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A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira que o seu exército está em alerta e preparado para lançar um ataque, em antecipação aos exercícios conjuntos entre navios militares dos EUA, Japão e Coreia do Sul. Um porta-voz do Exército do Povo da Coreia (EPC) alertou para as “consequências desastrosas”, caso a marinha norte-americana leve a cabo o exercício.

As manobras navais tripartidas estão marcadas para esta terça-feira, se a ameaça de um tufão na área for afastada, diz a AFP. Entre as embarcações envolvidas nos exercícios está o navio-aeródromo de propulsão nuclear USS George Washington.

“As unidades de todos os níveis de serviços e militares do EPC receberam ordem de emergência para reexaminar os planos de operações já ratificados e manter-se totalmente preparados para lançar um ataque imediato a qualquer altura”, revelou o porta-voz, em declarações à agência governamental KCNA.

“Os EUA serão totalmente responsáveis da catástrofe atroz contra as suas forças de agressão imperialistas”, continuou o porta-voz.

Pyongyang está prestes a renovar um reator nuclear em Yongbyon, de acordo com fontes russas e norte-americanas, citadas pela AFP, que estaria em “condições terríveis”.

De acordo com a Reuters, os EUA têm 28.500 militares estacionados na Coreia do Sul, e este tipo de exercícios conjuntos entre os aliados regionais são “cada vez mais habituais”, esclareceu um porta-voz do exército norte-americano. Na segunda-feira, o ministro da Defesa da Coreia do Sul afirmou que se tratava de um exercício de rotina e que seria “errado” qualquer crítica da parte dos seus vizinhos do Norte.

As ameaças por parte da Coreia do Norte são vistas como uma forma de afirmação doméstica e internacional, raramente com implicações práticas. Em 2010, Pyongyang lançou um ataque surpresa contra a Coreia do Sul que provocou a morte de 50 pessoas, naquele que foi uma ação sem precedentes desde a Guerra da Coreia (1950-53).

“O Norte tenta atrair as atenções do planeta para o fato de que está vigiando de perto estas manobras”, observa o professor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos em Seul, Yang Moo-Jin, citado pela AFP. “Querem também alertar a sua população para as ameaças contra a sua segurança, provenientes dos EUA, da Coreia do Sul e do Japão, e preparar o terreno para poderem rejeitar a responsabilidade em caso de um novo pico de tensões”, acrescenta o especialista.

Uma tentativa de aproximação entre os dois países da península coreana levou à reabertura do complexo de Kaesong gerido em conjunto entre o Norte e o Sul, em Agosto, mas desde então as conversações pouco se desenvolveram.

FONTE: publico.pt (adaptação do Poder Naval)

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