Parceria naval para manutenção do NAe ‘São Paulo’

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NAe São Paulo ex-PA Foch

O Navio-Aeródromo “São Paulo”, Capitânia da Esquadra da Marinha do Brasil, foi cedido pela Marinha da França, no ano 2000. Este navio foi projetado, construído e mantido pela DCNS durante toda sua vida, quando integrava a Marinha Francesa. Através de um contrato de offset do PROSUB, a Marinha do Brasil (MB) conta com a assistência técnica fornecida por dois experts na Propulsão a vapor e na condução do navio, além de engenheiros acompanhando a manutenção das catapultas. Pedimos ao Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1) Francisco Mont’Alverne Pires, Gerente Técnico junto à Coordenadoria do Navio-Aeródromo, para explicar a atuação destes técnicos junto à MB.

Comandante, poderia descrever as atividades de sua Coordenadoria assim como a atuação dos assistentes técnicos da DCNS dentro da mesma?

– A Coordenadoria do Navio-Aeródromo, integrante da Direção-Geral do Material da Marinha (DGMM), tem como tarefa coordenar as ações de manutenção e modernização do NAe São Paulo. Para tanto, a C-NAe lança mão das Diretorias Especializadas, entre elas: a Diretoria de Sistema de Armas da Marinha (DSAM); a Diretoria de Engenharia Naval (DEN); e a Diretoria de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha (DCTIM), assim como do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), responsável pelas obras no Navio-Aeródromo e a coordenação e supervisão das indústrias brasileiras e estrangeiras subcontratadas. Por se tratar de um navio francês (com tecnologia a vapor), fizemos um contrato com a DCNSpara que a mesma oferecesse assistentes técnicos para nos auxiliar principalmente na propulsão do navio. Esse contrato foi feito através do offset do programa PROSUB.

Hoje, temos dois assistentes técnicos integrados dentro do organograma da Coordenadoria do Navio-Aeródromo. Um engenheiro de propulsão a vapor e um ex-militar da Marinha Francesa, especialista na condução dos navios a vapor. Um complementa o outro, e os dois assessoram a DEN e o AMRJ, acima mencionados, assim como a indústria brasileira, tanto para as operações de manutenção como para o fornecimento de novos equipamentos para modernização. Eles também ficam a disposição da tripulação para os assuntos relacionados a operação de equipamentos e sistema de propulsão.

A12 Poder Naval

Como se passa a relação entre os assistentes e a MB?

– Socialmente, eles são muito bem aceitos e estão muito bem integrados. A MB confia em seus trabalhos. Eles possuem credibilidade. Já estão no Brasil há um ano e meio e, devido à satisfação da Marinha com seus serviços, seus contratos podem ser prorrogados. O sucesso desta relação, tanto profissional como amistosa, nos faz pensar em estender esse tipo de parceria em outros setores, para ganhar em conhecimento e eficiência.

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FONTE: DCNS do Brasil

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