Foi por pouco
Manobra do USS Cowpens evita colisão com navio de guerra chinês, segundo noticiário da CNN
Um cruzador ca classe Ticonderoga da Marinha dos EUA (USN) foi obrigado a tomar ações evasivas para evitar a colisão com um navio de guerra chinês no Mar da China do Sul, o que fontes chamaram de um ato altamente incomum e deliberado por parte da China.
O incidente, que ocorreu na última sexta-feira e foi resolvido de forma pacífica, foi o mais recente sinal de tensão em torno das reivindicações territoriais chinesas recentes e agressivas na região envolvendo águas internacionais e o espaço aéreo expandido.
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, na semana passada pressionou Pequim sobre a questão, o que decorre de uma antiga disputa com o Japão que tem se intensificado.
Várias autoridades militares dos Estados Unidos confirmaram os detalhes do incidente em alto-mar envolvendo o USS Cowpens (CG 63), que foi recentemente divulgado.
O navio de guerra americano – que autoridades norte-americanas dizem que estava em águas internacionais – foi abordado por um navio da Marinha chinesa. A embarcação menor deixou um grupo de navios da Marinha chinesa, que incluía o navio-aeródromo Liaoning.
O navio chinês não conseguiu parar, apesar das advertências via rádio do Cowpens de que a embarcação estava muito próxima.
O comandante do Cowpens então emitiu ordens para uma “parada total de máquinas” quando o outro navio estava a menos de 500 metros da sua proa, disse um oficial da Marinha dos EUA.
O navio chinês cruzou na proa do Cowpens.
“É raro ter que tomar uma ação evasiva no mar para evitar uma colisão”, acrescentou o funcionário.
Embora navios de guerra de diferentes países muitas vezes aproximem-se um do outro para observação, os Estados Unidos veem este caso como um exemplo que poderia ter resultado numa colisão por causa do tempo e da distância que leva para um navio de guerra americano para parar.
“Os chineses sabiam o que estavam fazendo”, disse um segundo oficial militar dos EUA.
Durante o encontro, as comunicações de rádio entre os navios foram mantidas entre os comandantes americanos e chineses.
“As comunicações eram profissionais”, disse o segundo oficial.
Embora os Estados Unidos não vão reconhecê-lo abertamente, o Cowpens estava em posição de realizar a vigilância sobre o Liaoning , que seria uma questão sensível para os chineses.
Autoridades norte-americanas insistem que o Cowpens permaneceu em águas internacionais em todos os momentos.
Durante uma visita a Pequim na semana passada, Biden disse ao presidente chinês, Xi Jinping, que os Estados Unidos tinham “profundas preocupações” sobre a sua zona de defesa aérea no Mar da China Oriental recém- declarada e que Washington não a reconhece.
A ação chinesa, disse Biden no Japão antes da visita a Xi, levantou a possibilidade de “acidentes e erros de cálculo. ”
A área em questão inclui as ilhas desabitadas que têm sido o local de disputas tensas entre China e Japão, sendo que ambos reivindicam as terras .
FONTE: CNN (tradução e adaptação do Poder Naval a partir do original em inglês)