EAS lança debêntures para reduzir custo de dívidas

2

estaleiro-atlantico-sul-em-pernambuco-onde-foi-construido-o-primeiro-navio-do-promef-04-05-2010

ClippingNEWS-PAO Estaleiro Atlântico Sul (EAS) aprovou a sua primeira emissão de debêntures simples para captar R$ 220 milhões com garantias de pagamento de suas sócias Queiroz Galvão S.A e Camargo Corrêa S.A. Aos detentores dos títulos, a empresa pagará juros da Taxa DI (Depósitos Interfinanceiros), que tem sua variação marcada pela Selic, hoje em 11% ao ano. Segundo a empresa, os recursos obtidos com a emissão serão destinados ao reforço de caixa “com vistas a atender os negócios de sua gestão ordinária e o reperfilamento de todas as dívidas de curto prazo da emissora contratadas junto ao Banco Santander (Brasil) S.A”.

Em assembleia de acionistas, a empresa também aprovou a contratação de financiamento à exportação no valor de até R$ 110 milhões no mercado financeiro nacional ou internacional. A EAS divulgou, ainda, que contraiu empréstimo junto ao Banco Itaú BBA S/A, na modalidade Capital de Giro, no valor de R$ 30 milhões. A empresa foi procurada, mas não quis se pronunciar.

Paralelamente, o EAS tenta aprovar o aporte de R$ 400 milhões junto ao Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), que investe em empresas de setores de infraestrutura, como portos.

Depois de entregar três navios, o João Cândido, o Zumbi dos Palmares (em 2013) e o Dragão do Mar (2014), o estaleiro ainda tem muita encomenda pela frente. Dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro, a carteira de contratos ainda inclui 18 petroleiros (10 do tipo Suezmax, com capacidade para 1 milhão de barris, e oito do tipo Aframax, que transportam 800 mil barris).

A empresa tem outro contrato para entregar sete navios-sonda de perfuração em águas ultraprofundas para a Sete Brasil, que serão arrendados pela Petrobras. Segundo relatório anual da Camargo Corrêa de 2013, o EAS apresentou uma recuperação significativa em sua geração de caixa, após as dificuldades iniciais de operação. Em 2013, fechou com receita líquida de R$ 731 milhões, num crescimento de 116% em relação ao ano anterior e um Ebtida (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 38 milhões, resultado quase 10 vezes melhor que o de 2012.

Em agosto do ano passado, a sociedade Japan EAS Investimentos e Participações passou a integrar o capital da empresa, com 33% de participação. Entre as metas para 2014, estão estudos para a ampliação da oferta de serviços do EAS e um acordo institucional de intercâmbio de profissionais para treinamento nos dois países.

FONTE: Jornal do Commercio

Subscribe
Notify of
guest

2 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Observador

Senhores, Uma das regras mais preciosas para a administração de uma sociedade anônima, tal como é o EAS, é seguinte: debêntures (espécie de título de crédito) devem ser emitidas para investimentos e não para tapar buraco (dívidas). Isto porque um dia as debêntures vencem e, se não forem pagas, o credor vai exigir as garantias (como no caso do EAS) ou pior: se forem debêntures conversíveis em ações, o credor pode acabar com mais ações do que o próprio controlador da SA e, então, assumir o controle da empresa. O perigo é que a equipe apaga o incêndio com o… Read more »

juarezmartinez

Caro Observador, a construção naval o Brasil, assim como qualquer industria não va ia lugar algum, muito menos na canetada governamental, enquanto pendurar o atual regime tributário Brasileiro, pois ao contrário do setor automotivo, que conta coma já tradiconal burrice do consumidor Brasileiro que paga carissímo pelos automóveis mais xulepentos do mundo, no setor naval que lida com contas no ponta do lápiz e tem a concorrência asiática fungando no cangote e principalemnte seu cliente normalmente não é imbecil a ponto de pagar mais caro. Querem estaleiros compeitivos, muito bem, reforma tributária e trabalhista, fim do “borsa vagabundagem” e da… Read more »