Hoje, a Corte de Haia decide sobre litígio de fronteira marítima entre Chile e Peru
(EL PAÍS, 26). Peru contra Chile na Corte de Haia. Ambos os países andinos se enfrentam por sua fronteira no oceano Pacífico e o veredito, se prevê, será conhecida nesta segunda-feira (27). Esperado com expectativa em ambos os países, Lima assegura que a partição marítima não está fixada e pede uma linha equidistante desde a costa que divida as águas por igual. Santiago esgrime os tratados chileno-peruanos de 1952 e 1954 para defender a situação atual. Ou seja: a linha paralela sobre o oceano que desenha o mar territorial e a zona econômica exclusiva.
O contencioso levanta paixões. Para os peruanos, se trata de lograr o traçado definitivo de toda sua fronteira estatal. Os chilenos consideram que não há contas pendentes e esperam manter sua soberania. Sem esquecer o valor comercial dos 38.000 quilômetros quadrados de zona pesqueira (de anchoveta) que seriam do Peru se muda a linha divisória. Os países são os dois maiores exportadores de farinha de peixe do mundo.