Sea King na classe ‘Niterói’
Em um tópico anterior, foi mostrado como poderia ser uma versão de defesa aérea das fragatas da classe Niterói. Outra capacidade que as Niterói poderiam ter desde o projeto inicial seria a capacidade de operar com helicópteros médios como os Sea King como mostra a montagem no desenho acima.
A classe Niterói foi projetada desde o inicio para operar os Lynx ou helicópteros menores. Para operar com o Sea King seria necessário um hangar e um convoo maior. A marinha canadense investiu nessa capacidade nas suas fragatas. A classe St. Laurent tem deslocamento de 3.050 toneladas e opera com um helicóptero Sea King, a classe Annapolis de 3.400 toneladas opera com um Sea King e a classe Iroquois de 5.100 toneladas leva dois Sea King.
A classe Niterói desloca 3.700 toneladas e como mostra o desenho acima, junto com um navio da classe St. Laurent para comparação, tem espaço de sobra para receber um hangar e um convoo para operar com o Sea King. Até mesmo a versão equipada com o míssil anti-submarino Ikara poderia receber esta capacidade.
Operando como o Sea King, os navios da classe Niterói poderiam realizar busca e ataque contra submarinos de forma autônoma com sonar e torpedos, enquanto o Lynx apenas disparam torpedos anti-submarinos vetorados pelo navio-mãe. Outra capacidade possível com os Sea King (versão SH-3A) seria poder disparar o míssil anti-navio AM39 Exocet, enquanto o Lynx está limitado ao míssil Sea Skua de curto alcance.
A Marinha do Brasil (MB) chegou a comprar 16 Sea King em várias versões, mais dois como peças de reposição. O Sea King só operavam a partir do NAe Minas Gerais ou de navios anfíbios e teriam outras opções caso estes navios não estivesses disponíveis ou com outras missões.
A MB não tem atualmente uma escolta capaz de operar com os novos helicóptero MH-16 Sea Hawk. Se a capacidade para operar com os Sea King estivesse presente na classe Niterói este problema já estaria resolvido. Agora esta capacidade deverá ser adicionada nas futuras fragatas do programa PROSUPER. Além de operar com um helicóptero de tamanho médio como o MH-16, é de se esperar que as novas escoltas tenham capacidade adicional para operar com sistemas ARP (Aeronaves Remotamente Pilotadas) que irão requerer espaço extra para as pequenas aeronaves e sistemas de lançamentos e recuperação. Que o mesmo “erro” não se repita futuramente.