Vídeo em HD: INS ‘Vikramaditya’ e seus MiG-29K
Após uma reforma que demorou cinco anos além do previsto e custou duas vezes o preço estimado, o INS Vikramaditya, navio-aeródromo da Marinha indiana, partirá das águas territoriais russas para a Índia no próximo dia 30 de novembro, e deve chegar ao porto de Mumbai em fevereiro de 2014. As informações foram divulgadas ontem (14) pelo vice-primeiro ministro, Dmitry Rogozin, durante encontro com o primeiro ministro, Dmitry Medvedev.
O Vikramaditya, antes chamado Admiral Gorshkov, é um porta-aviões modificado da classe Kiev, comissionado pela Marinha da URSS em 1987 e descomissionado em 1996, por conta de cortes orçamentários na Marinha Russa após o fim da União Soviética.
A reforma no navio se arrastou de uma crise para outra desde que Índia e Rússia assinaram em 2004 o acordo de aquisição. A entrega da embarcação foi adiada três vezes, elevando o custo dos reparos e do reaparelhamento para 2,3 bilhões de dólares e causando indisposições na relação entre os dois países.
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- E por falar em MiG-29…
- MiG-29K
Não sei se é impressão de achista naval, mas achei a operação do Mig 29 neste navio muiiito apertada, não tem espaço para meio erro.
A propósito quero ver o funcionamento dos sistema de propulsão deste navio a full no “frio do golfo de Bengala”
Grande abraço
Verdade Juarez, o espaço não é muito grande e sem catapultas é necessário dispor de maior espaço para as corridas, o que só pode ser feito com uma aeronave de cada vez o que também deve complicar o estacionamento
e manobra das aeronaves.
Em compensação, será um salto imenso quando comparado ao que os indianos tem agora, o velho ex-HMS Hermes e um punhado de Sea Harriers que restaram dos muitos acidentes sofridos ao longo de décadas.
abs
Muito legal o vídeo. Apesar de não entender uma palavra deu para “pesacar” algumas coisas. Achei interessante o equipamento de movimentação das aeronaves no hangar.
Eu já comentei aqui algumas vezes, que pelas dimensões e pesos o Mig 29K deveria poder operar no São Paulo. Nunca obtive uma resposta concordando ou contestando.
Minha dúvida, igualmente sem resposta, é se seria simples adaptá-lo para lançamento pelo sistema de cabresto tal como os AF-1. Talvez fosse necessário apenas reforçar os pontos de fixação do cabresto
Jcsleao;
O peso normal de operação do MiG-29K é de 18.500kg e o máximo é de 22.400kg, ou seja, muito parecido com o F/A-18 Hornet (não o Super). Ele poderia operar com limitações no NAe São Paulo, se a aeronave puder ser modificada para operar com catapulta.
Para operar com catapulta o MiG-29 teria que ter uma nova perna do trem do nariz.
Além disso toda a estrutura da fuselagem frontal teria que ser reprojetada (na melhor das hipóteses, certificada) para absorver as solicitações impostas pela força G da catapulta.
Pois é Galante, Pelo que sei a capacidade da catapulta de vante do A12 é 22.000kg. Sendo assim a limitação seria mínima. Para CAP por exemplo, creio que não haveria qualquer limitação. Já para ataque, em alguns casos talvez fosse necessário reduzir um pouco a carga de armas ou o combustível (neste caso um rápido reabastecimento budy-to-budy após a decolagem poderia resolver). Pela sua experiência, a adaptação para uso com catapulta seria apenas criar pontos reforçados para fixação do cabresto, ou as forças dinâmicas que ocorrem na catapultagem demandariam outros tipos de modificações na aeronave? Lembro-me de há muito tempo… Read more »
Jcsleao;
A catapulta de vante do NAe São Paulo é limitada a 20 toneladas, a lateral de 15 toneladas.
Penso que o MiG-29K poderia ser adaptado para lançamento por catapulta, só não sei se o custo de adaptação/reprojeto compensaria pelo reduzido número de aeronaves produzidas. O reprojeto teria que se pagar de alguma forma.
Hipoteticamente ha espaço nos elevadorews para este aviaozinhum ?
em tempo = 19 navios x 31 fotos=
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2013/11/manobras-entre-20-e-25102013.html
Valeu Poggio e Galante.
Óbvio que a idéia de operar o Mig 29 no SP era apenas estimular o debate. Ignorava totalmente a extensão das modificações necessárias para operação em catapulta. O custo certamente seria proibitivo, mesmo que a MB estivesse nadando em dinheiro.
Nosso “Vidamardita” vai ter que operar com os A-4 modernizados até 2025, se conseguirmos chegar até lá.
Alguém postou aqui, dias atrás, que no NAe São Paulo não há como operar com pós combustores. Vai ver por isso os franceses se desfizeram dele.
Marcos, o Foch operou com o F-8 Crusader, que tinha afterburner.
Que marinha poderosa! Quantas décadas para chegar a um patamar de excelente eficácia?
A India chegou no atual estagio em um tempo relativamente curto de pos II GM – hoje (o que pode ser considerado um tempo muito bom)
Concordo com MO. Os indianos tem avançado rápido, talvez pela influência inglesa, talvez pelo apoio tecnológico russo, talvez pela necessidade estratégica ou simplesmente tudo isso junto e misturado. O mapa, sempre o mapa, do Oceano Índico: http://www.africa-turismo.com/imagens/oceano-indico.jpg Este o TO da Bhāratīya Nau Senā. o braço naval das forças armadas indianas. Este oceano é passagem obrigatória (enquanto o Paquistão e China não construírem um oleoduto pelo Himalaia) de todo o petróleo entre o Oriente Médio e o leste da Ásia, onde o consumo de energia sobe rapidamente. Se no passado Islamabad tentou enfrentar Nova Delhi nos oceanos, hoje e no… Read more »
Srs Em tese, a mudança da estrutura do Mig29K para seu uso no A12 não seria grande, pois ele já recebeu as modificações para pouso com o uso de gancho, o que certamente implicou em reforço de sua estrutura e trem de pouso. É claro que o trem e a estrutura dianteira precisaria ser modificada para suportar o esforço a que é submetida nos lançamentos por catapulta. Isto implica em custo. Para o A12, na verdade, a aquisição de F18 usados seria uma solução mais simples, pois estes já são adequados ao lançamento por catapulta e, pelas suas características, poderiam… Read more »
As duas imagens abaixo mostram o modelamento computacional para se aprovar a mudança da fuselagem frontal do Super Hornet(ECP 6038). Reparem no esforço que a catapulta faz na fuselagem na primeira foto e as solicitações de força G no gráfico inferior.
Uma das maiores preocupações do estudo era em relação ao tanque de combustível que ficava exatamente atrás do cockpit.
Voltando à questão do MiG-29K, imaginem o trabalho que não seria também? Quem vai bancar esse estudo e eventuais modificações?
Control ! no fim dos anos 80 os franceses pensaram em adquirir F/A-18s Hornets para substituir seus Crusaders, então optaram por mante-los por ser mais barato e os batizaram de F-8P (prolonge) e os usaram até o “osso” ! Quanto a idéia de manter o Minas e o NAeSP, não vejo como, mesmo o MInas estando em razoaveis condições quando deu baixa, como tripular e manter ambos com o reduzido orçamento ? Mesmo manter um navio na reserva tem seus custos. O número de combatentes de superficie diminuiu a partir de 2002 por exemplo e nem preciso lembrar quanto tempo… Read more »
“Voltando à questão do MiG-29K, imaginem o trabalho que não seria também? Quem vai bancar esse estudo e eventuais modificações?” Poggio, Certamente quem tivesse interesse em adaptar o Mig 29 para operação CATOBAR. Eu mesmo imaginava que algum tipo de reforço tivesse que ser feito dadas as forças que atuam no momento da catapultagem. Só não pensava que fosse algo tão extenso. Afinal a estrutura e os trens de aterrissagem já haviam sido reforçados quando ele foi adaptado para uso STOBAR. Isto me leva a pensar no Sea Grippen. Nas matérias que foram veiculadas a respeito da possibilidade de adaptar… Read more »
Srs Jovem Daltonl Sei das dificuldades orçamentárias da MB, tanto sei, que considero que ela corre o risco de se extinguir, na prática, se persistir a atual política de contenção orçamentária associada com a manutenção de um quadro de pessoal crescente em custos. Porém, a MB declara como objetivo ter 2 NAE e usar o A12 como ferramenta para desenvolver a doutrina. Aliás, isto ela declara desde a compra dos A4 e do próprio. Ora, se o objetivo é desenvolver a doutrina e, para tanto é necessário dispor de meios e tempo, é lógico que ela precisaria dos tipos de… Read more »
Control… é certo que a MB sonha com 2 NAes não é de hoje, mas a sério mesmo, só no futuro, então o NAeSP é mais do que adequado para manter a doutrina ou boa parte dela e nunca pensou-se em manter o Minas paralelamente. Veja que os franceses tiveram que abdicar de um segundo NAe e em breve o CDG terá que ser novamente “reabastecido” e irá passar por um upgrade o que deverá deixa-lo indisponível por +/- 3 anos e nem por essa razão os franceses irão perder a doutrina, aliás, é preciso muito mais que isso para… Read more »
off topic
O Peru vai começar a construir suas próprias unidades de patrulha, achei bem bacana o desenho.
Parabéns a eles, espero que consigam construí-las.