Novos meios para a MB
A Ares vendeu 14 unidades da estação de arma estabilizada REMAX para a MB. Doze irão equipar a classe Macaé, um para o U-27 Brasil e um para o centro de armamento da MB). Outra informação recente foi o projeto ARP-E onde a MB está testando os ARP Camcopter S-100 e Scan Eagle para uma aquisição de 5 sistemas. São meios que serão usados para vigilância da “Amazônia Azul”. Faltou citar que também poderiam ser usados nos meios fluviais.
A imagem acima é um exemplo de uma operação fluvial com um navio de patrulha em um rio estreito escoltado por uma lancha voadeira fazendo reconhecimento de rota a frente do navio.
A missão da voadeira poderia ser realizada futuramente por um ARP lançado pelo próprio navio patrulha. O Scan Eagle é um exemplo de ARP lançado de navios, mas ARPs nacionais menores e bem mais baratos poderiam realizar a missão no cenário mostrado.
O ambiente de mata fechada sugere que os sensores deveriam estar na horizontal e não na vertical para poder vigiar as matas, e também não em uma embarcação remotamente pilotada, mas num ARP, que poderia ser necessário para retransmitir as imagens ou até mesmo ser usado como isca para atrair fogo inimigo e denunciar as posições.
Um motivo para considerar o uso de meios não tripulados seria o custo. As tropas na voadeira estão muito vulneráveis ao fogo de armas leves. No caso de morte ou feridas com sequelas graves, o custo da pensão pode ser várias vezes o custo de um ARP. Os custos menores do ARP também se mostram vantajosos frente à opção de um helicóptero embarcado, que custa muito mais para comprar e manter.
Vários sistemas de armas modernos podem ser incorporados a frota de navios anfíbios atuais e futuras embarcações para aumentar sua eficiência. O exemplo dos ARP acima são os mais prováveis. Outro sistema potencial são as estações de armas como a REMAX (imagem abaixo). As tropas que usaram estações de armas nos conflitos recentes, como Iraque e Afeganistão, inicialmente não gostavam da pouca capacidade de munição levada nas estações. As operações de combate mostraram que não seria problema pois a grande precisão compensou a necessidade de grande quantidade de munição pois os engajamentos terminavam rapidamente.
Os canhões Bofors 40 mm poderiam ser substituídos por uma versão navalizada da TORC 30mm levada pelo blindado Guarani. A capacidade noturna e o alcance de engajamento seriam melhorados, além de poderem engajar alvos móveis facilmente.
Durante os conflitos no Afeganistão, as tropas de infantaria renovaram o uso dos morteiros leves de 60 e 81 mm com o uso dos ARP portáteis para detectar e designar alvos. Os navios de patrulha fluvial poderiam ser armados com morteiros e usar os ARP embarcados para atacar alvos em terra fora da linha de visada.
Os ARP portáteis também estão vindo em versões letais, armados com granadas de 40mm para explodir após o ARP mergulhar em um alvo. Seria outra opção para atacar alvos além do alcance visual. Os próprios ARPs maiores poderiam ser usado para patrulha fluvial cobrindo grandes regiões.
Além da .50 BMG, que calibres são aqueles dos 4 canos no lançador ao lado?
Luis,
Aquilo é o sistema eletroóptico de aquisição de alvos.
E que também permite que a estação seja operada remotamente.
Mas, até onde sei (peço correção, se adequado) essa plataforma pode receber outros armamentos de cano. Tipo a versão nacional do canhão de 30 mm. Por sinal, é o mesmo equipamento que já foi integrado ao VBTP, só que neste, o armamento será uma MTR 7.62 mm.
Sds a todos.
Interessante o “Protector USV”. Vi que a IAI fabrica outro modelo, chamado Katana.
“O ambiente de mata fechada sugere que os sensores deveriam estar na horizontal e não na vertical para poder vigiar as matas, e também não em uma embarcação remotamente pilotada, mas num ARP, que poderia ser necessário para retransmitir as imagens ou até mesmo ser usado como isca para atrair fogo inimigo e denunciar as posições.”
Não é possível a comunicação direta da embarcação não-tripulada com a embarcação onde fica a estação de controle, sem o uso de uma ARP de retransmissão?