Cv60 Saratoga - foto wiki

O porta-aviões Saratoga (ex CV-60) seguirá oficialmente para desmanche depois que a Marinha dos EUA (USN) pagou um centavo para a uma empresa do Texas para desmantelar o o navio de mais de 80 mil toneladas que certa vez bloqueou navios soviéticos durante a Crise dos Mísseis em Cuba.

O Saratoga irá para Brownsville , Texas, no final deste ano para ser desmontado pela empresa ESCO Marine, informou o Naval Sea Systems Command em um comunicado à imprensa na última quinta-feira (8/5).

O Saratoga é o segundo dos três porta-aviões convencionais a seguir para o desmanche. A All Star Metals recebeu o Forrestal (ex CV-59) no início deste ano, também adquirido por um centavo. Um terceiro contrato ainda está pendente para o Constellation (ex CV-64) com a empresa International Ltd.

Saratoga em 2004 e em 2013
Na imagem da esquerda aparecem os ‘irmãos’ Saratoga (parte superior) e o Forrestal (parte inferior) em Road Island em 2003. Na imagem da direta, de 2013, aparece somente o Saratoga.

O pagamento de um centavo é o valor mais baixo que a Marinha pode oferecer para uma empresa a receber os navios. A ESCO receberá os lucros da venda da sucata.

O navio, a sexta unidade na história da USN a receber o nome Saratoga, foi descomissionado em 1994 após 38 anos de serviço. Apesar das tentativas de transformá-lo em um museu, a Marinha decidiu em 2010 que nenhuma das propostas para a sua exibição pública era aceitável .

Além de seu papel central no 1962 na Crise dos Mísseis, o “Super Sara ” também participou do ataque aéreo contra a Líbia 1986 .

O Saratoga deve seguir para o Texas ainda neste verão (no Hemisfério Norte) a partir de sua atual posição, atracado na Estação Naval de Newport, Rhode Island.

FONTE: Navy Times (tradução e adaptação do Poder Naval a partir do original em inglês)

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Ozawa

Se os EEUU forem manter todos os seus NAes que um dia fizeram história neste ou naquele acontecimento, acabarão preservando todos, desde o vetusto Langley…

Mas o Sara com sua história, quase apocalíptica, em 1962, na “Crise dos Mísseis”, merecia fim melhor…

Não tenho conhecimento das propostas para sua “exibiçao pública” a fim de entender, ou não, a inaceitação da USN, mas acredito que nada é mais inaceitável que mandá-lo para o desmanche…

Mas sua história não será desmanchada…

RIP Sara…

Marcos

O custo de manter uma nave como essa é exorbitante, mesmo parada. Manutenções tem de ser feitas. Materiais tóxicos tem de ser retirados. Peça por peça tem de ser limpa. Em época de dinheiro curto, o melhor mesmo é por à venda.

Ozawa

De 58 NAes descomissionados da USN, somente 4, salvo engano, à luz de pesquisa na lista dos NAes americanos na wikipédida, sobrevivem como museus, e todos da Classe Essex: Yorktown, Intrepid, Hornet e Lexington…

Quero ver quando chegar a hora do Enterprise… Se vão desmontá-lo sem maiores sentimentalismos…

Resposta: vão.

daltonl

Ozawa… voce esqueceu-se do Midway que encontra-se em San Diego e é ainda maior que os Essex que vc corretamente citou como museus. A US Navy não tem condições de manter navios museus…na verdade, há dificuldade em manter navios da ativa então “particulares” interessados oferecem propostas e se a US Navy julgar que seus navios serão bem cuidados então são entregues e já vi pessoalmente a devoção de muitos ex-marinheiros que trabalham de graça para manter esses navios, em muitos casos, navios que uma vez foram suas casas. Quanto ao Enterprise há um outro problema a se considerar. Os reatores… Read more »

daltonl

Ozawa !

no caso de voce voltar a acompanhar o assunto, só agora percebi…de onde vc tirou o número de 58 NAes descomissionados da USN ?

abraços

Mauricio R.

“…e todos da Classe Essex: Yorktown, Intrepid, Hornet e Lexington…” O ex-USS “Intrepid” é museu desde que eu me entendo por gente. O ex-USS”Hornet” faz seu contraponto na costa oeste, em Alameda e tem ligações c/ o prgrama “Apollo”. O ex-USS “Midway”, se tornou museu na esteira dos 100 anos da aviação naval americana, só não sei se ainda continua em San Diego. De quem os ex-USS “Yorktown” e “Lexington”, puxaram o saco p/ se tornarem museus??? Só pq celebram batalhas da Revolução Americana??? Até aí o “Big E” original (CV-06), coberto de glórias na Camapanha da Ásia-Pacifico, foi p/… Read more »

Ozawa

Dalton…

Usei o termo “descomissionado” genericamente… Na verdade querem dizer os afundados pelas mãos americanas ou japonesas ou pelo destino ou por qualquer outra razão…

Todos os que não estão ativos mais… Como disse, segundo a lista de ex-porta-aviões da USN… E excluindo os projetos cancelados.

daltonl

Ozawa… é que não dá os 58 que voce mencionou de jeito nenhum então achei curioso e desculpe esse meu preciosismo, mas é mania mesmo. Sei que não interessa muito mas vá lá… 48 Descomissionados, alguns depois foram afundados pelos proprios donos; 6 Afundados pelos seus ancestrais, incluindo o primeiro o Langley que já não era mais um NAe, mas enfim; 12 Que foram cancelados mas mesmo assim receberam numeração e dois receberam nomes, Reprisal CV 35 e Iwo Jima CV 46; 1 Enterprise, o nuclear que ainda não foi oficialmente descomissionado, está desativado e em breve será ainda mais… Read more »

daltonl

O CVA 58 também foi cancelado e recebeu um nome, seria o USS United States.

Ozawa

Dalton…

É mais fácil eu ter errado no cálculo que você…

Ainda assim é um número expressivo para deles se “salvarem” apenas 5…

Ozawa

Dalton…

Parece-me que nossos cálculos diferentes estão nos “cancelados” não nomeados, que seriam 10 ao todo.

Abs.

daltonl

Mauricio… o Midway com certeza encontra-se em San Diego ainda ! O USS Lexington apenas foi descomissionado em 1991 já que era o NAe de treinamento da US Navy, então foi mais óbvio preserva-lo já que a maioria dos Essex já havia ido para o desmanche e pelo menos um deles forneceu peças para manter o Lexington operando. O Yorktown tornou-se museu antes do Intrepid e bem antes do Hornet e não houve “puxasaquismo” e sim que a Carolina do Sul , Patriots Point, requisitou-o como museu, já que ele estava disponivel na ocasião e ofereceu garantias à US Navy… Read more »

daltonl

Ozawa…

já que voce está por aí…tiremos a dúvida.

Cancelados:

CVs 35, 44, 46, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57 e 58 !

Ozawa

Então, e contei com os 35 e 46 e também não deveria pois foram nomeados mas cancelados tb. Minha conta seria 56…

daltonl

Ozawa…o fato de 3 terem recebidos nomes, Reprisal, Iwo Jima e United States não muda o fato de terem sido cancelados quando em construção, mas se vc assim deseja
pode separar os 12 em 2 grupos:

Cancelados sem nome: 9 ( 44,50,51,52,53,54,55,56 e57 )

Cancelados com nome: 3 ( 35,46 e 58)

Não esqueça que entre os cancelados estão Essex, Midways e o unico do que seria a classe United States.

Ozawa

Dalton… Ok. Acho que ajustamos as contas… Falando no USS US…, achei que a nova classe que sucedesse os ‘Nimitz’ fosse como ele, der convés limpo e ‘vela’ inexistente ou suspensa eventualmente, como os carries japoneses da SGM… O máximo que fizeram foi reduzir seu tamanho nos GF… Lembro-me de na adolescência num arroubo de imaginação naval, inspirado no desenho do ‘United States’, sem muita preocupação com a aplicação e desafios técnicos no mundo real do conceito imaginado, ter projetado em cartolina, numa escala 1:1250 um Carrier que visto de cima teria um convés estilo ‘tubarão-martelo’, com a ponte de… Read more »

daltonl

Ozawa… talvez voce não tenha se expressado bem pois sei que voce sabe que a maioria dos NAes japoneses, ao menos a totalidade dos grandes tinham uma “ilha”…o termo “vela” aplica-se a submarinos. O livro “Shattered Sword” inclusive menciona como as pequenas “ilhas” dos NAes japoneses eram “apertadas” dificultando o comando e planejamento de operações e tanto que a tendencia foi aumentar o tamanho das mesmas em NAes construidos mais tarde. Quanto ao United States, reconheceu-se no fim que uma ilha clássica seria mais vantajosa não apenas pelos sensores que incorpora mas também pela chaminé que resulta em melhor escoamento… Read more »

Ozawa

Dalton…

Sem comentários… Pensei ‘ilha’ e repetidamente escrevi ‘vela’…, sorry…

No mais, mesmo sabendo que a redução das ilhas naquela época acarretasse efeitos colaterais supunha que a propulsão nuclear e a nanotecnologia revivessem o conceito nos dias de hoje…

Um Shinano (um monstro de ‘ilha’) não tem a beleza peculiar de um Akagi, mesmo com aquele escapamento de fumaça lateral descedente…

daltonl

Aí é questão de gosto mesmo Ozawa…prefiro o Taiho entre todos os NAes da Marinha Imperial inclusive aquela chaminé inclinada, presente também em outros NAes, foi de certa forma copiada no ultimo NAe convencional da US Navy, o John F. Kennedy de 1968. Vale a pena lembrar que no topo da “ilha” dos NAes da US Navy existem 3 niveis, um para o Almirante que comanda todo o grupo de ataque, o do meio para controle do NAe onde encontra-se o Capitão e o de cima para o Depto Aéreo. A “ilha” do futuro USS Gerald Ford pode ser menor… Read more »

Edgar

[OFF-TOPIC]

France won’t cancel warship deal with Russia

http://www.reuters.com/article/2014/05/12/us-france-russia-mistral-idUSBREA4B05920140512