Marinha do Brasil compra mísseis AM39 e SM39 Exocet da MBDA
A Marinha do Brasil adquiriu diversos sistemas de armas da MBDA France. Dentre estes sistemas, estão os mísseis antinavio AM39 e SM39 Exocet (lançado de submarino).
DIRETORIA DE SISTEMAS DE ARMAS
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE
DE LICITAÇÃO N 9/2014
Processo n 63435.003694/2014-51. Objeto: Aquisição de Sistema de Armas. Contratada: MBDA France. Fundamento Legal: Inciso I do art. 25 da Lei 8.666/1993. Valor: 131.739.000,00 EUR. Ratificação em 27/10/2014 pelo VA ALIPIO JORGE RODRIGUES DA SILVA (Diretor).
COLABOROU: Luiz Monteiro
Sera que essa leva ja vem com os motores brasileiros ??
Prezado Roberto Bozzo,
Agora que vi sua pergunta no outro post. Vou responder neste, pois é sobre o tema.
A maior parte do valor deste contrato é para os mísseis Exocet.
Foram adquiridos um lote inicial de mísseis Exocet das versões lançadas por aeronaves (AM39) e por submarinos (SM39).
A quantidade eu não posso informar. Contudo, está incluso o treinamento, os lançadores e mísseis inertes da versão aerotransportada (AM39) e casulos/torpedos para a versão SM39.
Esta é apenas a primeira novidade. Algumas outras virão. Assim que puder, tenho certeza de que o Poder Naval irá informá-los.
Abraços
Meus caros, por favor me esclareçam. Eu tenho visto grande investimento nos Exocet, feito pela MB, mas sempre as notícias são em versões ASM ou até mesmo Sub.
Existe algum motivo que impeça a Marinha de colocar mais lançadores nos navios de superfície? Algo como 4 tubos por Corveta ou 8 em cada Fragata.
Abs
Guizmo, os mísseis são muito caros e quando ficam embarcados a vida útil deles diminui, não é a mesma quando eles ficam armazenados no Centro de Mísseis.
Guizmo, Não sei se você está se referindo a grande investimento de maneira geral ou específica, então é melhor tratarmos caso a caso para ficar claro. Este investimento anunciado agora, de compra, é das versões lançadas por aeronave (AM39) e por submarino (SM39). Um para substituir versões antigas analógicas que eram lançadas por helicópteros Sea King que já saíram de linha, e outra para inaugurar uma capacidade (lançamento por submarino) Outro investimento, de remotorização, está sendo feito em exemplares adquiridos ao longo dos anos da versão lançada por navios de superfície (MM40), empregada em nossas fragatas e corvetas, para estender… Read more »
em tempo ==
um classe Sammax batch I – 94.000 tons …
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/10/ms-maersk-lavras-vrjh6-21042014.html
Oi Galante, obrigado pela resposta. Compreendi agora.
Nunão, por investimentos me referia a esta notícia somada a da remotorização, que acompanhei aqui há alguns meses.
Mas deu pra entender, em situações de conflito, os meios de superfície da MB teriam em tese condições de absorver mais lançadores……algo como as antigas Meko 360 (8 lançadores)…
Abs a todos
…..e obrigado por sua resposta tbm, Nunão
Galante, nao entendi quanto ao armazenamento dos mísseis… vc diz que um míssil embarcado num navio tem a vida útil menor do que um míssil guardado no “deposito especifico”.
A MB nao possuem um contêiner (movel/fixo)com as mesmas caracterizas de um “deposito especifico” para mísseis que possam ser acondicionado no navio ou numa base aérea ???
wwolf22,
O contêiner / lançador do navio preserva o míssil, evidentemente, mas não faz milagre.
O próprio contêiner está exposto ao sol, chuva, salpicos do mar, variações bruscas de temperatura, sofrendo também com toda a movimentação do navio (caturro / balanço) e sempre haverá limitações em relação ao que esse contêiner / lançador consegue isolar desse ambiente externo agressivo o míssil que abriga, mantendo as condições internas propícias à durabilidade dos sistemas eletrônicos e propelentes sensíveis, quando comparado a um depósito em terra firme, onde é muito mais fácil o controle e isolamento.
Cm. Luis Monteiro, agradeço a atenção…. mas agora fiquei curioso sobre as novidades que possam vir. É possível adiantar algo ?
Nunao, grato pela resposta…
Mas nao ha um container especifico para armazenamento/condicionamento eficaz do míssil em navios ??
como se fosse uma geladeira, tira a “carne” apenas na hora de servir… se não for “consumida”, fica la na geladeira sem preocupação de fatores externos… algo similar a um deposito em terra…
outro ponto que nao entendi foi referente ao balanço em alto mar… como o balanço poderia prejudicar a vida útil do míssil ???
wwolf22, O contêiner que armazena o míssil Exocet no navio é o próprio lançador. Ele tem características que isolam o míssil do ambiente externo. Diferentemente de outros mísseis menores e mais leves, não há lógica em ter um volume desses armazenado num paiol específico e ter que transportá-lo para um lançador. Sobre balanço e caturro, você precisa entender o conjunto das coisas, e não fatores isolados. Em primeiro lugar, creio que é óbvio que um objeto tecnológico guardado num local estático sofre menos do que um que fica num local que se move em vários sentidos, repetidamente, mesmo tendo sido… Read more »
agora sim Nunao, obrigado por esclarecer as minhas duvidas mais uma vez… abs
Pergunta: POR QUÊ a insistência num míssil que, mesmo modernizado, tem alcance e poder de destruição MUITO inferiores a similares disponíveis no mercado, como o Harpoon, o RBS-15 e o OTOMAT? Só porque é FRANCÊS??
Prezado amigo Cançado, sei que você está cansado do Exocet, mas eu vejo assim:
A MB foi uma das primeiras Marinhas a adotar o Exocet, quando este estava entrando em serviço. Naquela época, os americanos não queriam nos vender nada sofisticado, por isso optamos por fragatas inglesas no lugar das americanas.
De lá pra cá, criou-se uma cultura de uso do Exocet e é difícil romper com ela, tendo em vista outras questões, como as de financiamento.
E o Exocet tem uma grande vantagem sobre o RBS-15 e Otomat, é provado em combate.
a.cancado, As versões compradas são as lançadas por aeronaves (helicópteros na MB) e submarino. Não há o que se reclamar do Exocet dessas versões. São plenamente satisfatórias, e no Ocidente, só o Harpoon e o Exocet são compatíveis com tubos de torpedos. Ou seja, não há muito pra onde correr. O Harpoon tem mesmo maior alcance, mas tanto na versão lançada do ar quanto de submarinos, isso não faz muita diferença. Faria diferença se fôssemos atacar com aviões e mísseis uma frota capitaneada por um porta-aviões plenamente operacional, com caças e com aviões radar. Aí, seria interessante um míssil de… Read more »
Ficou em 70km o MANSUP. O que me consta, só usamos o MM40 block 1, e o MANSUP é uma versão brasileira mais moderna deste na prática.
Não quer dizer que um míssil antinavio lançado do ar de maior alcance seja irrelevante. Tendo o míssil maior alcance, permite que o alvo seja atingido a uma distância maior, claro. OU seja, se um avião com alcance de 500 km for atacar um navio com o SM39, o navio teria que estar a no máximo 550 km. Se o mesmo avião for atacar um navio com o Harpoon, o navio pode estar a cerca de 700 de distância, já que o alcance do míssil se soma ao alcance da aeronave. Nisso é relevante, mas quanto à sobrevivência do vetor… Read more »
Por estas e outras podemos pensar que o MANSUP está muito atrasado? Não iriamos importar se temos que ativar a fabricação, com encomendas significativas. Protótipos não servem para equipar os navios que possuem lançadores da família EXOCET.