Aviação embarcada no Flight Simulator X – parte I
Essa é uma dica para aqueles que voam ou já voaram simuladores de voo em PC. O simulador Flight Simulator X da Microsoft (FSX), lançado em 2006 e que recebeu atualizações posteriormente, embora descontinuado pelo fabricante, ainda está à venda em alguns sites e pode ser usado para simular operações embarcadas.
A atualização do FSX chamada “Acceleration” incluiu navio-aeródromo e o F/A-18 Hornet e algumas missões que permitem decolagens e pousos. Mas é possível melhorar mais ainda estas versões default, instalando modelos disponíveis na Internet.
As imagens deste post mostram os testes deste editor do Poder Naval do modelo do navio-aeródromo francês “Clemenceau” do site La Royale French Navy. Junto com o pacote instala-se um programinha chamado AICarriers que roda em Java e se comunica com o FSX, habilitando um menu dentro do simulador, possibilitando ao piloto virtual posicionar e controlar os navios-aeródromos (distância, velocidade, rumo etc) como bem quiser, para treinar pousos e decolagens.
O modelo do “Clemenceau” é bem detalhado e é possível baixar modelos de aeronaves que podem operar nele, como o A-4, F-8, A-7 e S-2 Tracker.
Nós baixamos o A-4 com diversas pinturas, como as da Royal Australian Navy, que também operou o A-4 Skyhawk a bordo do HMAS Melbourne. Talvez alguém tenha feito o modelo deste navio-aeródromo para FSX, mas ainda não encontramos. Se alguém conseguir, por favor nos avise!
Treinar pousos e decolagens de A-4 no Clemenceau, irmão do nosso NAe São Paulo (ex-PA Foch), não é fácil. Primeiro porque o convés de voo é pequeno em comparação com o da classe “Nimitz”, que tem área muito mais. Manobrar o A-4 no convoo e movê-lo até a posição correta na catapulta exige algum treino, mas depois que se pega o jeito fica fácil. É necessário alinhar a aeronave na catapulta e na posição correta acionar através de um atalho de teclado o sistema que prende a aeronave ao trenó da catapulta com cabrestos.
Quando a aeronave está corretamente posicionada e o sistema prende a aeronave ao lançador da catapulta, o defletor de jato do convoo é acionado e a cabine do operador de catapulta sobe.
Para decolar é fácil, é só acelerar a aeronave na potência máxima e disparar a catapulta através de um atalho de teclado. Uma vez no ar, fizemos o circuito em torno do navio-aeródromo como manda o padrão.
Dizem que pousar em navio-aeródromo é uma queda controlada e é mesmo! É difícil manter a aeronave na rampa de descida perto da velocidade de estol e tocar o convoo no ponto correto a ponto de pegar um dos cabos de retenção. O sistema ótico que aparece do lado esquerdo (bombordo) da pista de pouso do navio com duas linhas de luzes verdes , indica ao piloto que o avião está na rampa de descida correta. Quando a rampa está incorreta, as luzes ficam vermelhas, indicando ao piloto que ele deve arremeter e fazer outra tentativa.
Após várias aproximações mal sucedidas e alguns “crashes”, conseguimos fazer o primeiro pouso de A-4 no Clemenceau.
Em próximos posts, vamos mostrar como é operar os jatos T-45C e o F-35C a bordo do USS Nimitz. Quem ficou interessado nesse tipo de simulação pode adquirir o “Flight Simulator X Gold Edition” em vários sites na Internet, incluindo o site da própria Microsoft. Mas é bom lembrar que é preciso ter uma máquina parruda, com uma boa placa de vídeo para o simulador rodar com uma “frame rate” decente. Ah, e de preferência, um manche de qualidade da marca Thrustmaster ou Saitek.
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Por favor, não deixem a MB ver isto aí, vão ficar alucinados, só tem coisas que eles gostam:
Navios velhos, aviões velhos e tudo no mundo virtual, o mundo da “Nunca Navy”.
Grande abraço
Esse A-4 é do modelo sem corcunda, quando era menos feio. Vá entender a lógica do mercado: Enquanto A-7 e F-8 eram mais avançados, carregavam mais armamentos e combustíveis, o A-4 foi mantido em linha por muitos lugares. É o caça multimissão da Marinha, mesmo sem Missil BVR…
Putz, se o Júlio ver nós estamos na roça mais ainda ….
“o A-4 foi mantido em linha por muitos lugares…”
Sim, o A-4 era muito mais barato de adquirir e manter do que um A-7, podendo operar de pistas terrestres mais curtas além de outras vantagens e portanto foram um sucesso de exportação.
juarezmartinez
24 de fevereiro de 2014 at 21:04 #
Favor notar que, além dos aviões serem os A-4, o porta-aviões em questão é o Clemenceau, irmão do São Paulo (Foch).
Se colocar as cores da MB fica tudo igualzinho.
Deve ter gente jogando o tempo todo. E sonhando com o que nunca será.
Ola a todos.. sei que a postagem é antiga, mas convido os colegas a conhecerem e voarem com a gente…www.marinhadobrasilvirtal.com.br