AgustaWestland fará a integração do míssil FASGW no helicóptero Wildcat
A AgustaWestland recebeu uma alteração do contrato do Ministério da Defesa britânico (MoD) de 90 milhões de libras (US$ 153,8 milhões), sob o qual ela irá integrar as variantes “Leve” e “Pesada” do Future Anti-Surface Guided Weapon (FASGW) nos novos helicópteros Wildcat HMA.2 para pequenos navios da Royal Navy (RN).
Assinado em junho, o contrato de integração foi formalmente anunciada pelo Ministro para Defesa, Equipamento, Apoio e Tecnologia (DE&S) Philip Dunne, em 15 de julho, no Farnborough Airshow. O trabalho deverá resultar em uma capacidade operacional inicial (IOC) a ser atingida para as variantes do FASGW no Wildcat até o final de 2020.
Projetado para substituir o atual míssil antinavio Sea Skua, que será aposentado em 2017, o programa FASGW abraça duas vertentes distintas do programa: FASGW (L), destinada a combater a ameaça de embarcações costeiras pequenas e rápidas de ataque (FIAC), baseada na variante “beam-rider” a laser do Thales Lightweight Multi-role Missile (LMM); FASGW (H), projetada para atacar alvos maiores até o tamanho de corveta, deve ser entregue pela MBDA sob o programa Future Anti-Surface Guided Weapon (Heavy)/Anti-Navire Léger (FASGW[H]/ANL). O FASGW (H)/ANL será conhecido pelo nome de Sea Venom na Royal Navy.
O Ministério da Defesa tentou harmonizar a introdução do FASGW (L) e FASGW (H) no Wildcat HMA.2, através da atribuição de um único contrato de integração para a AgustaWestland. Este trabalho será realizado, principalmente, nas instalações da empresa em Yeovil, Somerset.
Nos termos do contrato, a AgustaWestland vai assumir a responsabilidade pela integração, ensaios e certificação dos dois sistemas de mísseis de acordo com um cronograma de integração conjunta. “Pretendemos trazer ambos à fruição, ao mesmo tempo”, disse Graham Hunter, chefe da equipe Wildcat no DE&S. “Isso evita os custos adicionais que viriam da execução de dois conjuntos de ensaios, lançamentos para o serviço, e certificações.”
“Estamos planejando para conseguir IOC em outubro de 2020”, acrescentou Hunter. “No entanto, temos uma aspiração para mover o IOC para antes desta data.”
A Preliminary Design Review para a integração está prevista para o final de 2015, com uma revisão crítica do projeto a seguir em 2016. “A integração completaria em 2018”, disse Hunter, “a ser seguida por ensaios, colocação em serviço e certificação do tipo.”
Os testes de voo do LMM (FASGW[L]) e Sea Venom (FASGW[H]) são atualmente planejados para ser executados a partir de finais de 2018 até ao final de 2019. Testes serão realizados nas Hébridas a noroeste da Escócia, e possivelmente também na área de testes Aberporth, no oeste do País de Gales.
Na variante FASGW (L), as armas LMM serão transportadas em um lançador quíntuplo (com cada Wildcat capaz de transportar até quatro lançadores); uma unidade de orientação a laser ativo integrado à torreta L-3 Wescam MX-15Di electro-optical/infrared, que apoiará a orientação laser “beam-rider”.
No que diz respeito à FASGW (H), o míssil Sea Venom “é da classe de 110 kg, com velocidade subsônica alta, incorporando um buscador de imagem por infravermelho (com provisões para um canal de orientação a laser semi-ativo adicional), datalink bidirecional para controle do operador “in-the-loop”, e uma ogiva de 30 kg. O alcance será de até 25 km.
O Wildcat HMA.2 será capaz de transportar até quatro lançadores quíntuplos LMM (dois em cada suporte de arma), ou até quatro mísseis Sea Venom (novamente dois em cada suporte de armas). Como alternativa, ele será capaz de transportar uma carga mista de dois lançadores LMM (interior) e dois mísseis Sea Venom (exterior), para máxima flexibilidade da missão.
O contrato de integração FASGW forma uma alteração do primeiro contrato Wildcat existente com a AgustaWestland, através do qual a empresa é contratada para fornecer 62 helicópteros Wildcat para o Reino Unido, compreendendo: 34 variantes AH.1 para uso pelo Army Air Corps (AAC); e 28 aeronaves HMA.2 para a Royal Navy. Um total de 33 Wildcats foram entregues até o momento, dos quais 21 foram para o AAC, e 12 para a RN.
FONTE: Janes.com / Tradução e adaptação do Poder Naval
SAIBA MAIS:
O tempo hoje para o desenvolvimento e integração de mísseis, no Ocidente, é uma verdadeira eternidade.
Haja paciência!
Bosco haja grana hoje em dia.
Joker,
Sem dúvida. Mas com a tecnologia digital e com a capacidade de simulação digital em larga escala, acho mais 6 anos para o IOC de um simples míssil antinavio em helicóptero, um tempo absurdo. Mesmo porque, ele já está sendo desenvolvido há pelo menos 5 anos.
Ao todo serão mais de 10 anos para por o danado funcionando.
Tá ficando difícil pro Ocidente dar conta do recado. A Rússia e a China fazem o mesmo serviço na metade do tempo.
Só de curiosidade, o FASGW (H), denominado na França de ANL, irá substituir o AS-15 TT neste país.