Navio classe ‘Mistral’ construído para a Rússia realizou provas de mar
O navio Vladivostok, com cerca de 200 marinheiros russos, realizou provas de mar entre 13 de setembro e esta segunda-feira com uma tripulação russa, e tem outras programadas com uma segunda tripulação
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Reportagem publicada pela RIA Novosti nesta segunda-feira, 22 de setembro, informou que o porta-helicópteros* Vladivostok, da classe “Mistral”, finalizou nesta manhã uma série de provas de mar com a primeira tripulação de cerca de 200 marinheiros russos. O navio deixou o porto francês de Santi-Nazaire para os testes em 13 de setembro, e tem outra saída programada para esta terça-feira com sua segunda tripulação a bordo, segundo uma fonte da RIA Novosti.
A Rosoboronexport russa assinou um contrato de 1,2 bilhão de dólares com o estaleiro francês DCNS para a construção de dois navios classe “Mistral”, em junho de 2011. O primeiro, o Vladivostok, tem entrega programada para a Marinha Russa em 2014, enquanto o Sevastopol deverá ser entregue em 2015. Apesar dos Estados Unidos serem contra o negócio, a empresa francesa insistiu que as sanções ocidentais impostas à Rússia não poderiam proibir a construção e entrega dos navios para o país, segundo a reportagem.
No início deste mês, a França ameaçou mais uma vez suspender a entrega dos navios, relacionando essa decisão à crise na Ucrânia, alegando envolvimento direto russo na mesma. Mais tarde, porta-voz do governo francês disse à RIA Novosti que a entrega não estava oficialmente suspensa e que o presidente francês François Hollande estava apenas delineando sua postura política. Hollande disse que não aprovaria a transferência do navio em novembro a menos que a situação na Ucrânia melhorasse. Depois, afirmou que tomaria essa decisão no final de outubro, acrescentando que haveria duas condições para tanto: um cessar-fogo na Ucrânia e uma resolução política do conflito.
FONTE / FOTO (creditada à Reuters): RIA Novosti – tradução e edição do Poder Naval a partir de original em inglês
*NOTA DO EDITOR: a nomenclatura segue o original da reportagem em inglês (helicopter carrier), embora essa classe seja usualmente chamada na França de navios de projeção e controle (BPC) e nos EUA de plataforma de pouso para helicópteros (LPH) e, no Brasil (apesar de não possuir nenhum, constando apenas de planos para o futuro), de navio de propósitos múltiplos (NPM), por ser dotado tanto de convoo para operação de helicópteros quanto de doca alagável à popa, com hangar e garagens para veículos e acomodações para tropas no interior.
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“(…) que a entrega não estava oficialmente suspensa e que o presidente francês François Hollande estava apenas delineando sua postura política. Hollande disse que não aprovaria a transferência do navio em novembro a menos que a situação na Ucrânia melhorasse. Depois, afirmou que tomaria essa decisão no final de outubro, acrescentando que haveria duas condições para tanto: um cessar-fogo na Ucrânia e uma resolução política do conflito…” Deus Todo Poderoso ! Quanta desfaçatez e sinismo diplomático ! Como disse um ex Oficial-General da FAB numa entrevista à RFA há alguns anos e nunca mais me esqueci dessa frase: “A política… Read more »
Os Franceses bem que gostariam de entregar – mas nao existem condições de honrar a encomenda.
“…embora essa classe seja usualmente chamada na França de navios de projeção e controle (BPC) e nos EUA de plataforma de pouso para helicópteros (LPH).”
Nos EUA seria chamada de LHD porque há uma doca alagável enquanto que um LPH não possui uma, como era o caso da classe Iwo Jima já retirada de serviço.
A fonte da noticia já diz tudo: Ria Novosti e ainda parafraseando declarações de seus amigos e co autores da tencologias plug and play, os Franceses.
Eu finjo que te engano e tu finje que acredita….
Grande abraço
Se a frança suspender a entrega, continua de parabéns e mostrando uma política externa firme.
Se não suspender e utilizou de declarações politiqueiras, vai entregar e vai cair em maus lençõis economicos de seus pares europeus.
os paises Balticos e na regiao do Mar Negro – e o Japao todos sao contra a entrega.
com o Putin no poder – e a estrategia de invadir os seus vizinhos enquanto finge que nao esta fazendo nada, a Russia deixou de ser um comprador de armas da Europa.