Synergy propõe suspender 3,2 mil empregos no EISA
Francisco Góes
O Synergy Group, do empresário German Efromovich, decidiu suspender o contrato de trabalho dos 3,2 mil empregados do Estaleiro Ilha S.A. (EISA), do Rio, por até 90 dias. Amanhã, às 14h, haverá audiência no Ministério Público do Trabalho, quando o Synergy deve formalizar a proposta aos representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e de empresas de navegação, como a Log-In, que têm encomendas de navios no EISA. Ontem, quando surgiu a notícia, antecipada pelo ValorPRO, serviço de informações em tempo real do Valor, havia dúvidas, porém, se haveria acordo em relação à proposta.
A decisão de suspender temporariamente o contrato de trabalho dos empregados do EISA foi tomada depois que a Caixa Econômica Federal (CEF) negou empréstimo de R$ 200 milhões ao estaleiro, disse Omar Peres, conselheiro do Synergy. O grupo contava com os recursos para fazer o estaleiro voltar a operar depois de dois meses de paralisação. Peres disse que o empréstimo foi negado apesar de o EISA ter garantias reais avaliadas em R$ 680 milhões, valor do terreno onde se situa o parque industrial do estaleiro, na Ilha do Governador. Procurada, a Caixa disse que não iria se pronunciar.
Os empregados do EISA permanecem em licença remunerada e amanhã, às 7h, vão realizar assembleia. Efromovich esteve em Nova York esta semana negociando empréstimo com um fundo de investimentos, mas essas tratativas exigem mais tempo. A estratégia do Synergy é ganhar fôlego para conseguir vender ativos do grupo e capitalizar o EISA, que passa por sérios problemas de liquidez decorrentes de má gestão. Peres disse que tem procuração do Synergy para vender a Petro Synergy, petroleira do grupo que explora campos de petróleo em terra no Nordeste. Os recursos obtidos no negócio seriam aplicados no estaleiro, o qual deve ser vendido pelo grupo.
Os trabalhadores receberam com ceticismo a proposta de suspensão do contrato de trabalho do EISA. Alex Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, criticou a proposta do Synergy. “É um debate que terá de ocorrer, mas a possibilidade de ir por esse caminho é pequena”, disse Santos. Ele criticou o uso de recursos dos trabalhadores, via Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para resolver o problema. Em casos de suspensão de contratos de trabalho, o FAT arca com a maior parte do pagamento aos trabalhadores no período de vigência do acordo.
Santos defendeu um diálogo que envolva os armadores, os quais poderiam assumir as obras e fazer o estaleiro voltar a operar, afirmou. “Esse é um caminho mais rápido”, disse. O presidente da Log-In, Vital Lopes, afirmou que recebeu intimação do Ministério Público do Trabalho para participar da audiência, mas não antecipou a estratégia a ser seguida pela empresa. Ele manifestou “indignação” com a postura de Efromovich na crise do EISA.
FONTE: Valor Econômico
Era uma vez cinco Mururus……..a história se repete, nada que não se tenha avisado…..
Grande abraço
Juarez,
Se a “repetição da história” for como no caso dos Gururus que nos anos 90 eram responsabilidade do Estaleiro Mauá, restará ao AMRJ continuar o serviço.
Mais uma vez o AMRJ terá de safar a onça
Nunão, Comentei sobre essa hipótese aqui faz cerca de 2 semanas e parece que vai ser essa mesma a “solução” para que os 5 NaPa 500 sejam finalizados e entregues ao cliente. O plano original falava em 27 unidades para patrulhar nossa costa e ZEE, mas a cada dia que passa vejo que mais longe fica de cumprir 100% a quantidade um dia sonhada. Sinceramente, se a MB conseguir licitar o terceiro lote já será muito, e não consigo colocar minha no fogo . Tinha tudo para ser um programa modelo (quantidade de embarcações X tamanho da costa, licitação em… Read more »
E olha os nossos NaPas naufragando… Como queremos exportar navios desse porte se nem uma indústria naval competente o organizada nós temos? E olha que não faltam encomendas. Vou dar um exemplo de como a concorrência está anos luz na frente. A Marinha da Gana comprou quatro navios de patrulha do porte dos nossos Grajaú de um fabricante da China. Em menos de um ano (isso mesmo, eu disse EM MENOS DE UM ANO) os quatro já estavam prontos! Só como comparação, um NaPa da classe Grajaú encomendado pela Namíbia e fabricado no Brasil levou quatros anos para ser completado.… Read more »
1) Pensei que a indústria naval estivesse bombando! (modo irônico)
2) O Brasil tem quatro problemas:
a) não tem produtos baratos o suficiente para enfrentar os produtos chineses;
b) não tem produtos com qualidade suficiente para enfrentar os alemães, franceses, ingleses e americanos, sem contar o resto do planeta;
c) tem um câmbio defasado;
d) tem escala de produção.
Então…
… o jeito é exportar banana.
d) não tem escala de produção.
Senhores,
Todo mundo sabia que ia dar nisto mesmo.
(Re)criar um setor industrial inteiro, do nada, com a injeção de dinheiro público para um bando de aventureiros só podia dar nisto.
Tudo em que o (des)governo do partidinho põe a mão, cai de podre.
Por falar nisto, como anda a história do financiamento do subnuc brasileiro? Ouvi que o governo parou de colocar dinheiro e agora a MB
…e agora a MB está arcando com a conta sozinha.
Caríssimos o problema é o Grupo Sinergy e sua administração de caixa.
Faz 2 meses que eles fecharam a Sênior, uma das principais prestadoras de serviço de taxi aéreo no Offshore brasileiro. A empresa não “dava” lucro. Raspavam tudo, tirando o fôlego do giro da empresa. Devem ter feito o mesmo no estaleiro conforme tudo indica.
“Corsario137
7 de agosto de 2014 at 21:34 #”
Caro colega …. discordo.
Estão todos quebrados.
Vender para “elles” significa …. quebrar.
“Mais uma vez o AMRJ terá de safar a onça.”
Só a onça??? Sei não mas acho que será o zoológico inteiro, pois não tem mais o estaleiro alemão.
Uma coisaque nao entendi (não havia lido a materia) o EISA tem encomendas da Log in e da Traspetro, entre outras (Não copiei tudo por prigrissa) Não sei pq a peucupação de um mixuruca Mururu no meio da carteira deles, observar: 9464429 ABREU E LIMA 2014 30,000 47,000 Products Tanker PDV Marina SA Launched 9315630 710000310 ALCANTARA 2004 401 304 Tug Tugbrasil Apoio Portuario SA In Service / Commission 8920490 AMONTE 1995 25,924 44,139 Crude/Oil Product… Providence Shipping Corp Broken Up 9635523 ASTRO TAMOIO 2014 2,200 3,000 Platform Supply Ship Owner Unknown Launched 9630705 710000518 ASTRO TUPI 2013 2,025 2,093… Read more »
MO! A solução para eles está na página dois do contrato paragrafo primeiro:
Ali diz em letras miudinhas, o horário dos vôos para Pequim e Seul……
Grande abraço
é Juarez, mas é o tal negocio tem muita, mas muita (pouca) gente que acredita no Renassimento (até o cimento eh fuleiro) da reconstrussaum navu du Bazeu … ta ai .. cade é mas não é muito né …
Guilherme Poggio
7 de agosto de 2014 at 17:40 #
E olha os nossos NaPas naufragando…
Como queremos exportar navios desse porte se nem uma indústria naval competente o organizada nós temos? E olha que não faltam encomendas.
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O Poggio disse tudo nesse comentário acima.
É assim que queremos construir as CV-03? É assim que queremos fazer as fragatas do PROSUPER em estaleiros privados?
É essa a “indústria naval brasileira renascida”?
Alguém poderia aqui dar uma geral no programa dos NaPa 500? Quantos eram previstos, quantos foram encomendados, quantos estão prontos?
Luiz Blower, Segue uma rápida “geral” do programa, conforme solicitado: A intenção da Marinha é obter até 46 navios-patrulha de 500 toneladas, conforme o programa de reaparelhamento naval divulgado pela própria MB. http://www.marinha.mil.br/programa-de-reaparelhamento Embora, anteriormente (em 2009) se falasse de um número menor, de 27 unidades: http://www.naval.com.br/blog/2009/10/08/mais-navios-patrulha-de-500-toneladas/ Há apenas dois prontos e em serviço (construídos pelo INACE) e cinco em construção (no EISA). Aliás, esse link logo acima é justamente da assinatura, em setembro de 2009, da construção de 4 navios do tipo no EISA, que em 2012 foram elevados para cinco com um termo aditivo. Esses cinco que estão… Read more »
Muito obrigado, Nunão!
Pois é, tá feia a coisa. Para efeito de comparação, os destróieres T45, considerados um programa problemático com aumento de custos e prazos, demoraram em torno de 6 anos pra ficar prontos…
Reitero,
lamento pelos trabalhadores, diretos e indiretos, mais os pequenos fornecedores que vendem o almoço para comprar a janta.
Espero que alguém incorpore/assuma e as encomendas mantidas para o bem dos acima citados.
Aos Tubarões, todos …. sem exceção …. a forca é pouco.
Que pena, mais um grande grupo privado nacional entrando em quebradeira, isso é péssimo para todo mundo.
Agora que estávamos ao menos fazendo nossos navios Patrulha !!!
🙁
em tempo, mais um dos nossos =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/08/nm-fernao-de-magalhaes-ppyz-nossos.html
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