Doolittle Raid
No dia 18 de abril de 1942, 16 B-25 americanos foram lançados do porta-aviões USS Hornet (CV 8) para atacar alvos em Tóquio na incursão Doolittle (nome do comandante da missão). A incursão foi uma represália contra o ataque japonês a Pearl Harbour. Foi mais uma resposta política para a população americana do que pelo valor tático ou estratégico do ataque.
A Marinha do Brasil (MB) teria uma capacidade de realizar uma incursão semelhante atualmente ou no futuro próximo? A MB está modernizando 12 caças AF-1 que dariam esta capacidade. Com uma frota muito pequena seria uma incursão rápida do tipo “atira-e-foge” (hit-and-run) considerando que o alvo seria bem defendido como no caso da incursão Doolittle.
Os NAes não são mais os únicos meios para realizarem um ataque semelhante. Apesar da MB contar futuramente com 12 AF-1 modernizados, nem todos estarão disponíveis para a incursão. Com um ataque realizado por oito AF-1 armados com duas bombas guiadas SMKB, serão 16 bombas no total. A mesma missão poderia ser realizada por dois submarinos equipados com oito mísseis de cruzeiro cada um. Contra um alvo menos defendido, a incursão poderia ser realizada por duas escoltas equipadas com oito mísseis de cruzeiro cada um.
Atualmente, os únicos meios da MB para realizar uma incursão contra uma costa inimiga seria com incursões de comandos anfíbios ou canhoneio naval. Helicópteros equipados com foguetes seriam outras opção (Esquilo ou Lynx), mas com capacidade questionável. Todos estes meios poderiam ser modernizados com Aeronaves Remotamente Tripuladas letais para os comandos anfíbios, munição guiada para os canhões embarcados de médio calibre e mísseis ar-superfície para os helicópteros.
A imagem abaixo é do míssil de cruzeiro Frances Scalp Naval em um disparo de testes recentes. Seria um dos poucos sistemas do tipo disponível no mercado. O Scalp Naval pode ser disparado de lançadores verticais em navios ou de tubos de torpedos de 533mm.