Novas fragatas para a US Navy e possibilidades para a MB

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Recentemente ocorreu um questionamento sobre a quantidade total de navios tipo Littoral Combat Ship (LCS) que a US Navy (Marinha dos EUA) irá adquirir. O total pode ficar entre 26 e 28 navios. Já chegou a ser cogitada a compra de apenas 32 unidades e o desenvolvimento de um navio mais capaz. Os planos iniciais citam a compra de 52 navios. Um total de 20 já foram comprados com o quarto entrando em operação em abril.

Uma alternativa sendo estudada é a compra de uma fragata capaz de escoltar outros navios e para atuar como parte de Grupos Tarefas com porta-aviões. O LCS não pode escoltar outros navios por só ter capacidade de autodefesa contra ameaças aéreas. Um contratorpedeiro DDG-51 seria mais do que o necessário para escoltar comboios e outros navios militares, sendo preciso um navio menor de cerca de 4.100 toneladas. Se o projeto for adiante, provavelmente será um navio já existente para implementação rápida. O próprio LCS poderá servir de base para o novo modelo.

Um problema semelhante para a Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil (MB) poderá ter um problema semelhante futuramente. A MB planeja comprar cinco fragatas de 6 mil toneladas no programa PROSUPER. Serão fragatas multifuncionais com capacidade de defesa aérea de ponto. Um segundo lote de cinco navios deverá incluir capacidade antiaérea de área. Assim, nos planos atuais, a MB continuará sem uma escolta com capacidade antiaérea de área por muitos anos.

Outra questão a ser considerada são os custos. O custo estimado das cinco fragatas é de 4 a 6 bilhões de Euros, mas inclui o preço de cinco navios patrulha oceânicos de 1.800 toneladas e um navio de apoio logístico de 23 mil toneladas. Porém, o objetivo final é adquirir 30 novas escoltas. A MB já encomendou quatro corvetas da classe Barroso modificadas com deslocamento de 2.500 toneladas.

Há cerca de 10 anos, o orçamento da MB para aquisição de novos meios era de US$ 500-550 milhões por ano. O orçamento 2013 cita R$ 3.119 milhões para investimentos (US$ 1,3 bilhões no dólar dessa semana). Dez anos depois o valor dobrou, mas deve apenas cobrir a inflação no período. Isso é um sinal de que existe um padrão de investimentos que dever ser mantido.

O pior cenário que pode acontecer no futuro é uma crise financeira no país, com cortes no orçamento. As aquisições de novos meios seriam bem menores do que o planejado. O melhor cenário é a melhoria da economia, com os gastos  melhorando proporcionalmente ao PIB. Outra opção seria os políticos investirem mais nas Forças Armadas.

Considerando os custos e a necessidade de uma escolta com capacidade de defesa aérea de área, uma fragata menor como a proposta para substituir o LCS na US Navy deveria ser estudada. Os custos de um navio menor poderiam até levar à aquisição de uma quantidade maior de meios, podendo garantir que a MB consiga atingir a meta de 30 navios.

Nem todos  seriam na versão antiaérea. Apenas os primeiros 2-3 navios da classe poderiam ser uma versão de defesa aérea com capacidade menor do que uma escolta de 6 mil toneladas. Uma fragata classe FREMM leva 32 lançadores verticais para mísseis Aster 15/30, por exemplo. Uma fragata de até 4 mil toneladas poderia ter a mesma capacidade como a classe Formidable de Cingapura de 3.200 toneladas. A ideia não exclui a compra do segundo lote das fragatas de 6 mil toneladas com capacidade de defesa aérea de área.

Outra necessidade imediata é a capacidade de operar com os novos helicópteros MH-16. As fragatas classe Niterói e Greenhalgh não têm esta capacidade.

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