França admite reforçar arsenal por meio de leasing
O chefe do Estado-Maior de Defesa da França, general do Exército Pierre de Villiers, disse nesta sexta-feira (30.01), que o Ministério da Fazenda de seu país se recusa a financiar a aquisição de aviões de transporte Airbus A-400M e de fragatas polivalentes tipo FREMM, dentro de um programa de reequipamento militar estimado em 2,5 bilhões de dólares.
A saída, de acordo com De Villiers, é fazer a obtenção desses equipamentos por meio de leasing (aluguel com o opção de compra). O oficial não indicou, contudo, quantas aeronaves e quantos navios as Forças Armadas francesas requerem neste momento. Sabe-se que o valor unitário do A-400M foi calculado entre 70 e 80 milhões de dólares.
Por motivo de economia a Marinha da França antecipou para este ano a aposentadoria do navio de assalto anfíbio “Siroco”, que deveria permanecer na ativa até o ano de 2022.
O orçamento francês para a Pasta da Defesa é, em 2015, de 31,4 bilhões de euros – cerca de 94,2 bilhões de Reais –, mas a área econômica do governo François Hollande se recusa a tentar identificar “receitas excepcionais” capazes de custear a renovação da frota de transporte da aviação militar francesa e o reforço da força de superfície da Marine Nationale.
Em 2013, também o comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto, revelou ter sido aconselhado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a fazer a aquisição de navios para a Esquadra brasileira por meio de leasing – sistema que é visto com estranheza por alguns almirantes brasileiros. Moura Neto declarou, entretanto, encarar essa possibilidade com naturalidade.