ter o mesmo fim de seus colegas, enquanto Custer havia caído em desgraça com o Presidente Grant por ter chamado acessores do Presidente de corruptos, portanto ambos homens tinham motivos extras para ir a luta; – Ambos… Read more »
Esta matéria me lembrou alguns comentários do Nunão, do MO e do Dalton no post “Um retrato da nossa Esquadra” de 29 de outubro de 2011, by Galante, onde: Nunão disse: “Quanto às Falklands inglesas, a batalha do Rio da Prata teve um precedente na IGM, quando uma força de cruzadores pesados e leves liderada pelo Graf Spee (na época o almirante, não o navio…) foi batida pela pela força de cruzadores de batalha ingleses Invincible e Inflexible, mandados pra lá às pressas.” MO disse: “Ow Fernandinho eles na verdade começaram a se pegar em aguas chilecas” a treta terminou… Read more »
GUPPY disse:
13 de setembro de 2013 às 21:51
Vou jogar esse comment no post abaixo. A gente continua lá.
http://www.naval.com.br/blog/2013/09/12/por-falar-em-coronel-e-em-good-hope-os-reparos-do-glasgow-no-brasil-em-1914/#axzz2eraIHWVi