Navio de Desembarque Doca ‘Ceará’ finaliza PMG com êxito
O Navio de Desembarque-Doca (NDD) “Ceará” finalizou com êxito o seu Período de Manutenção Geral (PMG) em novembro de 2014.
Entre os principais serviços realizados durante esse período, destacam-se: a revisão geral dos sistemas de propulsão e de geração de energia; manutenção dos sistemas de detecção e de armas; reparos estruturais, incluindo a substituição de todo o convés de voo²; bem como a implementação de diversas melhorias, visando aprimorar as condições de habitabilidade e o bem-estar da tripulação.
Atualmente, como é previsto após longos períodos de reparo, o Navio realiza a sua Inspeção Operativa, conduzida por uma Comissão de Inspeção e Assessoria ao Adestramento (CIAsA), designada pelo Comando-em-Chefe da Esquadra, com o propósito de avaliar as suas condições operacionais e de segurança, além de contribuir para elevar o grau de adestramento da tripulação. É esperado que esta fase esteja concluída até dezembro deste ano, quando o NDD “Ceará”, após a aprovação nessa inspeção, poderá voltar a participar de exercícios e operações da Esquadra, inclusive as de apoio ao contingente brasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a MINUSTAH.
Para 2015, em continuidade ao programa de manutenção do Navio, está prevista uma docagem de rotina, visando complementar os serviços realizados durante o PMG, em especial no sistema de lastro¹, o que lhe possibilitará operar de forma plena, realizando a sua tarefa principal de recolher e lançar embarcações de desembarque³ e viaturas anfíbias, contribuindo, assim, para a capacidade da Marinha do Brasil de projetar poder sobre terra.
Observações:
*1 – lastrado, chega a 18.000 toneladas de deslocamento;
*2 – utilizada para estacionamento de aeronaves ou para transporte de cargas; e
*3 – lancha com capacidade para 17 passageiros e Embarcação de Desembarque de Viaturas e Pessoal (EDVP) para 36 passageiros.
FONTE: Marinha do Brasil, via Blog Estratégia Global
Na falta de coisa melhor, bacana.
Assim ele continua capacitado a continuar ancorado no AMRJ , poucos sabem, mas ficar ancorado no porto por longos períodos implica em desgaste do casco e problemas no maquinário por falta de uso.
Sim, um desgaste terrível principalmente para a âncora e o cais! Thomas, desculpe-me ser chato nesse quesito, ao estilo MO, mas não se ancora / lança ferros junto a um cais. Se atraca. Quanto ao desgaste e problemas por falta de uso, você está coberto de razão. Esperamos que os trabalhos feitos durante o longo PMG tenham resolvido essas questões e o navio consiga operar a contento por mais alguns anos antes de ser desativado – já que é óbvio que este foi o último PMG da sua longa carreira na MB. E que um substituto seja adquirido a tempo.… Read more »
se atraca – é verdade ! 😀
Seria ótimo se a US Navy desse baixa em um ou dois dos Harpers Ferry e transferisse eles para a MB … que beleza que seria.
A MB tá caindo aos pedaços, essa é a realidade, praticamete mais de 70% dos navios já deveriam ter dado baixa; Fragatas, docas, tanque,NAe,minagem,NDCC…se formos realmente dixar somenteos que tem ainda algum valor militar , não sobra quase nada, triste situação, o governo têm dinheiro…..mas enfim, vamos assistindo o fúneral passando.Abçs
Thomas
os “Harpers” estão com menos de 20 anos e em nenhum momento a US Navy propôs ao Congresso livrar-se deles.
O que a US Navy propôs uns 2 anos atrás foi a retirada de serviço de 2 “Whidbey Island”, os “Harpers” são derivativos deles, talvez daí a sua confusão.
A nova proposta agora será retirar 3 Whidbey Islands mas para moderniza-los, sem muita pressa e manter os demais 5 além dos 4 “Harpers”.
O que sobra de compra de oportunidade para a MB? O Siroco, segundo dizem é do Chile. Onde podemos então buscar um NDD?
Eventualmente alguém posta sobre os “Austins” que estão na reserva da US Navy…alguns já foram canibalizados para manter o USS Denver que foi descomissionado em setembro último com 46 anos e
está igualmente na reserva.
Também fala-se dos LPDs italianos de tamanho relativamente modesto classe San Giorgio que deverão ser substituídos no futuro próximo.
Não vejo nada de concreto !
O estado de conservação pode ser uma incógnita perigosa, mas o San Giorgio (L9892) e o San Marco (L9893) são opções interessantes para a MB, principalmente com os compromissos com a ONU.
Sds.,
Ivan.
Ivan, eu acho que estes navios não tem doca alagável e nem uma rampa que dê acesso direto ao mar com os NDCC Sabóia.
Grande abraço
Juarez…
eles possuem sim e podem acomodar até 3 LCMs ou
MTMs italianas, tanto que são corretamete classificados como LPDs..
abraços
Se eu não estiver enganado, o próprio LM já comentou aqui sobre os San Georgio serem uma opção.
Juarez, Desculpe a demora. Os navios San Giorgio (L9892) e San Marco (L9893) foram lançados com algo parecido com múltipla personalidade… como um multitudo em um casco relativamente pequeno. Tinham um canhão de Compacto de 76mm no castelo de proa e portas frontais como um LST, ao mesmo tempo que tinham um convoo e um deck alagável (com respectiva porta na popa. De forma racional os italianos removeram o canhão frontal, retiraram a porta tipo LST e estenderam o convoo da popa até a proa, permitindo a operação simultânea de 2 (dois) helicópteros médios/pesados como o Chinook (fabricados sob licença… Read more »
Esta foto do San Marco pela porá pode ajudar:
http://www.jeffhead.com/worldwideaircraftcarriers/giorgio02.jpg
Esta do San Giusto (L9894) também pela popa ajuda a identificar semelhanças e diferenças, como o canhão no castelo de proa, mas construído sem a porta/rampa anterior.
http://www.jeffhead.com/worldwideaircraftcarriers/giorgio09.jpg
Uma página interessante sobre estes navios:
http://www.globalsecurity.org/military/world/europe/san-giorgio.htm
Outra página, esta em português de Portugal.
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/NAV.aspx?nn=230
Apresenta uma foto muito interessante do San Giorgio que demonstra bem suas boas qualidades.
Tem também outra do San Giusto (o terceiro) em que fica evidente a proa sem porta e o canhão de 76mm para os alunos se divertirem.
Sds.,
Ivan, do Recife.
Obrigado pelas fotos e links Ivan, ficou claro agora.
Realmente, seria um a opção, o único “se” que eu vejo é que o que está no deck a excessão de caminhões e veículos leves não pode ser levado para baixo.
Grande abraço
Sim, acredito que pode ser levado para baixo…
… e de baixo para cima.
Há elevadores, mas NÃO para grandes helis.
Se e quando os italianos vierem para o Brasil terão quase ou mais de 30 de incorporação, o que ultrapassa em 10 a idade média considerada ideal pela MB para a incorporação de meios usados. A Argélia comprou um derivado da Classe San Marco recentemente. Este tipo de plataforma é tão cara que o Brasil não possa construir um igual?
em tempo =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/11/mv-amorito-a8xe9-23082013.html
Marcio…
em tratando-se de combatentes de superfície temos visto navios sendo adquiridos com mais ou menos 20 anos como no caso das Grenhalghs ou Parás.
No caso de “anfíbios” o Sabóia tinha uns 40 anos quando incorporado e o Rio de janeiro e Ceará quase 35 anos.
O próprio NAeSP tinha mais de 35 anos quando adquirido também.
A Marinha quer algo maior do que os LPDs italianos, aliás, como a própria Itália que já está planejando seu LHD e já conta com o Cavour que pode ser reconfigurado para transportar veículos e tropas.
abs
Um dos estudos italianos para substituir o San Giorgio e San Marco é para 2 (dois) novos LSD/LPD com doca alagável mas sem hagar e um terceiro, possivelmente LPH, sem doca alagável mas com um grande hangar no deck que ficaria as LCM e veículos pesados.
Seriam navios com deslocamento em torno de 20.000 toneladas, mais simples que Juan Carlos ou Mistrals, porém mais adequado a esquadras com menos recursos.
Mi piacciono le navi e macchine italiane …
Saluti,
Ivan.