Programa LCS cai para 32 unidades, US Navy deverá buscar alternativas

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O a prévia dos investimentos militares apresentada ontem pelo secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hegel, lançou as bases para a implementação do orçamento para o ano fiscal de 2015, e marcou também a redução oficial no programa de Navios de Combate Litorâneo (LCS) para 32 unidades ao todo. O secretário pediu que a US Navy começasse a estudar possíveis alternativas dentro do programa, incluindo um design novo para as embarcações, revisão dos projetos atuais, e LCSs modificados.

Abaixo você confere trechos do documento apresentado por Hegel nesta segunda-feira (24), na sala de imprensa do Pentágono:

De modo geral, a frota naval será modernizada de forma significativa sob nosso planejamento. As medidas incluem dois contratorpedeiros e dois submarinos de ataque construídos por ano, bem como mais uma base flutuante. Nós preservamos os programas de modernização e garantimos os recursos para o aumento no número de navios nos próximos anos.

O documento também aborda especificamente os navios de combate litorâneo:

No que se refere aos navios de combate litorâneo, me preocupa o fato de a Marinha confiar fortemente nesses meios para atingir objetivos de longo prazo. Sendo assim, nenhum contrato para mais de 32 unidades será negociado. Com essa decisão, o desenvolvimento dos navios continuará para além do nosso plano orçamentário de cinco anos sem interrupções.

Os LCS foram concebidos para realizar certas missões, como contraminagem e guerra antissubmarina, em um ambiente relativamente permissivo. Mas precisamos examinar de perto se essas embarcações têm a resistência e o poder de fogo para sobreviverem contra um adversário mais avançado e contra novas tecnologias, especialmente na região da Ásia-Pacífico. Caso construíssemos as 52 unidades previstas, esse número representaria um sexto da nossa Frota de 300 navios. Diante das restrições fiscais constantes, precisamos direcionar os recursos da construção naval para plataformas capazes de operar em todas as regiões e dentro de todo o espectro de conflitos.

Além disso, de acordo com instruções minhas, a Marinha apresentará propostas alternativas para desenvolver um meio de superfície letal e de pequeno porte, compatível com as capacidades de uma fragata. Conforme minha orientação, a Força deverá considerar um design completamente novo, embarcações já existentes, e um navio de combate litorâneo modificado. O prazo para apresentação das propostas é até o fim deste ano, a tempo de serem incluídas no orçamento do ano que vem.

Em seu texto, Hegel também citou os cortes automáticos de verba e o possível comprometimento da ampliação da frota de superfície. 

Caso os cortes do Sequestro retornem em 2016 e nos anos seguintes, seremos forçados a tomar decisões ainda mais duras no que se refere aos meios de superfície. A construção de seis navios adicionais será suspensa, e teremos que desacelerar o ritmo da aquisição de contratorpedeiros. A rede de implicações do Sequestro resultará em dez navios a menos na frota operacional em 2023. Dentro do orçamento após os cortes obrigatórios, a Marinha também será obrigada a suspender o desenvolvimento da variante de emprego naval do Joint Strike Fighter por dois anos.

FONTE: Navy Recognition (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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joseboscojr

Esse é o famoso “ovo da serpente”.
Todo mundo sabia que ia dar zica desde o começo.
Numa época de dinheiro curto fazer um navio super especializado desses, e ainda mais, dois tipos diferentes para a mesma função e… desdentado. Só podia dar “cocó fedorento de neném”.
Me espanta que a turma que mete o pau no F-35 quase não faz críticas a essa belezura. Ou melhor, a essas belezuras, já que são dois.

luizblower

Pontos interessantes dessa matéria: – Depois de anos caminhando em direção ao enfrentamento de ameaças assimétricas, a USN parece ter acordado para uma realidade de enfrentamentos navais de verdade. Fica clara na declaração do secretário que os LCS são inadequados para esse tipo de operação. – Com isso, a USN vai precisar de fragatas! São ideais para fazer número (mais baratas que os Arleigh Burke) e cumprem tão bem quanto a maioria das missões destes (e também a maioria das missões dos LCS, convenhamos). – Já vimos modelos de fragatas baseados nos LCS… provavelmente é isso que vai vir. –… Read more »

phacsantos
MO

ummm, eh no Mauá …

phacsantos

OFFTOPIC2

Contratada para o design das futuras Corvetas:

http://www.janes.com/article/34556/brazil-selects-vard-niter%F3i-for-corvette-design

Alfredo Araujo

“joseboscojr 25 de fevereiro de 2014 at 19:38 # . Me espanta que a turma que mete o pau no F-35 quase não faz críticas a essa belezura. Ou melhor, a essas belezuras, já que são dois.” . . Boscão.. Só aqui mesmo… Pq nos blogs americanos em que visito, o F-35 e os LCS são os Judas do momento… O problema dos caras com o LCS, é exatamente o que vc falou… Com o F-35, é que vários outros programas do USMC e da USN estão sendo cancelados por causa das verbas alocadas para o JSF. OFF TOPIC !!… Read more »

MO

Dammit, em outro ??? e so os indienses, meu zica isto ou mais plausivel/proximo do obvio tremenda coincidencia

MO

Boscorelli, belezuras esta coisa (ops sao dois) … bom um eh um pouco menos feio …. kkkk será que isso eh inicio da transformasaum em Nabuco ??? kkkkkkk

Abs !!!

joseboscojr

PhacSantos,
Se o ESSM for escolhido contaremos com uma corveta antiaérea.

MO,
Podem falar o que quiserem dos LCS, mas os dois são belíssimos.
Esse trimarã então…

MO

Argh Bosco, Legitimo and lider dos UQTR versaum FEIO, mas FEIO PC ….. rssss, sorry Bosco, quem ja viu um Cannon, um Bico Fino, não vai engulir isso nunca, pois em minha otica, simplesmente nao se parece com nada 🙂

andreas

Bosco, mas o Sea Ceptor também traria uma capacidade AA acima do que a MB tem hoje não?

E quanto ao MAN, o que a MB pensa em adotar para as novas corvetas? Ou iremos de Exocet retrofitado ainda?

joseboscojr

Sem dúvida Andreas. Os dois mísseis possuem várias vantagens em relação ao que temos hoje, que são os mísseis Aspide 2000 (sistema Albatroz, 20 a 25 k, RSA), os Iglas (6 km, IR) e os Sea Wolf (8 a 10 km, CLOS) Qualquer um dos dois já nos introduzirá no mundo dos mísseis lançados verticalmente e nos dará capacidade de conter ataques de saturação, que é a tônica hoje em dia para tentar sobrepujar os sistemas defensivos. O Sea Ceptor é guiado por radar ativo e o ESSM por radar semi-ativo TERMINAL. A MB não opera nada nesse sentido, ficando… Read more »

andreas

Valeu Bosco!!!!

Posso estar enganado, mas pelo fato do Sea Ceptor ser menor, creio que a opção por ele seria mais vantajosa, as corvetas poderiam levar uma maior número deles do que o ESSM, imagino. Além de talvez serem mais baratos, mas não tenho certeza, pois a escala do ESSM é obviamente bem maior!

phacsantos

Ouvi rumores sobre a CV03 ter 3.000 ton….procede?

joseboscojr

É isso mesmo Andreas.
Já foram produzidos milhares de ESSM enquanto o Sea Ceptor sequer está pronto.
O Sea Ceptor deve vir bem mais caro.
Em termos de tamanho, também acho que um míssil menor é mais adequado para um corveta, mas o ESSM seria muito bem vindo também.
Vamos ver no que vai dar!

daltonl

3000 toneladas totalmente carregada…é bem possivel sim, afinal a Barroso é umas 400 toneladas mais pesada que a
Inhaúma e as futuras corvetas deverão ser mais capazes e maiores que a Barroso.

Estarão ainda mais próximas da designação Fragata Leve,
mas continuarão a ser chamadas de corvetas.

phacsantos

Agora uma pergunta de leigo:

Se a CV03 teria 3.000 ton, sendo uma evolução da Barroso, seria tão complicado assim acrescer mais tamanho e peso e termos uma fragata nacional? Digamos, com 4.000 ton?

Obrigado

MO

armaria, deste tamanho de 4.000 seria um Barrosao … haja floratil …… e papel higienico

daltonl

Já temos fragatas na faixa das 4000 toneladas e a Marinha está certa, na minha opinião, de formar um núcleo de navios mais capazes na faixa das 6000 toneladas totalmente carregadas…não tão grandes e caras como uma
Horizon nem tão “pequenas” como uma Niterói.

Um “mix” de navios “Hi” de até 6000 toneladas e “low” de
até 3000 toneladas me parece muito interessante.

abs

Almeida

Te falar que que esse programa LCS já durou até demais, era pra ter sido cortado quando ainda haviam apenas 3 encomendas de cada, com custo altíssimo e capacidade questionável. Agora que já pediram 32 unidades, o prejuízo está inaceitável. Vou além, ainda vão aposentar uma dessas duas classes prematuramente para liberar verbas pra futura fragata que irá substituir esse programa esquizofrênico. Aposto numa versão aumentada do Freedom da Lockheeed Martin. Sem as turbinas a gás caríssimas e beberronas que ele usa hoje, já que o requisito de alcançar 45+ nós é ridículo. E com umas 32 a 48 células… Read more »

Almeida

Poderiam criar um novo tópico para essa info do shortlist dos misseis AA das novas corvetas brasileiras, hein?

daltonl

“Agora que já pediram 32 unidades, o prejuízo está inaceitável.” Talvez não Almeida… a US Navy ainda tem 15 FFGs classe Perry que dentro de 6 meses serão apenas 10, mas a questão é que estão sendo usadas para “caçar” piratas no Indico e narcotraficantes de ambos os lados da América Central e um LCS pode fazer a mesma coisa por menos além de serem muito mais úteis em ações humanitárias que continuará sendo uma das missões da US navy. Também há 12 navios de guerra de minas que precisam ser transportados em navios fretados para bases avançadas já que… Read more »

joseboscojr

Daltão, Se vierem com fragata com capacidade antiaérea de defesa de área aí é de lascar. Em relação à defesa antiaérea nada maior que o ESSM é admissível. Tudo bem que adotam radar faseado, mas usar mísseis Standards seria uma completa burrice. Uma fragata para o USN, no meu modo de ver, deveria ser assim: 1 canhão Mk-45/4 ou Super Rapid 76mm. 2 canhões Mk-38/2 (25 mm) ou Mk-46 (30 mm) 2 Mk-49 RAM (21 células) ou 1 Phalanx Block IB e um Mk-49 RAM. 2 x 2 Mk-32 4 a 6 módulos Mk-41 versão Strike (para poderem levar o… Read more »

daltonl

E capacidade para 2 MH-60R ? Será um navio maior que uma Perry e carissimo…os EUA não conseguem fazer nada barato, até porque lá tem Sindicato para quem vira parafuso para a direita e para quem vira para a esquerda. Um navio assim poderá ter impacto sobre o futuro Arleigh Burke III. O LCS bem ou mal estava com seu preço em declinio até pela grande quantidade envolvida. Se a US Navy ainda pretende ser uma força de 300 navios e eles irão aumentar o número de navios de apoio para conseguir isso não vejo como construam 30 fragatas…se é… Read more »

joseboscojr

Dalton, É provável que eles deverão se basear num dos designes existentes do LCS. Se removerem o sistema de propulsão de alta velocidade a bae de jatos d’água e instalarem sistemas convencionais de hélice para velocidade de 30 nós já iria baratear. Um radar faseado (varredura eletrônica fixo) pode ser dispensável e a hipotética fragata pode usar o mesmo radar 3D rotativo dos atuais LCS. O que deve ser instalado é um radar de controle de tiro para o canhão (no caso de se escolher o SR ou manter o Mk-110) que também servisse como iluminador para o ESSM, e… Read more »

daltonl

Bosco… só lembrando que o NSC teve muitos problemas e aumento nos custos…uma unidade saindo hoje por mais de 730 milhões de dólares e provavelmente sairia ainda mais caro se reconfigurada para uma fragata…dizem por aí que custaria por volta de 1 bilhão de dólares. E fragatas mesmo com o advento de equipamentos não tripulados, etc, não seriam ideais para guerra de minas e também não podem alcançar locais mais rasos devido ao calado maior…ajuda humanitária continuará sendo uma importante missão para a US Navy por exemplo. A modularidade talvez seja o caminho e quando e se os módulos de… Read more »

joseboscojr

O futuro SSMS, que parece ser a designação do míssil que irá integrar o módulo de missão de combate de superfície do LCS, ainda está por ser definido, havendo vários concorrentes:
Sea Griffin (9 km, ??)
Longbow (9 km, MMW)
Brimstone II (9 km, MMW + LSA)
O q

joseboscojr

Com o cancelamento do LAM (40 km, IIR + LSA) o futuro SSMS, que parece ser a designação do míssil que irá integrar o módulo de missão de combate de superfície do LCS, ainda está por ser definido, havendo vários concorrentes: Sea Griffin (9 km, ??) Longbow (9 km, MMW) Brimstone II (9 km, MMW + LSA) O que parece se exige agora é a capacidade de ser lançado verticalmente e um sistema de orientação autônomo. O radar de onda milimétrica (na faixa EHF) parece ser especialmente adequado tendo ao fundo o mar, mas do que sistemas de imagem térmica.… Read more »

joseboscojr

Ops!
Apertei alguma tecla que mandou meu comentário antes da hora.

joseboscojr

Correção: Com o cancelamento do PAM e não do LAM.

joseboscojr

Até o Javelin (5 km, IIR) parece que entrou na briga já que tem sido apresentado como uma solução junto com o sistema Centurion que adota um lançador rotativo de 12 tubos lançadores.
http://www.thinkdefence.co.uk/wp-content/uploads/2013/12/Chemring-Centurion-and-Javelin-Missile.jpg

joseboscojr

Ah!
O Griffin B também já está implantado nos barcos patrulha Cyclone.

daltonl

Bosco…

já que vc citou os “Cyclones”, como curiosidade, dos 13 existentes, 8 estão baseados no chamado Golfo Pérsico e dentro de 3 meses outros 2 serão para lá enviados ficando os 3 restantes baseados na Flórida.

Os MCMs classe “Avenger” estão sendo retirados de serviço mais rapidamente do que se esperava, mas os PCs terão que se aguentar alguns anos mais devido ao atraso na entrega dos LCSs.

Espera-se no fim da década que até 8 LCSs serão permanentemente baseados no Golfo Pérsico substituindo os PCs e MCMs.

abs