Marinha apresenta seus Projetos Estratégicos em palestra na Defesa
Brasília, 08/11/2014 – Os principais projetos que estão sendo desenvolvidos pela Marinha do Brasil foram detalhados nesta quarta-feira (8) para o ministro da Defesa, Celso Amorim. Entre os temas apresentados durante palestra, o destaque ficou por conta da construção do Núcleo do Poder Naval, composto por programas de modernização como o de desenvolvimento de submarinos convencionais e de propulsão nuclear. Esse projeto tem como objetivo fortalecer a indústria de defesa e aumentar a capacidade da Força Naval na proteção e preservação da chamada “Amazônia Azul”, área oceânica de 4,5 milhões de km² que concentra riquezas naturais importantes, como o petróleo da camada do pré-sal.
Para o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) do Ministério da Defesa, general José Carlos De Nardi, os investimentos na indústria naval estão prontos para serem executados e irão favorecer o crescimento do país. “O mais importante é termos o projeto para, à medida que o governo acionar o sinal verde, se possa evoluir para a construção”.
Na linha de fortalecimento do Poder Naval, alguns projetos tiveram destaques na reunião ministrada pelo diretor de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha, almirante Roberto Gondim Carneiro da Cunha (foto), como: os Programas de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e de Construção de Corvetas Classe “Barroso”. Além dos Programas de Obtenções de Navios-Patrulha de 500 toneladas, de Meios de Superfície (PROSUPER), de Navios-Aeródromos (PRONAe) e de Navios-Anfíbios (PRONAnf).
Na ocasião, o general De Nardi destacou ainda que esses projetos irão movimentar a economia nacional e expandir o poder de dissuasão da Defesa brasileira. “O aumento do número de empregos é um ponto relevante, e o mais importante é o poder de dissuasão desse grande país chamado Brasil, já que só cinco países no mundo detêm a capacidade de ter um submarino nuclear. Nós seremos o sexto”, acrescentou o general.
O comandante da Marinha, almirante Moura Neto, acrescentou que o Brasil irá desenvolver o míssil superfície-superfície Mansup, que estará pronto a partir de 2017. “Esse míssil atinge 40km de alcance e esses armamentos puxam para si tecnologias mais avançadas. Não adianta ter um míssil de longo alcance se eu não tiver um radar que detecte o avião ao longo alcance”, disse o comandante da Marinha.
Como parte de um ciclo de palestras, que teve início em setembro com a apresentação do Exército, para o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), a Marinha foi a segunda Força a expor seus programas. A próxima será a Força Aérea Brasileira.
Além de Amorim e De Nardi, participaram da apresentação o Comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; o almirante Ademir Sobrinho, chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa; o general Menandro Garcia, chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa; o brigadeiro Gérson Machado, chefe de Logística do Ministério da Defesa; o general Joaquim Silva e Luna, chefe da Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa; Murilo Marques Barboza, secretário de Produtos de Defesa; e o almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão, diretor geral do Material da Marinha.
FONTE: Ministério da Defesa / Arte: Pedro Dutra/Ascom MD / Foto: Tereza Sobreira
NOTA DO PODER NAVAL: o general José Carlos De Nardi cometeu um equívoco, na verdade o Brasil será o sétimo país a ter um submarino com propulsão nuclear, pois a Índia está na nossa frente.