NDD Ceará iniciou a fase final de seu Período de Manutenção
No período de 11 a 14 de março, o Navio de Desembarque-Doca Ceará entrou na fase final de seu Período de Manutenção Geral (PMG), iniciado em outubro de 2007, quando fundeou nas proximidades da Escola Naval para a realização de verificações de seus sistemas e adestramentos para o pessoal das estações de manobra, convés, praças de máquinas e controle de avarias.
Em um primeiro momento, de modo a atingir a qualificação necessária para o guarnecimento dos seus postos nas estações, foi dada ênfase aos sistemas de vapor, de geração de energia, propulsão e cumprimento de procedimentos de emergência.
Durante o regresso, para atracação no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o NDD Ceará deslocou-se sob máquinas, atingindo 7,5 nós. As próximas etapas serão as Provas de Cais, Inspeção de Segurança e Provas de Mar.
FONTE: Marinha do Brasil
COLABOROU: Luiz Monteiro
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Obrigado, Nunao!
Caso haja disponibilidade orçamentária, poderá ser anunciado em breve a aquisição de um NDD.
Prezado Dalton,
Você escreveu um excelente comentário no outro post sobre o NDD Ceará. Se puder, poderia reproduzi-lo aqui?
Concordo com tudo o que escreveste.
Abraços
Dalton escreveu:
“Um verdadeiro clássico, o NDD Ceará é um navio extremamente útil…já navegou no Amazonas, reabastece navios em alto-mar complementando um navio-tanque, opera com helicopteros pesados ,funciona como um navio-oficina executando pequenos consertos além de sua função principal que é transportar fuzileiros e seu equipamento.Comissionado na US Navy em 1956 chegou ao Brasil em1989, sob leasing, mesmo ano que foi descomissionado, situação ideal no que é conhecido como “hot transfer”, quando o navio não fica anos esperando um destino efoi definitivamente adquirido em 2001Ruim com ele…muito pior sem ele !”
Obrigado LM…sua opinião é muito importante para esse
“Armchair Admiral” e ASPONE da US Navy 🙂
abraços
Apesar das fotos serem em baixa resolução, aparentemente confirmam o que o Luiz Monteiro disse em outro comentário: que os velhos reparos duplos de 76mm deram lugar a reparos singelos não tão velhos de 40mmL70. Também aparentam ser dos modelos semiautomatizados retirados da classe Niterói no modfrag da classe Niterói (sem torreta fechada, apenas a “bacia” aberta). Mas não dá pra concluir mais devido a essas imagens serem muito pequenas. Para quem quiser ver onde ficavam os reparos de 76mm (um a vante do passadiço, a boreste, e dois a ré da superestrutura, em ambos os bordos), basta acessar o… Read more »
E temos que soltar foguete… para uma embarcação, ainda útil, mas que está para fazer 60 anos !!
Sinceramente pensei que iria ter o mesmo fim do Rio de Janeiro… mas depois de 7 anos em PMG… saiu da UTI.
Me desculpem , mas é isto que a MB tem… um bando de mortos-vivos !
Sds.
Luiz Monteiro
22 de março de 2014 at 12:53
Comandante,
Um “Albion Class” serviria ??
Sds.
Será que eu entendi??? 7 anos?????
Sim, 7 anos. Faltou dinheiro no meio do processo e, em navio velho, isso é pior ainda, pois quando se resolve o que se sabia estar com problema, aparece alguma outra coisa para consertar. Espero que esse PMG de 7 anos garanta também 7 anos de operação, mais ou menos o que o NDD Rio de Janeiro teve entre o seu PMG e a desativação. Isso seria tempo suficiente para providenciar um substituto e o NDD Ceará ir para a merecida aposentadoria, deixando o NAe São Paulo como último navio da MB com propulsão por caldeiras a óleo / turbinas… Read more »
Se levamos 7 anos para uma reforma, quanto tempo levaremos para construirmos as escoltas aqui ?
E imaginem para construir um NAe !
Ernaniborges, Se a construção das escoltas for um grande programa com a maior parte de suas verbas bancadas por um grande empréstimo externo providenciado pelo vencedor da concorrência, provavelmente a construção não atrasará. Dinheiro é o acelerador por excelência. Essa é a nossa infeliz tradição, cíclica: depois de anos chegando a situações-limite, a solução é realizar grandes programas que funcionam com grandes empréstimos externos. Pacotões completos acompanhados de grandes discursos e apoio político, grandes obras, compras de projetos e tecnologias já desenvolvidos lá fora (com transferência de tecnologia e desenvolvimento conjunto dentro do que for possível) e tudo o mais.… Read more »
Belo comentário Nunão. Parabéns pela clareza da tua opinião.
Mas…. vou já pedindo desculpas pelo meu, embora breve, comentário, abaixo:, pois realmente tem um que de politico.
Não era justamente a toada anti americana destes últimos governos de que bastava de abaixar as calças ante negócios do tipo “pacote completo” que envolviam aquisições militares com financiamento incluso ??
Então…. nada mudou… somente as moscas.
Saí as moscas americanas e entram as moscas francesas…. o resto, bom… o resto até piorou !
Pelo menos os americanos nos permitiam usar o cartão de crédito subsidiado (FMS).
Sds.
Baschera, The hot dog leaves, la baguette entre… Mas os casos são diferentes. Com os americanos, a grande maioria das aquisições de meios navais historicamente foi de usados ou seminovos, e plantas de navios (algumas ultrapassadas porém ainda úteis, embora outras estivessem no estado-da-arte, como foram os planos dos nossos contratorpedeiros classe M do final dos anos 1930, repassados para cá quando mal se havia iniciado a operação da classe Mahan, que lhe deu origem, nos EUA, tanto que problemas detectados lá nas provas de mar geraram ajustes na construção dos nossos aqui). Dos caça-submarinos e contratorpedeiros de escolta seminovos… Read more »
Mais uma vez, ótimo comentário Nunão. Mas meu foco é outro. Me refiro aos enormes valores agora dispendidos… para depois, por falta de verbas de custeio adequadas e mormente mal distribuídas ao longo do tempo… tudo acaba por se perder ou ter um uso adequado. Não culpo francese e americanos, que estão vendendo seu peixe, mas sim a nossa incapacidade de bem gerir os meios e as verbas, ambos itens escassos ao longo do tempo. Não adianta vc ter o carro do ano e depois só fazer a revisão daqui a vinte e cinco anos e levar outros sete na… Read more »
De fato, não adianta, Baschera. Mas foi o que aconteceu, em muitas épocas. Uma história de ciclos, ou surtos, de compras externas e de construções locais, feitas para apagar incêndios urgentes, e muitas vezes bem planejados (e por vezes até modestos, embora outras tantas vezes grandiloquentes), mas que sofrem da falta de continuidade e sustentabilidade (para usar uma palavra da moda). Essa é a história. É com os erros e falhas do passado – ainda que, muitas vezes, falhas que não desmerecem esforços de muito boas intenções e com méritos, porém vencidos por forças maiores ou mesmo incoerências já embutidas… Read more »
Baschera e Nunao,
Parabéns pelo debate em alto nível. Na minha opinião, ambos estão certos.
Baschera,
Serve como uma luva.
Abraços
Eu não sabia que que o NDD Ceará foi comissionado na US Navy em 1956, conforme o excelente comentário do Admiral Dalton reproduzido pelo Comandante Luiz Monteiro.
Excelentes comentários também do Nunão com retrospectivas históricas de aquisições e/ou construções navais brasileiras.
Agora, quando eu vejo o nome “Ceará”, ligado a Marinha Brasileira, me vem a mente S14, um GUPPY II que estava sempre atracado no cais da BACS quando eu estava no S11. Aliás, o Ceará-S14 era o único que possuía um leme vertical, na popa, acima da linha d’água.
Desculpem o meu comentário sair do tópico.
Presente pra você, Guppy. Não é o S11, mas…
http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/03/Vela-S14-em-Fortaleza-nov-2010-foto-PNaval-Nunão.jpg
Nunao, O submarino de propulsão nuclear é um objetivo da MB desde o final da década de 1970. Quando o Governo Federal abraçou o Programa, a MB viu a oportunidade de finalmente alcançar esse objetivo. Sabia-se que isso poderia levar a obsolescência dos meios de superfície. Por isso muitos dentro da própria MB eram (são) contrários ao PROSUB. Se engana quem pensa que se o PROSUB não fosse aprovado estaríamos desenvolvendo o PROSUPER. A “questão política” por trás do PROSUB é que fez com que o mesmo fosse aprovado. Para que tivéssemos o PROSUPER aprovado precisaria de um “pacotao” formado… Read more »
Dalton,
Acompanho todos os seus comentários. Sempre lúcidos e muito bem embasados.
Abraços
“Se engana quem pensa que se o PROSUB não fosse aprovado estaríamos desenvolvendo o PROSUPER. A “questão política” por trás do PROSUB é que fez com que o mesmo fosse aprovado.” Luiz Monteiro, Não tenho dúvidas! Uma coisa é achar (meu caso) que a renovação das fragatas deveria ter sido a prioridade, à época da assinatura do Prosub. Outra é conjecturar que fosse viável conseguir o apoio político, naquele contexto, para fragatas. Aproveitar o contexto político de meados da década passada foi a forma de viabilizar o caminho para o casco do submarino nuclear, parado desde a descontinuidade do primeiro… Read more »
Nunao, A substituição dos 14 atuais navios de escolta foi planejado da seguinte forma: 1- os 5 primeiros escoltas de 6.000 toneladas substituirão as 3 fragatas da classe “Greenhalgh” e as 2 fragatas mais cansadas da classe “Niteroi”. 2- as 4 corvetas de 3.000 toneladas substituirão as 4 fragatas remanescentes da classe “Niteroi”. 3- outros 5 escoltas de 6.000 toneladas, sendo 4 deles dedicados para defesa aérea de área, substituirão as 4 corvetas da classe “Inhauma” e a corveta “Barroso”. Todo esse planejamento tem de ser posto em prática e concluído até 2032, sob pena de enfraquecimento ainda maior do… Read more »
Obrigado, Nunão. Linda foto. Eu já conhecia o destino da vela do Ceará-S14, até já tinha visto fotos, mas esta está muito show. Thanks mesmo.
Ontem fiquei triste aqui no PN quando tentei péla n-ésima vez assistir ao vídeo de um navio da marinha da Rússia enfrentando mar grosso e obtive a informação de que o vídeo foi retirado devido a reclamações de autoria. Tive que assistir o vídeo de uma Fragata francesa em mar grosso também. Claro que o PN não tem nada a ver com isso, né?
Abraços
Nunao,
Tenho a certeza de que você sabe disso. Apenas escrevi para aqueles que desconhecem e acham que se os recursos não estivessem no PROSUB, estariam no PROSUPER.
Não é possível para a MB concluir o PROSUPER com recursos de seu orçamento. Faz-se necessário financiamento interno ou externo.
Abraços e desculpe o mal entendido.
Luiz Monteiro
22 de março de 2014 at 23:11 #
Muito grato Comandante.
Sds.
“Luiz Monteiro 23 de março de 2014 at 0:47 Nunao, Tenho a certeza de que você sabe disso. Apenas escrevi para aqueles que desconhecem e acham que se os recursos não estivessem no PROSUB, estariam no PROSUPER. (…) Abraços e desculpe o mal entendido.” Que é isso, Luiz Monteiro. Não tem mal entendido nenhum, pelo contrário. Nós dois estamos conversando e sabendo, ao mesmo tempo, que tem centenas (e, dependendo da matéria, milhares) de outras pessoas lendo não só a matéria, mas os comentários. Assim, além de trocarmos informações (e você sempre traz novidades muito interessantes), é natural procurarmos reforçar… Read more »
Vou s dar o milagre mas não o nome do santo….kkkkk, são reparos de 40mm sim, mas o da proa é diferente dos de ré… Inclusive quanto à origem deles! Abcs do Erich Wolff.
Luiz Monteiro 22 de março de 2014 at 23:11 #
Baschera e Nunao,
Parabéns pelo debate em alto nível. Na minha opinião, ambos estão certos.
Baschera,
Serve como uma luva.
Abraços
Serve e se tivermos grana será. junto com mais dois Amazonas, mas o $$$ está curtissímo.
Grande abraçpo
Ah, quando eu disse sobre a origem, me refiro ao último usuário, e não ao fabricante, ok?
E ninguém falou nada ainda sobre um Navio patrulha que está usando um canhão zero bala de um fabricante europeu!!!!!
xing-ling… Adeus!!!!!!
Erik fiquei curioso e como peguei o bonde andando qual NPa eh este e por favor poderia falar mais sobre . por favor
Em tempo =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/03/pctc-caribbean-highway-h9zw-ro-ro.html
11 photos
Prezado MO,
Os canhões L70 de 40 mm fabricados pela divisão Singapore Technologies Engineering, da empresa Singapore Technologies Kinetics, de Singapura, para os NaPa Classe “Macaé” apresentaram diversos defeitos. No momento a empresa está tentando sanar os problemas.
Por razões operacionais, a MB decidiu que para os novos Napa desta classe serão usados canhões da BAE.
Abraços.
Tks Chefe, realmente me pegou de surpresa a noticia, nem tanto pelo fato (até pq realmente não sabia do que se tratava e de quem, estou perigosamente desinteressado demais pelo tema), agradeço as infos !
Muito bem! Agora, caro Comandante Lm, o senhor poderia nos ajudar sobre o mistério dos 40mm do Ceará?
Grande abraço
LM,
Esses reparos da BAe serao automatizados ou semiautomatizados? Serao MK3 ou MK4?