Mais dois navios-patrulha oceânicos da Navantia para a Armada Espanhola
A Navantia informou na quinta-feira, 8 de maio, que o Governo Espanhol anunciou no dia anterior a aquisição de dois novos navios-patrulha oceânicos (OPV – Offshore Patrol Vessel em inglês ou BAM – Buque de Acción Marítima em espanhol) a serem produzidos pela empresa. A encomenda se segue a quatro outros navios do tipo construídos pela Navantia entre 2006 e 2012, e que já estão em serviço na Armada Espanhola.
Segundo a empresa, os navios são de porte moderado, tendo como características o comprimento total entre 90 e 95 metros, deslocamento entre 2.400 e 2.500 toneladas, pequena tripulação e alto nível de habitabilidade. Essa classe de OPV-BAM também apresenta bastante comunalidade de sistemas com outros navios da Armada Espanhola, com baixos custos de aquisição e de ciclo de vida.
A Navantia também destacou, em sua nota, que os navios oferecem alto desempenho e grande versatilidade nas missões, como proteção e escolta, controle de tráfego marítimo, controle e neutralização de ações terroristas e de pirataria, operações contra o tráfico de drogas e de pessoas, socorro marítimo e salvamento, apoio em situações de crise e de assistência humanitária, fiscalização de pesca, ambiental e antipoluição.
Os quatro navios em serviço na Armada Espanhola dessa classe foram batizados de Meteoro, Rayo, Relámpago e Tornado e, segundo o site daquela marinha, têm as seguintes características:
- Deslocamento – 2.670 toneladas
- Comprimento – 93,9 metros
- Boca – 14,2 metros
- Propulsão – duas praças de máquinas (câmaras, ou compartimentos) independentes, cada um com um motor diesel MTU 16V1163 e um motor elétrico Siemens, acoplados a engrenagem redutora em cada linha de eixo (dois eixos) com hélices de passo variável, além de um “bow thruster” HMC.
- Hangar para 1 helicóptero, com capacidade de operação dia e noite, visual e instrumental, Vertrep e HFIR
- Tripulação – 46 pessoas, que pode chegar a 76 com pessoal de transporte
- Armamento – 1 canhão 76mm/62 Otto-Melara e 2 metralhadoras Mk 38 Mod 2A, direção de tiro Dorna 2, sistema de combate Scomba
- Sensores – radar de navegação e controle HC Aries 2 e radar de navegação Sperry Vision Master FT
- Sistema de guerra eletrônica Rigel
- 1 grua de carga
- 2 embarcações RHIB Zodiac Hurricane com motor Volvo 260cv
FONTES / FOTOS: Navantia e Armada Espanhola (tradução e edição do Poder Naval a partir de originais em inglês e espanhol)
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em quanto isso no Brasil…
diz a lenda que ha um projeto novo para as “Barroso”, dizem ateh que ja foi assinado a compra de 05 unidades… mas…
Serão 4 unidades da nova Barroso mas ao menos já sabe-se os indicativos, V 40 à V 43 🙂
wwolf22,
Até onde sei ainda não foi assinada nenhuma compra de 4 unidades da nova corveta.
No momento o programa está avançando para a fase de projeto detalhado, após licitação para esse trabalho vencida, há poucos meses, pela Vard Niterói S/A (subsidiária da Fincantieri italiana, cujas instalações estão em fotos de matéria de hoje sobre construção de FREMM).
Me perdoem… MAS ENQUANTO ISSO incorporamos o Caravelas com toda a pompa e circunstância, pão e circo…
Mais um Navio Patrulha equipado com um Canhão de 76mm, o que não é surpresa para ninguém e aqui na nossa MB temos 3 navios equivalentes armados com canhões de 30mm e 25 mm, o que dá para entender que nossos Almirantes são contra este tipo de calibre pois não deve ser tão caro assim equipar os classe “AMAZONAS” com este canhão de verdade.
Mendes, Até onde sei, canhões modernos são itens bem caros. Também pensava que podia valer a pena trocar o armamento de tubo dos “Amazonas”, seja para padronizar com os demais navios-patrulha no calibre 40mm, seja para introduzir um novo modelo de canhão 76mm na MB (ou melhor, reintroduzir o calibre, pois canhões de 76mm foram amplamente usado na MB, em canhões americanos, e ainda restam três peças em atividade, velhinhas, dos anos 40) Mas, pensando bem, creio que haverá outras prioridades na frente dos “Amazonas” em relação a armamento de tubo de 76mm (ou “canhão de verdade”, como você escreveu),… Read more »
Nunão… Ainda tem outro detalhe, meio que pegamos uma mania de achar que se deve padronizar equipamentos, claro, que a ideia está corretíssima, mas não se aplica sempre, se um armamento funcionaria melhor em uma classe de navios pode-se ter este armamento exclusivo dessa classe sem menores problemas, desde que não estejamos falando numa classe de um único navio, como é o caso da Barroso. Assim, poderíamos pensar em uma modificação futura das Amazonas recebendo armamento de 76mm ou 30mm como você citou, ou até mesmo trocando por um que não costumamos usar, como o de 57mm, assim teríamos, patrulhas… Read more »
Ah, e deveria também ter concluído com esta frase: é apenas uma opinião… 😛
Um mix entre o passadiço e aquele deck em frente do mesmo no OPV classe “Amazonas”, c/ o hangar, o convoo e a chaminé desse BAM, seriam ideais p/ o novo OPV do Prosuper.
“No momento o programa está avançando para a fase de projeto detalhado, após…”
Então vai aí uma inspiração, somente isso, p/ o detalhamento do projeto:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2014/05/saar-5-class-corvettes-most-powerful.html)