ICN realiza usinagem das subseções cônicas do primeiro submarino

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ICN realiza usinagem das subseções cônicas do primeiro submarino

Trabalho prepara para soldagem das cavernas com o chapeamento do casco

Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2014 – A ICN (Itaguaí Construções Navais) realizou o processo de usinagem de topo da Subseção 3 da Seção 2A do primeiro submarino (SBR1). O passo seguinte será a soldagem das cavernas com o chapeamento do casco desta subseção para posterior união a outra subseção, a Subseção TR4.

De acordo com Luiz Carlos M. Brandão Jr, Gerente de Produção de Cascos Resistentes de Submarinos da ICN, a usinagem é um processo importante na montagem de uma subseção, pois trata-se de uma etapa de ajuste fino da chapa antes da soldagem. “Depois de retirado o material, caso alguma dimensão não esteja em conformidade com o projeto, a estrutura pode ficar comprometida, a usinagem prepara as subseções para soldagem de união das seções”, esclarece.

A etapa é importante, pois engloba a execução, na prática, da tecnologia absorvida na França, consistindo em mais um avanço recente do PROSUB.

As seções TR4, TR3, TR2 e a TR1 são cônicas e estão localizadas na parte de ré do submarino. “O ‘corpo’ do submarino é em forma cilíndrica; a extremidade de ré vai afunilando, com maior conicidade e menor diâmetro. Por isso o trabalho de usinagem é fundamental para que tudo saia perfeito para a soldagem”, reforça o gerente.

Brandão destaca ainda que a TR3 já está na fase da solda da caverna com chapeamento do casco, já tendo passado pelo processo da usinagem. A TR2 e TR1, ambas mais cônicas ainda que a TR3, estão em fase de fabricação. Todas compõem o primeiro submarino (SBR1).

Curso CIAMA
Devido à complexidade do projeto de construção de submarinos e seu ineditismo no Brasil, os profissionais da ICN participam do Curso de Submarinos para Engenheiros. Ministrado pela Marinha do Brasil, através do CIAMA – Centro de Instrução e Adestramento Almirante Attila Monteiro Aché, da Marinha do Brasil, estão previstas duas turmas, sendo que a primeira teve início em meados de novembro. Ao todo são mais de 140 horas de aulas, aplicadas ao longo de quatro semanas, que compreendem informações teóricas e atividades práticas.

Com o curso, os integrantes da ICN passam a ter uma visão geral da operação de um submarino, a partir do contato com submarinistas, de forma que eles possam compreender como a parte em que eles atuam na sua construção interage com as demais áreas. As aulas são divididas em cinco módulos, compreendendo: manobra; motores, máquinas auxiliares e noções básicas de propulsão nuclear; instalações elétricas; armamento e sensores; e emprego operativo de um submarino.

Sobre o Prosub
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil, firmado no final de 2008 como parte do Acordo Estratégico Brasil-França, prevê a construção de quatro submarinos convencionais, um submarino de propulsão nuclear, um Estaleiro e uma Base Naval, em Itaguaí (RJ). O acordo prevê ainda que o submarino de propulsão nuclear seja totalmente desenvolvido no País.

Sobre a ICN
A Itaguaí Construções Navais (ICN) é composta pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (59%) e pela companhia francesa Direction des Constructions Navales et Services – DCNS (41%), tendo ainda a participação da Marinha do Brasil, por meio de uma “Golden Share”, detida pela EMGEPRON. A empresa foi criada para a construção dos cinco submarinos – quatro com propulsão convencional e um com propulsão nuclear – previstos no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), da Marinha do Brasil.

DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação Corporativa

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marciomacedo

O bom saber que o processo de fabricação do SBR 1 avança.

eparro

Muito boa notícia para acompanhar o desenvolvimento do projeto e saber que continua indo bem.

Entretanto, essa usinagem de seção cônica não é assim uma novidade tecnológica, pois já não fizemos isso com os Tupi e os Tikuna ou não?

mdanton

Pelo que sei estas partes específicas foram fabricadas na Alemanhã. Tem muita lenda sobre o que se REALMENTE fabrica aqui no Brasil viu!

NOTA DOS EDITORES: NÃO UTILIZAR PALAVRAS EM MAIÚSCULAS NOS COMENTÁRIOS. NA PRÓXIMA VEZ, A(S) PALAVRA(S) SERÁ(ÃO) APAGADA(S).

Leonardo Pessoa Dias

Aposto que quando o SBR1 estiver pronto e no dique para ser inundado, vai ter gente aqui do fórum dizendo “ih não vai boiar!”

Haters are gona hate.

Leonardo Pessoa Dias

Aposto que quando o SBR1 estiver pronto e no dique para ser inundado, vai ter gente aqui do fórum dizendo “ih não vai boiar!”

Haters are gonna hate.

Marcos

Boiar, vai! O problema é que talvez não afunde.

Marcos

A Marinha do Brasil sempre teve como uma de suas ambições a aquisição de um submarino com propulsão nuclear. Até ai, nada de mais. Meu temor é que essa decisão, a de desenvolver um submarino nuclear, tenha sido gerada dentro de uma empreiteira. Como não esquecer a declaração da DCNS de que a parte brasileira no negócio só poderia ser a Odebrecht.

Mauricio Silva

Olá Marcos. A pretensão da MB em ter subnucs em seu arsenal é antiga, anterior a Guerra das Malvinas/Falklands. Mas foi exatamente por causa dessa guerra que o que era “desejo” começou a tomar forma. Primeiramente, devagar, de forma discreta. Recentemente, tomou fôlego e começou a deslanchar. Poucos países acreditam no sucesso do subnuc nacional, haja a vista as “mensagens secretas” sobre o assunto vindas a público. Realmente é pouco provável que o futuro subnuc da MB venha a ser uma arma intimidatória para as marinhas de “primeiro mundo”, dada a nossa pouca tradição na construção de meios submarinos e… Read more »

daltonl

“…é pouco provável que o futuro subnuc da MB venha a ser uma arma intimidatória para as marinhas de “primeiro mundo”, ” Só se fosse armado com misseis intercontinentais, aliás, o Brasil será o único país a contar com apenas submarinos nucleares de ataque enquanto os demais, possuem também submarinos nucleares com misseis balísticos. O submarino nuclear de ataque ainda assim irá conferir ao Brasil uma capacidade muito superior a de um submarino convencional, apesar de que não vejo nenhum cenário, nem potencial inimigo que o justifique. Uma possibilidade que vejo é que o primeiro submarino nuclear possa vir a… Read more »

Marcos

Estão patinando no seco com verbas para os convencionais. Quando chegar a vez, se chegar, de efetivamente desenvolver um submarino nuclear… vai acabar virando a Foguetobras. Enquanto um manda dinheiro para o espaço o outro manda dinheiro para a profundezas abissais.

eparro

daltonl 27 de dezembro de 2014 at 14:27 # Mas não é sempre bom ter algum meio dissuasório, de tal sorte que assim nem sequer teríamos inimigos potenciais? Olha não entendo “bulhufas” do assunto, entretanto a meu ver só o fato de termos contato com alguma inovação, alguma necessidade de pesquisar novas tecnologias já me agrada muito, sem contar a geração de emprego com valor tecnológico agregado. Sob este aspecto, vou na mesma linha de seu pensamento que é a partir deste um, podermos termos outros até melhores. Uma pena são os “malfeitos malditos” que parecem agregados atavicamente a qualquer… Read more »

daltonl

“Mas não é sempre bom ter algum meio dissuasório, de tal sorte que assim nem sequer teríamos inimigos potenciais?” Sim, mas, depende de dois fatores: o que considera-se um meio dissuasório e qual o provável inimigo. Não acho que meia dúzia de SSNs , dos quais apenas metade poderão estar disponíveis a qualquer tempo e armados com armas convencionais sejam um meio dissuasório. Os franceses possuem 6 SSNs, mas, eles dormem muito melhor a noite sabendo que possuem 4 SSBNs dos quais um está sempre no mar, 365 dias por ano. E dependendo do provável inimigo, esse terá outras formas… Read more »

Luiz Monteiro

Prezados,

o “Álvaro Alberto” (SN10) será armado com torpedos pesados, mísseis anti-navio e minas.

O que a MB vem estudando é se será, a partir do SN11 ou do SN12, que será instalado lançadores verticais para mísseis de cruzeiro. O que já está decidido é que serão instalados.

O míssil provavelmente será de fabricação nacional e cujo alcance deverá ser superior a 300 quilômetros.

Abraços

Mauricio Silva

Olá. “O que a MB vem estudando é se será, a partir do SN11 ou do SN12, que será instalado lançadores verticais para mísseis de cruzeiro. O que já está decidido é que serão instalados.” Será que chegaremos tão longe assim, tendo vários subnuc no arsenal da MB? Sinceramente, acho difícil. Vamos experimentar uma enormidade de problemas (como aconteceu com todos países que desenvolveram subnuc), por mais que se tente “prever e evitar” situações de contingência. Normalmente, a primeira classe de subnuc é usada como trampolim, para a aprendizado e formação e doutrina. O problema é que para o processo… Read more »

daltonl

“… é imprescindível que a economia do país seja suficientemente robusta para manter o projeto. ” Você tem um ponto importante aí. “Na minha opinião, se houver um ambiente favorável e contínuo nas próximas décadas, teremos uma força de subnucs operacional e efetiva no final deste século.” Se houver o que vc descreveu então não haverá necessidade de esperarmos 80 anos até o fim do século. Normalmente 2 ou 3 anos são suficientes para consertar possíveis defeitos e deixar o submarino em ótimas condições de combate, assim, apostando na incorporação em 2025 em 2028 o futuro subnuc deverá estar 100%… Read more »

mdanton

Nada disso terá vida longa se não casar com a iniciativa privada. Entendam de uma vez por todas. Por mais sigiloso que seja, por mais estratégico que seja … se não conseguirem transformar essas tecnologias (aos menos parte delas) em NEGÓCIOS econômicos que façam do Brasil adquir um diferencial real de produtividade e eficiencia, ficaremos sem dinheiro em breve para manter isso, pois uma economia agrária não constroi, não desenvolve e não ganha batalhas. O único fator dissuasório que o Brasil tem é o de alimentar o mundo e ninguém quer desestabilizar isso aqui. Só os comunistas do passado, pois… Read more »

MO

em tempo= os “Meninos” em ação, dando Show

http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/12/meninios-em-acao-rb-smit-pataxo-e-sst.html

21 photos

Carlos Alberto Soares

Vamos aguardar os ensaios/testes hidro-estáticos etc ….

A velocidade em nós que estará em 2015/16/17.

Teremos muitos “se” !

Boa sorte.