Marinha Indiana incorpora o destróier INS Kolkata
O destróier de mísseis guiados indiano INS Kolkata, construído em Mumbai, deve ser incorporado na terceira semana de agosto, em cerimônia na qual estará presente o primeiro ministro Narendra Modi.
O INS Kolkata é o maior navio de guerra de projeto indiano construído no país pelo Mazagon Dockyards Limited. O navio que desloca 6.800 toneladas, representa um grande salto na tecnologia de construção naval indiana.
O destróier é a primeira unidade de três navios “Project 15A”, lançadas ao mar entre 2006 e 2010. O INS Kolkata, em março de 2006, o INS Kochi em setembro de 2009, e o INS Chennai em abril de 2010. Eles deveriam ter entrado em serviço entre 2008 e 2012. Entretanto, numerosos sistemas, particularmente os mísseis e a parte ucraniana do sistema de propulsão sofreram atrasos e acabaram afetando o término da construção dos navios. O INS Kolkata só começou os testes de mar em 2013.
Durante os testes de mar, vários problemas nas máquinas surgiram e o navio teve que voltar ao estaleiro para reparos. A entrega oficial à Marinha Indiana foi então adiada do verão de 2013 para o verão de 2014, quase 9 anos após o lançamento.
O Kolkata teve problemas também com o sistema de mísseis antiaéreos Barack 8 que foram solucionados, mas ainda não foram entregues mísseis em número suficiente para mobiliar todas as 64 células do navio. O carregamento total de mísseis deve ocorrer em 2015.
Espera-se que os três navios da classe estejam operacionais com a Marinha Indiana em 2016.
O armamento anti-superfície é robusto, com 16 células VLS de mísseis Brahmos, supersônicos de longo alcance, para emprego antinavio. O navio conta também com dois helicópteros antissubmarino (ASW), dois lançadores de foguetes antissubmarino RBU-6000, lançadores de torpedos e uma suíte sonar.
Destaca-se nos navios dessa classe o radar AESA e o sistema de gerenciamento de batalha que vai aumentar significativamente a defesa aérea no mar. Os mísseis superfície-ar de longo alcance (LRSAM) Barak 8 têm alcance de 70km.
Os sistemas de projeto indiano a bordo incluem o sonar de casco de nova geração HUMSA-NG e o sonar rebocado “towed array” Nagin.
Cada navio custou o equivalente a US$ 1 bilhão e eles serão usados como escolta para os novos navios-aeródromos indianos, o INS Vikramaditya e o INS Vikrant (em construção).
Versão melhorada Project 15B
Em janeiro de 2011 o Indian Cabinet Committee for Security aprovou a construção de mais quatro unidades da classe “Kolkata” melhorada, a Project 15B. Os novos navios terão o mesmo casco e a maioria dos sistemas, mas terão muitas melhorias. Mudanças na superestrutura vão melhorar a furtividade (stealth) e terão melhor supressão de ruído e assinatura infravermelha. O deslocamento vai aumentar para 7.200 toneladas.
Os Project 15B serão armados com os mísseis de cruzeiro de ataque terrestre Nirbhay, com 1.000km de alcance, os mísseis Brahmos II de 300km de alcance e mísseis superfície-ar de alcance estendido (ER-SAM) de 100km de alcance.
A construção da primeira unidade Project 15B, INS Bengaluru, deve começar em 2016.
Pelo geito por lá também rola atrasos e problemas nas construçoes navais. Mas bem que se fosse por aqui este atraso para recebermos mesmo que as futuras corvetas (que se construam umas 20 após as 4 iniciais) no estado da arte,estariamos rindo à toa.
Sds. Que bichao hein!!
Uau! 16 Brahmos e 64 Barak 8! De responsa! Agora, eu acho que o Barak 8 ainda não está operacional. O “problema” com ele é esse. O Barak 8 será o segundo sistema de mísseis sup-ar que irá incorporar um seeker terminal duplo, contando com um radar ativo e um sistema de imagem IR. Um sistema “semelhante” é usado no Standard SM2 Block IIIB, que usa um seeker de radar semi-ativo e um de IIR. O terceiro na lista será o Stunner, que irá compor o sistema David Sling. Com os aviões com assinatura radar cada vez menor e com… Read more »
Ops!
Cometi uma injustiça esquecendo do RAM. Ele tem um seeker duplo composto por um sensor de imagem térmica e um sistema passivo de RF.
Há também outros mísseis sup-ar que pode-se dizer terem seeker duplo, como no caso dos mísseis guiados por radar (ativo ou semi-ativo) e com capacidade HOJ (home on jam), que no caso de estarem sobre interferência eles inibem o radar e passam a seguir a fonte de RF interferente.
Exemplos são o Slamraam e o Standard SM-2.
No Google você filtra a busca orgânica por Web, Notícias, Imagens …. e agora, a nova aba joseboscojr.
😀
Off topic :
http://www.rtve.es/noticias/20140815/canal-panama-maravillas-ingenieria-mundial-cumple-cien-anos/992245.shtml
e a MB querendo contruir novas “Barroso”…
sabe de nada inocente !!!!!!!!
pelo Jeito a aquisição de novas embarcações afundou em alto mar… ou não ?!?!
o projeto foi paralisado ou esta em andamento ?!?!
Nein, afundou na escivaninha / mesa de trabalho de alguem, possivelmente virou (o verso) papel de rascunho ou algo do tipo …. (metaforicamente falando, claro …)
wwolf22
Quanto ao programa de novas corvetas, nossa informação é de que está em andamento, atualmente na fase de projeto detalhado, que começou neste ano e ainda tem alguns meses de prazo para ser finalizada, antes de passar para a fase seguinte.
Quanto ao programa de novas fragatas e outros navios (Prosuper), está há tempos com relatório de avaliação pronto, entregue e aguardando decisão da Presidência da República (assim como o F-X2 da Aeronáutica ficou aguardando…).
Dando continuidade à aba JBJ, rrss Combinar sensores terminais em mísseis têm várias vantagens, tais como maior resistência às CME, maior capacidade de detecção, opção de usar um sensor específico para uma situação específica, maior capacidade de identificação do alvo, etc. Outros exemplos de mísseis que a exemplo do Barak 8 têm sensores duplos ou até triplos: JAGM – RA + IIR + LSA SDB II – RA + IIR + LSA LRASM – RA + IIR + PRH (?) Submunição BAT – IIR + RA Submunição SADARM – RA + IIR Submunição Skeet – RA + Ladar AARGM –… Read more »
Rsrsrsrs,
MO, até pode ser para a papelada do relatório do Prosuper, vai saber… 🙂
Mas, no caso das corvetas, há um trabalho de projeto detalhado devidamente licitado e contratado, e com prazo até novembro para ser entregue.
São as Arleigh Burkes indianas! E que mescla de sistemas. indianos, russos, israelenses e ucranianos. Desafio de integração, talvez por isso o atraso. Mas no final conseguiram.Parabéns à eles, aparenta ser um dos mais poderosos destroieres da atualidade.
Abraços
Há informações na web discordantes acerca do Barak 8 ter um sistema duplo de orientação. Algumas fontes só se referem a ele ter um radar ativo de varredura eletrônica AESA. Quanto à referência no artigo sobre o Brahmos II, dele ter alcance de 300 km, o Brahmos “convencional” também tem. A diferença entre os dois é que o Brahmos II será hipersônico usando propulsão scramjet, enquanto o Brahmos é supersônico (propulsão ramjet). Será interessante sabermos o impacto que um míssil hipersônico trará nos sistemas de armas navais. O que se sabe é que mísseis cruise hipersônicos voam a mais de… Read more »
O objetivo de aumentar a velocidade dos mísseis (supersônicos e hipersônicos) é reduzir o tempo de reação da defesa e dificultar a interceptação. Em tese é mais difícil de interceptar um objeto voando a 600 m/s que um a 300 m/s. Isso até é verdade, principalmente se o tal objeto estiver atravessando sua linha de visada, é por isso que um soldado em combate muda de posição de trás de um obstáculo para outro, correndo e não andando. No caso de mísseis antinavios, independente dele estar subsônico, supersônico ou hipersônico, ele estará se aproximando de frente, ou seja, para todos… Read more »
A questão que tenho repetido é: o que consta do dito relatório do PROSUPER. Dir-se-á que é sigiloso e que houve mais cuidado do que com o do FX-2; Ok, mas o que constas das propostas? E não estou falando nem do preço, mas de pacotes ( propulsão, armas, radares etc…) No FX-2 ao menos se tinha conhecimento de alguns detalhes. Nestes das escoltas, pouco sabe ( ou se divulga)
Bosco! O comandante LM estes dias deixou nas “entrelinhas” que o sistema que poderia ser escolhido como defesa de ponto para corvetas seria uma reparo twin 40mm. Tu poderias traçar um paralelo sobre efetividade deste em aoMilenium, além evidentemente da diferença de calibre??
Grande abraço
Em tempo – mais um dos nosdso (eu não conhecia !)
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/08/psv-sea-brasil-ppwq-maiden-call-no.html
7 photos
Juarez, Esse comentário que fiz num outro post acho que é bem interessante pra gente ter uma base: http://www.naval.com.br/blog/2013/12/05/estaleiro-e-base-de-submarinos-de-itaguairj/ “Como a eficiência de sistemas antimísseis que usam o conceito “control kill” é diretamente proporcional a quantidade de fragmentos por unidade de tempo, os canhões que adotam projéteis de fragmentação e explosão aérea podem ser assim classificados: Super Rapid de 76 mm: o projétil pesa cerca de 6,2 kg e o canhão tem uma cadência de 120 t/min, o que equivale a cerca de 24 quilos em 2 segundos. O Bofors 57 mm calça um projétil de 2,3 kg e tem… Read more »
Uma munição 3P de 40 mm, na função antimíssil, usa uma espoleta de proximidade por RF, que é acionada no caso do projétil errar o alvo e passar por ele lateralmente, fazendo a carga explosiva detonar, o que projeta 1100 “fragmentos pré-formados” (bolinhas de tungstênio) numa configuração anelar. Ou seja, mesmo que a espoleta funcione adequadamente, no máximo 1/4 dos fragmentos irão atingir o alvo. Já a munição AHEAD de 35 mm não tem espoleta de proximidade e sim uma espoleta de “tempo”, que faz uma pequena carga explosiva “abrir” o projétil num preciso ponto do espaço. Esse projétil aberto,… Read more »
Só posso concordar com os amigos, “joseboscojr” deveria ser um padrão a ser alcançado em comentários.
Lance um video blog Mestre Bosco!
Debata alguns tópicos para o delírio e alegria dos “Padawans”!
Grande abraço!
Luiz Ricardo, o aprendiz
Quem sabe sabe, e quem sabe de sistemas de combate e navais são o Bosco e o Dalton eu, bom eu, me atrevo a falar de logística e de graxa.
Grande abraço a todos em especial aos mestres Bosco e Dalton
Que isso pessoal!
Fico lisonjeado, mas todos temos nossas preferências e eu aprendo muito com todos aqui.
Um abraço a todos.
Alguém tem nutiça das CV03 Improved Barroso ???
Sds.Eduardo o observador aprendiz.
Grato Juarez…mas o que entendo mesmo é do meu
adorado “Seaview”, não à toa e´meu avatar 🙂
Algo nele me lembra os Diamond britânicos, acho que as janelas da ponte e onde ficam os radares…
Muito lindo esse navio !!
Enquanto isso, no Brasil…
“eduardo.pereira1 18 de agosto de 2014 at 16:53
Alguém tem nutiça das CV03 Improved Barroso ???
Sds.Eduardo o observador aprendiz.”
Eduardo,
Já fizeram essa pergunta nos comentários desta matéria mesmo.
Vá um pouco mais pra cima nesta mesma lista de comentários, e verá respostas nos meus comentários do dia 15, às 9h59 e às 13h05.
Valeu Nunao, realmente, eu já havia até lido,mas, na ansia de obter novas informações eu me esqueci .
Sds.